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Degustação

-   Como degustar o whisky

O apreciador do whisky tem o direito de tomá-lo da forma como desejar, seja com gelo, água de coco ou energético. A vontade é soberana, mas há regras a serem seguidas quando se fala em degustação já que, nessa etapa, busca-se aromas e sabores originais da bebida. O primeiro passo em uma degustação é a escolha adequada da taça ou copo, o que faz toda a diferença na apreciação. Preferencialmente, o recipiente deve:

1.  ter uma haste para que o calor da palma da mão não passe para a bebida

2.  ter a boca fechada para concentrar o aroma

3.  ser transparente e incolor

O mais indicado é degustar em uma taça ISO ou copos desenhados especialmente para a degustação de whisky. Após a escolha do copo, o próximo passo é a própria degustação. Nela, completa-se o copo com cerca de ¼ de whisky. Caso deguste várias bebidas de uma vez, é necessário limpar o paladar entre uma degustação, outra com água mineral ou comidas neutras (pão ou bolacha de água e sal). Deste modo, garante-se que os sabores e aroma do primeiro whisky não interfira no próximo, e assim sucessivamente. Quanto ao limite para degustações, jamais deve-se ultrapassar seis bebidas diferentes, pois o excesso pode saturar paladar e olfato, dificultando a assimilação dos aromas e sabores.


Identificação de aromas e sabores

As habilidades sensoriais para identificar e diferenciar sabores e aromas variam de pessoa a pessoa, portanto, o ato de degustar é uma jornada pessoal. Não há certo ou errado na descrição dos traços organolépticos do whisky, ou seja, as percepções sensoriais definirão as características da bebida degustada. No entanto, existe um gráfico chamado Mapa de Sabores e Aromas dos Maltes Clássicos da Diageo que ajuda na descrição dos diversos tipos de whisky. De acordo com o mapa existem quatro classificações:


Outra referência simples é o spidergram elaborado pela destilaria Macallan. 





-   Etapas da degustação

1) Aparência

Nesta etapa, avalia-se a cor, textura, presença de impurezas e quantidade de álcool. Primeiro, deve-se colocar o copo de whisky contra uma superfície ou folha de papel branca, determinando a coloração. A barra de cores abaixo ajuda na classificação da coloração, fornecendo dicas preliminares dos barris em que foram envelhecidos.


Por fim, são analisadas textura e lágrimas, sendo que as lágrimas longas são associadas à alta quantidade de álcool e boa textura do whisky. Quanto mais lentas e viscosas, mais encorpada, densa e complexa é a bebida.

2) Olfato e paladar

A segunda e terceira etapa compreendem a análise dos sabores e aromas. Os aromas percebidos pelo olfato normalmente antecipam os sabores identificados pelo paladar, sendo compatíveis. Primeiro, deve-se cheirar e degustar o whisky puro para, depois, repetir o processo adicionando um pouco de água mineral à temperatura ambiente. Isso ajuda a abrir e revelar novos aromas e sabores. Lembrando que, na degustação, é importante que a bebida tenha contato com várias partes da língua e boca, de forma a captar os sabores por todas as papilas gustativas. 

Podemos agrupar os aromas e sabores tradicionais do whisky em nove categorias, embora sejamos capazes de detectar mais de 35 mil diferentes tipos de aromas. 



3)  Fim de boca e conclusão

As últimas etapas seriam as impressões e conclusões deixadas pelo whisky. O “fim de boca” ou “retrogosto” são os sabores deixados na boca e língua após a degustação. Quanto melhor e mais complexa a bebida, mais intensos e permanentes são os sabores. Na conclusão, o importante é analisar o equilíbrio e harmonia entre aromas e sabores, além de avaliar a complexidade e satisfação deixadas pela degustação. 




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