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A Ginástica Laboral Substitui um Programa Ergonômico?

Essa é uma pergunta bastante pertinente e que deve ser levada em consideração por todas as organizações.

Será que somente a realização de exercícios em 10 ou 15 minutos já seria o suficiente para que os colaboradores estejam bem na fita ergonomicamente?

Muitas vezes, as empresas costumam escolher uma única prática para tentar se adequar a legislação e fazer o mínimo pelo trabalho.

Contudo, no quesito saúde e segurança, o assunto é bem mais complexo.

Claro que existe um consenso de que a ginástica laboral tem a sua importante contribuição para a redução dos sintomas e dores osteomusculares.

Entretanto, a adoção dessa prática não substitui um programa ergonômico.

Se você deseja que a ginástica laboral seja realmente eficiente no seu ambiente de trabalho, é preciso oferecer condições ergonômicas do ambiente físico e a organização do trabalho.

Somente assim, é possível ter uma melhor contribuição para a redução dos sintomas e dores osteomusculares.

Além disso, o programa passa a ter uma maior qualidade metodológica, com a escolha dos tipos de exercícios mais adequados, sua duração e intensidade.

Em um estudo realizado em 2002 e publicado na revista ``Atividade Física e Saúde” por BERGAMASCHI, E. C.; DEUTSCH, S.; FERREIRA, E. P. G foi analisado o impacto de um programa de ginástica laboral no bem-estar físico, psicológico e social.

A amostra do estudo foi composta por 121 funcionários divididos em 80 trabalhadores no Grupo Controle (GC) e um Grupo Experimental (GE) composto por 41 participantes.

O Grupo Controle respondeu somente um questionário enquanto o grupo experimental passou a frequentar um programa de ginástica laboral durante quatro meses.

Foram observados que no Grupo Controle, os trabalhadores que se exercitam regularmente sentiram uma diminuição de fadiga, dores nos braços, mãos, ombros e coluna.

Além disso, aspectos psicossociais como angústias e mudanças bruscas de humor foram reduzidas.

Entre os funcionários do Grupo Experimental também foi observado uma maior socialização e redução de problemas de relacionamento no trabalho.

Diante desses resultados, podemos observar que os efeitos benéficos da ginástica laboral vão além da prevenção de dores osteomusculares.

A ginástica laboral melhora o clima organizacional como um todo, mudando o comportamento dos colaboradores de forma positiva.

Essas atividades realizadas no próprio ambiente de trabalho e dentro do horário de expediente promovem a preparação e compensação dos aspectos psicofisiológicos, tornando mais prazeroso trabalhar.

Pode parecer uma mudança mínima, contudo, as pequenas pausas que ocorrem em cerca de 10 minutos na rotina do local de trabalho para a prática de exercícios físicos têm grande potencial de geração de benefícios tanto para a empresa quanto para o trabalho.

O estudo de 2002 não foi o único a avaliar o impacto dos programas de ginástica laboral em aspectos relacionados ao bem-estar.

Na realidade, diversos autores ao redor do mundo relatam a mudança de comportamento após a implantação de programas de prática de atividade física dentro e fora do horário de trabalho.

Trabalhadores com estilo de vida ativo apresentam uma melhor elasticidade muscular, amplitude de movimento, consciência corporal e postural.

Além disso, aqueles que praticam exercícios de fortalecimento apresentam aumento da resistência muscular.

Consequentemente, esses trabalhadores têm uma redução da dor musculoesquelética e melhoria da capacidade de trabalho.

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Este artigo pertence ao Curso de Ginástica Laboral

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