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A prática da Educação Infantil

As experiências práticas realizadas pelas creches e pelas pré-escolas precisam estar alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular. Dessa forma, as instituições estarão um passo mais perto do pleno desenvolvimento das crianças.

Sabendo que cada faixa etária compreende suas particularidades e necessidades, é fundamental que todos os profissionais da área estejam por dentro do que acontece em cada fase e o que pode ser feito para colaborar com essa evolução.

  • De zero a um ano e meio

É muito importante priorizar o contato físico de forma próxima e afetiva, considerando que essa é uma fase de descoberta sensorial. Sendo assim, mantenha conversas claras, olhe nos olhos da criança, seja carinhoso e faça brincadeiras que envolvam movimentos corporais com frequência. Por exemplo:

- Fazer com que a criança movimente todas as partes do corpo para expressar assim seus desejos, emoções e necessidades; - Propiciar brincadeiras onde as crianças tenham interações em ambientes desafiantes e, ainda assim acolhedores;

- Incluir na rotina das crianças movimentos de encaixe, preensão e lançamento de variados objetos e materiais para expandir a capacidade e possibilidades de manuseio delas;

- Criar cenários de exploração e descoberta de materiais, sensações e objetos para ampliar o repertório de elementos como odor, sabor, temperatura, cor e etc;

- Fazer com que os pequenos explorem relações de causa e efeito, bem como misturas, pinturas, mover e remover e etc;

- Manipulação e exploração do espaço através de experiências onde a criança se desloque e mova objetos também;

- Possibilitar que a criança explore sons feitos com o próprio corpo, com objetos criados e com aqueles que já estão no ambiente da creche;

- Fazer com que as possibilidades e limitações do corpo da criança sejam compreendidas por ela no momento das brincadeiras e interações comuns no ambiente;

- Estimular a comunicação por parte das crianças sobre necessidades, vontades e emoções (se a criança ainda não fala, a interação pode ser feita por meio de gestos e balbucios também);

- Incentivar o movimento do corpo através de brincadeiras de imitação e mímicas.

  • De um ano e sete meses a três anos e onze meses

É quando a coordenação motora e a comunicação estão se desenvolvendo com mais rigor e precisão. Então, é a hora de apostar em jogos de encaixe e afins, bem como instruir e utilizar uma boa conversa na hora de orientar os pequenos. Exemplos:

- Incitar que os pequenos demonstrem suas emoções, necessidades e vontades com o movimento do corpo;

- Deixar que elas explorem ao máximo as possibilidades corporais em suas brincadeiras, interações e espaços;

- Fazer com que os pequenos compreendam quando são chamados pelo nome, bem como que eles reconheçam os nomes das pessoas presentes em seus cotidianos;

- Estimular a comunicação através do corpo, de balbucios, fala (ainda que precária) e outras formas de expressão;

- Exploração do ambiente via ação e observação;

- Manipulação de objetos variados para que essas crianças consigam comparar e indicar as diferenças e semelhanças entre as coisas;

- Promover a interação entre crianças da mesma faixa etária e também com adultos enquanto descobre e experimenta ambientes, objetos e materiais.

  • De quatro anos a cinco anos e onze meses

Agora que as ações, as falas e as brincadeiras das crianças estão mais concretas, é o momento de apostar em socialização e coerência. É importante fazer com que as conversas se tornem mais lógicas, contendo interpretação de fatos e objetivos. Citamos os seguintes exemplos de ações infantis que os profissionais devem estimular:

- Utilização do corpo para criação e expressão de formas diversas, sejam elas de animais, de emoções, de sensações, de brincadeiras ou situações;

- Utilização da dança, esporte, música, teatro e outras formas de expressão para criar movimentos, jogos e brincadeiras;

- Utilização da linguagem oral e escrita, de fotos, arte e outras formas de expressão para expressar ideias, emoções, experiências e necessidades;

- Criação de histórias orais e escritas livres;

- Observação e descrição de mudanças, de ações, da percepção de fenômenos naturais e artificiais;

- Percepção, identificação e seleção de fontes de informações sendo usadas para responder questionamentos;

- Registro de observações, fatos e medidas utilizando diversas linguagens como desenhos, escrita livre ou registro numérico;

- Demonstração de empatia por outras crianças e os adultos que convivem;

- Divulgação de suas ideias e sentimentos para as pessoas que convivem com a criança;

- Produzir sons e utilizá-los em brincadeiras de faz de conta, peças, festas, criações artísticas e outras formas de expressão;

- Expressão livre através de desenhos, pinturas, colagem, esculturas, objetos, dobraduras, além de produções bi e tridimensionais.

O intuito dessas ações ou o que pode ser feito em relação a elas é inspirar os profissionais da área. Auxiliares de creches e outros profissionais inspirados, significa mais organização com as crianças em contextos verdadeiramente significativos para o futuro desses pequenos. 

Em outras palavras, é como a garantia de que essas crianças tenham oportunidade mais digna de aprender e se expressar em diferentes linguagens, todas adequadas para a sua faixa etária e capacidade. 

Isso também acaba por se tornar um convite para que os educadores planejem os melhores cenários para a infância que toma conta do ambiente, levando em conta os interesses, as curiosidades, necessidades, experiências e conhecimentos de quem mais importa nessa equação: as crianças.



Este artigo pertence ao Curso de Auxiliar de Creche

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