A arte de Contar Histórias

As pesquisas apontam resultados impressionantes relacionados ao ato de contar histórias para as crianças. Desde um ato de amor quando o bebê ainda está no útero, até um ato de cura para aqueles que se propõem a ler histórias para pacientes infantis em hospitais.

As histórias são milenares e antecedem até a própria escrita. Mas são imprescindíveis pois transmitem conhecimento, entretenimento, cultura e memórias valiosas.

Talvez por isso o sucesso seja tão grande quando essa arte é inserida no contexto da educação infantil nas creches. Os auxiliares de creche são alguns dos colaboradores que ficam responsáveis por transmitir um pouco dessa magia para as crianças.

Para melhorar a desenvoltura ou a dinâmica como um todo, é possível seguir os passos abaixo:

1. Escolha bem as histórias

Essa é uma etapa importante que muitas vezes define o sucesso do momento. Muitas vezes, as histórias que são sugeridas pelas crianças garantem que elas se mantenham interessadas até o fim da contação.

Mas se o livro foi escolhido pelo profissional, ele também pode criar meios para que os pequenos tenham vontade de ouvir toda a história e tudo gire em torno de um bom resultado final.

Dica: quanto mais novo for o público, mais chamativas e ilustrativas devem ser as histórias. Se isso não vier com o livro, deve ser criado através da criatividade e de outros materiais. Esses componentes favorecem o interesse, a interação e a compreensão do enredo.

• Conheça as histórias antes de narrar elas

Quando se conta a história para o público pela primeira vez, o auxiliar corre o risco de passar mais tempo com os olhos grudados no conto do que direcionados para captar a reação das crianças.

A leitura folheada não costuma prender muito o público e dificulta a compreensão da história. Inclusive, se houver alguns termos ou partes complicadas, o profissional não terá tempo de contornar a situação e explicar para as crianças da forma mais lúdica e descomplicada.

Com isso, é possível notar que a contação de história requer preparo, leitura prévia e muita criatividade. Diferente do que muitos acreditam, a única forma de adquirir isso não é por intermédio da memorização completa da história.

Um momento com a história com antecedência é o suficiente para o auxiliar se familiarizar com o enredo e a narrativa. Quem sabe, até criar as expressões e movimentos que mais combinem com a história.

• Organize o espaço

O local onde acontecerá a contação de história deve ser confortável para as crianças, ter um boa acústica e inspirar a imaginação dos pequenos. É possível organizar o ambiente até que ele atenda esses critérios.

Depois, é só organizar o público para que fiquem em um semicírculo para favorecer a visão e a interação com a história.

• Escolha os materiais com atenção

É preciso compor a atmosfera perfeita para captar as crianças e os materiais certos são grandes aliados para isso. O auxiliar pode se fantasiar por completo, ou apenas escolher um chapéu, uma capa ou outros itens para tornar a atividade mais especial.

Objetos sonoros são escolhidos para momentos específicos e ainda podem ser distribuídos entre as crianças para que elas participem ativamente do momento, produzindo sons de chuva, pausa dramática, tensão ou de efeito cômico.

Sem mencionar os materiais tradicionais como fantoches e bonecos.

• Use a abuse de gestos, vozes diferentes e expressões
  

Esse é o momento do auxiliar de creche mostrar seu lado mais artístico, desde a parte técnica até a parte prática. Na parte técnica, existe a necessidade de pronunciar alta e claramente as palavras. Semelhantemente, o ritmo da contação deve ser pensado para combinar com o público e com a história.

Na prática, um pouco de dramatização vai ser preciso. Gestos amplos e exagerados, pausas dramáticas, vozes para cada personagem e expressões impactantes é a combinação perfeita para encantar as crianças.

• Envolvimento da criançada

É bem provável que nem todas as crianças estejam na mesma sintonia para fazer parte da atividade de maneira tão interessada. O ideal é que o profissional foque no grupo que quer acompanhar a história, mas você pode fazer algumas tentativas.

Para envolver o restante do grupo você pode pedir que eles repitam as partes que acharam marcantes, emitir os sons que compõem a história ou pedir para que eles o façam, convidar o grupo para representar parte da cena ou pedir sugestões sobre o que eles acham que vai acontecer ou o que cada um faria no lugar do personagem em determinada situação.