Área do Aluno


ou



Confecção da Peça-Piloto

Passada a etapa dos moldes, devemos reservá-los e iniciar a etapa da fabricação da peça-piloto.

Primeiramente, é importante para dar seguimento o curso entendermos o que é uma peça-piloto:

Peça-piloto

Se você já trabalhou em grandes confecções, com certeza já ouviu falar nesse termo, mas se não conhece não tem problema! A gente te explica: a peça-piloto, ou também pode ser chamada de matriz ou peça matriz, é uma espécie de protótipo, como um modelo que será levado para a aprovação e caso seja aprovado, seguirá para a produção em pequena, média ou grande escala.

Essa etapa é de fundamental importância no que chamamos de processo produtivo de uma confecção e de uma marca em geral, já que por meio dela é possível identificar e avaliar as dificuldades e defeitos encontrados no momento em que foi costurado, esse momento também é a hora em que as sugestões são propostas para que a produção se torne mais fácil.

A produção da peça-piloto, por mais que possua as vantagens listadas, não é adotada por todas as confecções, principalmente por quem trabalha de forma autônoma e predominantemente com serviços de ajuste ou produção de peça única.

Apesar disso, a peça-piloto é muito indicada para quem começou a costurar há pouco tempo. Além das importâncias citadas, esse modelo não tem função apenas para a etapa de confecção, mas também tem grande relevância no gerenciamento e logística das coleções.

Imagem Interna

Porque apostar em uma peça-piloto?

Ainda não se convenceu da importância dessa etapa? Então vamos lá!

  • Para alcançar medidas precisas
Quando falamos de costurar roupas de tecidos finos e sob medida, como por exemplo vestidos para festa, principalmente os de noiva, é comum fazer a cada prova de roupa os ajustes necessários, medindo e realizando pregas para atualizar aquele modelo conforme o corpo e desejo da cliente. Porém, a construção da peça-piloto logo após a primeira prova minimiza essa alteração exacerbada, mas é claro que depende da dieta da pessoa, já que a alteração de peso influencia muito nessa questão.

E isso é muito benéfico para a cliente, principalmente quando se trata de noivas, já que possuem um estresse elevado por conta de todas as burocracias causadas pelo casório.

  • Para alterar sem grandes dificuldades

A fama da costureira é de realizar as entregas fora do tempo, mas imagina receber algo que não era realmente aquilo que você tinha pensado? Desesperador, né?

E é por isso que as provas devem ser feitas com a própria peça-piloto da cliente, pois se caso precise ajustar, consertar ou mudar algo tudo será feito da forma mais simples e prática possível, sem precisar desfazer todo o corte e costura da peça original.

Ou seja, você como costureira não fica desesperada, e nem proporciona desespero para sua cliente!

  • Para aperfeiçoar o acabamento

Uma peça bem feita faz toda a diferença quando tocamos e vestimos, e para quem produz tudo isso é muito importante para ganhar a confiança do cliente. Paralelo a isso, a peça-piloto é considerada um teste, é nele que todos os detalhes devem ser percebidos, identificando os cuidados necessários para a peça final do cliente. Sendo assim, os acabamentos ficam melhores e mais precisos, e consequentemente te dará mais tempo e menos trabalho, tudo que uma costureira mais deseja!

  • Para economizar

Muitas pessoas acreditam que investir em uma peça-piloto trará mais custo na produção, mas isso não é verdade, muito pelo contrário, a peça-piloto pode ser feita com economia e sustentabilidade.

A peça-piloto não exige gasto de tecido para compor sua confecção, já que pode ser utilizado algodão cru ou TNT para trazer custo-benefício, e o melhor: eles podem ser reutilizáveis!

Imagem Interna

  • Para identificar viabilidade

E já que estamos falando de grandes e médias empresas, precisamos de uma peça-piloto para identificar se aquela peça é digna de ganhar investimento para produção.

Já imaginou investir com pano, linha de costura, profissionais e tantos outros materiais necessários para no fim não conseguir realizar aquele modelo ou não alcançar o retorno financeiro desejado? Por isso que se utiliza a peça-piloto.

Além disso, evita sérios prejuízos para empresas de grande porte, já que trabalham com produção em larga escala e desperdiçar uma quantidade imensa de tecido caso o produto final não alcançasse o projeto inicial idealizado.

Aprovação da peça-piloto

A ideia de matriz precisa ser aprovada para passar para a próxima fase, sendo assim necessário observar todos os critérios antes de autorizar a pré-produção.

Na etapa de aprovação da peça-piloto, alguns testes de qualidade são realizados, como realizar lavagem como e a seco para identificar a resistência, solidez, durabilidade e entre outros.

Com a aprovação da peça-piloto, o andamento da produção segue para as outras etapas do processo.

Como montar uma peça-piloto

Para chegar ao objetivo, a peça-piloto também deve ser feita com qualidade, já que é através dela que se alcança tal adjetivo.

Sendo assim, precisamos abordar com você o tópico de como montar uma peça-piloto.

Essa etapa é guiada principalmente pela ficha técnica do modelo, tal documento nos dá as informações detalhadas da peça, bem como o desenho técnico que também é essencial nesse momento.

Esse processo depende de algumas ações que devem ser realizadas previamente, como o desenvolvimento da coleção de moda pelo estilista, repassando os desenhos criados para o modelista, e este os transforma em partes fragmentadas com tamanhos reais (conhecidos como moldes). Posteriormente, é chegado a parte específica da peça-piloto, onde o molde é cortado sobre o tecido, chegando na confecção da matriz.

Tranquilo, não é?!

E para mensurar o conforto e caimento da peça, a matriz pode vestir um modelo manequim que possui medidas correspondentes à tabela de medidas que precisa ser acompanhada pela confecção.

Focando no caimento e realidade da peça, muitas fábricas e empresas costumam utilizar o mesmo pano da peça final na peça-piloto, mas não é via de regra, e como falamos anteriormente o tecido pode ser de TNT ou algodão puro.

Comercialização da peça-piloto

A peça matriz pode ser única e exclusiva de quem a produziu... ou não!

Pode acontecer de um comprador de moda adquirir a peça-piloto que foi construída em outro local. O comprador de moda é aquela pessoa responsável pela compra de materiais e produtos necessários para outra empresa de vestuário, e deve estar sempre antenado nas tendências desse mundo, e a peça-piloto pode ser um desses materiais para ser adquirido e realizar a amostragem e fabricação e das roupas em cima desse.

Além disso, a peça-piloto também pode ser utilizada para vender a marca de forma indireta, como por exemplo utilizando-a para ocasiões estratégicas como sessão de fotos em catálogos, propagandas, eventos e desfiles de empresas internas e externas, merchandising visual e muito mais.



Este artigo pertence ao Curso de Básico de Corte e Costura

Faça o Curso completo grátis!!
Cursos Escola Educação © 2014 - CNPJ: 50.389.088/0001-53 - 2024. Todos os direitos reservados