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A ESSÊNCIA E A NATUREZA DE DEUS
Um bom ponto de partida para discutirmos o essência de Deus é a criação do Universo. Nosso conhecimento de Deus se baseia no fato de que Ele criou todas as coisas: o tempo, o Universo, o mundo físico, toda a matéria, todos os seres vivos, assim como o mundo do espírito e seus habitantes.
Portanto, Ele Se revelou à humanidade, de uma forma geral, pela Sua criação (o que se conhece por revelação geral) e, mais especificamente, pela Bíblia (o que se conhece por revelação especial).
A existência de Deus
Percebemos que os grandes argumentos contra a existência de Deus tombam diante de uma análise mais detalhada. Será, todavia, que somente podemos ir pelo caminho da defesa, ou há muita discussão entre os teólogos se é possível apresentar provas racionais a respeito da existência de Deus sem o uso da Escritura?
O que deve ser esclarecido é que, se por provas racionais se entende que elas devem convencer a todos que Deus existe, ou que é o único instrumento do despertamento espiritual de alguém, então, não existem tais provas. Somente o Espírito Santo, fazendo uso da revelação, pode convencer alguém da existência de Deus.
Historicamente, alguns argumentos têm sido formulados para defender a Sua existência:
Argumento ontológico - a ideia de um ser superior: Segundo este argumento, uma das coisas que nos leva a pensar que Deus deve existir é o fato de que todos têm esta noção em si mesma. Em geral, a ideia que as pessoas fazem de Deus é a de um ser superior e infinito.
A questão é como noções de um ser infinito podem surgir em mentes de seres finitos? O filósofo e matemático francês Descartes (1595-1650) não conseguia entender que o homem fosse capaz de criar essas ideias. Para ele, isso necessariamente precisava ter vindo de fora, ou seja, do próprio Deus.
Argumento cosmológico - toda causa tem um efeito: outra ideia comum e aceita entre os homens é que todo efeito precisa ter uma causa. Nesse sentido, o mundo criado é o efeito, enquanto que o criador, a causa. Sendo o mundo tão grandioso como é, necessariamente precisa ter uma causa grandiosa também.
Este argumento vai além do anterior, que determina apenas a existência de um ser superior, demonstrando que esse ser superior é também infinito, pois só alguém infinito poderia ter criado um universo tão grande. Popularmente se diz que o universo é infinito, mas é claro que de forma absoluta isso não é possível.
Somente Deus pode ser infinito, pois a existência de dois infinitos é uma contradição. O universo, entretanto, é enorme, além da compreensão do homem. A existência de um universo tão grande pressupõe a existência de um Deus ainda maior.
A falha desse argumento tem sido apontada pelo fato de que, se toda causa tem um efeito, então, Deus também precisaria ter uma causa. A resposta é que Deus é a causa de si mesmo, ou seja, a causa não causada. Ele é eterno, isto é, existe desde toda a eternidade.
Argumento teológico - há propósito em tudo o que existe: O mundo não é caótico, ao contrário, em todos os lugares é possível ver ordem, propósito, organização e harmonia. O mundo revela um senso de inteligência que não pode ser ignorado.
Essa noção de organização e inteligência pode ser vista até mesmo nas coisas mais insignificantes, como na vida dos insetos, ou nas coisas mais sofisticadas, como na constituição do corpo humano. Toda a simetria, toda a lógica, toda a harmonia pressupõe uma inteligência maior que tenha planejado tudo.
A organização do universo pressupõe a existência de um ser inteligente e com propósitos definidos. Este argumento vai além dos anteriores porque determina a existência de um ser inteligente e sábio que planejou o universo. A ideia é que pode ser vista na natureza evidência de um design inteligente.
Argumento moral - há uma ideia moral implícita em todos: em todos nós, há homens uma noção de certo e errado. Todos almejam por justiça e se irritam com a injustiça. Tal noção depende do aprendizado recebido durante a vida, mas há um grau em que esse senso é inato a todos os homens. E de onde ele vem?
A explicação é que a noção é implantada pelo próprio Deus. Somos criaturas morais e a moral não poderia se originar em nós mesmos, por isso, deve existir um Deus que a implantou em nós. A evolução não consegue explicar a existência dessa moral.
Naturalismo irracional: tudo o que é da “natureza” é automaticamente mais aceito. As pessoas cultuam a mãe natureza, e procuram soluções “naturais” para seus problemas. A existência humana também tem sido explicada a partir de elementos naturais. Nesse sentido, evolucionismo e naturalismo são sinônimos.
Trata-se da tentativa humana de explicar a existência do homem sem precisar apelar para o sobrenatural, para o divino. Contudo, que sentido teria a vida se não existisse um Deus? Se imaginarmos que tudo é obra do acaso, acreditarmos nas teorias naturalistas e tudo é produto da evolução, não viemos e nem vamos a lugar nenhum.
Seríamos apenas um fruto de um acidente cósmico, de uma espécie de conspiração molecular inanimada.
Irracionalismo puro: diante do que temos sobre naturalismo, a questão que surge é - será que o naturalismo é racional? Em última instância podemos dizer que o naturalismo também é questão de fé. Os cientistas não têm provas concretas do que dizem, porém creem que é verdade.
A primeira observação que pode ser feita sobre o naturalismo é que sua base é extremamente frágil.Uma pergunta sempre ficará sem resposta no naturalismo: qual é a causa última de todas as coisas? Nada! Portanto, a única saída para a ciência é admitir que Deus existe.
A existência do mal: o principal argumento que um ateu pode usar contra a existência de Deus é aquele que explora a existência do mal. Segundo ele, Deus existe, é onipotente, onisciente, onipresente e, acima de tudo, bom. Ademais, existe o mal e, assim, por que Deus o permite?
A Escritura diz que todas as coisas existem para a glória de Deus. Deus manifesta sua glória ao permitir que o mal exista, pois sabe como lidar com ele. Ainda devemos lembrar que uma criação testada e aprovada é mais valiosa do que uma criação que jamais foi testada.
Os pensamentos elevados: a maneira como funciona a mente de Deus é tão diferente, que seus pensamentos e propósitos se tornam incompreensíveis para nós. A mente de Deus realmente é diferente da nossa, mas isso não quer dizer que ela admita contradição.
Sua mente é elevada e trata de questões incompreensíveis para nós, porém tudo o que Deus pensa faz sentido e é perfeitamente lógico.
Amor incompreensível: não compreendemos a maneira como Deus se relaciona com o homem. A base do seu amor está nele próprio e não nas razões que o objeto amado oferece. Tanto que “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".
Conhecimento revolucionário: o conhecimento que podemos ter de Deus é algo que emana dEle com o propósito de transformar as pessoas. Integra todas as partes de nosso ser e produz transformações profundas no caráter, vontade, sentimentos, pensamentos e ações. Num resumo, é algo que redireciona a vida de alguém.
Este artigo pertence ao Curso Introdução à Teologia
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