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A Aprendizagem da Leitura

A capacidade de ler tem uma completa relação com a condição de compreender o mundo que se torna cada vez mais surpreendente, quando as habilidades de interpretação estão aguçadas.

Mesmo sendo fantástico, o processo de ensino-aprendizagem da leitura se apresenta de forma desafiadora tanto para os educadores quanto para os educandos.

Como discutimos anteriormente, existe uma heterogeneidade nas salas de aula quanto às origens e famílias das crianças. Nesse sentido, as descobertas e apropriações dos alunos apresentam mais e maiores dificuldades do que outros.

É certo que o desenvolvimento do indivíduo se dá pela apropriação de linguagens e de formas cognitivas mais complexas existentes no seu ambiente cultural.

Dessa forma, quando esses indivíduos passam pelo processo de alfabetização, levam para a sala de aula informações que subsidiam seus novos conhecimentos, como conceitos do dia-a-dia, que são corriqueiros e que são fundamentais para a construção do saber.

A preocupação em abordar a necessidade da leitura para desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem na verdade é uma situação bastante complexa.

Isso porque a deficiência da leitura no processo de alfabetização e letramento refletem diretamente nos anos subsequentes de aprendizado.

Na verdade, é muito comum que até mesmo no ensino técnico e superior, os alunos sintam dificuldade de interpretação, leitura e escrita.

A leitura constitui-se na atividade fundamental, desenvolvida pela escola para a formação dos alunos.

Isso porque se um aluno não se sair bem em outras atividades e mesmo assim conseguir ser um bom leitor, a escola terá cumprido, ao menos em parte, sua tarefa.

Relação entre a leitura e a escrita

A leitura e escrita se entrecruzam de forma simultânea, integrada e dialética. Essa integração revela o papel social do texto escrito e favorece sua utilização fora do ambiente escolar.

Basicamente, o objetivo da escrita é a leitura, só é capaz de escrever aquele que souber ler o que escreve. Portanto, a leitura do mundo é uma habilidade que precede a escrita. Tudo o que se ensina na escola está diretamente ligado à leitura e o que se escreve é para ser lido.

Nessa visão, entendemos que o ato da leitura serve não somente para aprender a ler, mas também para ter outras dimensões da vida e do mundo.

Ler e escrever são duas atividades que se conduzem paralelamente. Por isso, a leitura deve ser integrada à escrita. Assim, sabendo da sinergia que existe entre as duas ações, um não pode ser mais valorizado que o outro, visto que caminham juntos no processo de aprendizagem.

Assim concluímos que a leitura é uma atividade ligada à escrita e a escrita é uma atividade que exterioriza o pensamento. Ainda, a leitura pode ser vista como uma atividade que permite a assimilação de conhecimentos, interiorização e reflexão.

O papel do educador na leitura

Mas afinal, de que forma o educador pode interferir no processo de aprendizado da leitura?

Bem, o alfabetizador deve permitir o desenvolvimento de relações de confiança através da atenção, gestos, palavras e atitudes.

Dessa forma, esse educador precisa estabelecer limites claros e seguros que permitam à criança sentir-se protegida de decisões e escolhas para as quais ela ainda não tem suficiente maturidade, mas que ao mesmo tempo permitam o desenvolvimento da autonomia e autoconfiança sempre que possível.

Dentro do processo de ensino-aprendizagem, a intervenção do alfabetizador é uma ação de muita importância para o desenvolvimento e aprendizado do educando.

Isso porque, como citamos anteriormente, esses seres ainda não desenvolveram a maturidade e conhecimento suficiente para tomar as rédeas do próprio aprendizado.

Nesse sentido, o educador tem o papel de interventor na Zona de Desenvolvimento Proximal do aluno, de forma a provocar desempenhos avançados que não ocorreriam sem a sua intervenção.

Por isso, a escola e o educador que desejam alcançar o sucesso de todos os alunos precisam adotar essa prática pedagógica.

A atenção do educador se encaminha para acolher tudo o que for possível da construção manifestada pela criança, a fim de intervir com novos desafios na direção do desenvolvimento da inteligência e na reconstrução do conhecimento histórico socializado.

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Este artigo pertence ao Curso de Alfabetização e Letramento

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