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DIFERENÇA ENTRE LER E CONTAR HISTÓRIAS

Contar uma história é diferente de ler uma história. O contador de histórias cria imagens que ajudam a despertar as sensações e a ativar no ouvinte os sentidos: paladar, audição, tato, visão e olfato. Assim, suas narrativas são carregadas de emoção e repletas de elementos significativos, como gestos, ritmo, entonação, expressão facial, silêncios. Tais elementos proporcionam uma interação direta com o público e implicam improvisação e interpretação.


O contador recria o conto junto com seu auditório, conservando algumas partes do texto. No entanto, as modifica, conforme a interação que estabelece com o público. O leitor de histórias, por sua vez, empresta sua voz ao texto, respeitando a estrutura linguística da narrativa, bem como as escolhas lexicais do autor. Ler uma história é uma forma de apresentar a obra conforme sua linguagem original. Contar histórias envolve improvisação, interação e elementos agregados.


Leitura e contação de histórias são duas formas diferentes, mas importantes. Um texto escrito segue as normas da língua escrita, que são completamente diferentes daquelas da linguagem falada. Quando uma criança ouve a leitura de uma história ela introjeta funções sintáticas da língua, além de aumentar seu vocabulário e seu campo semântico.


Aquele que lê a história deve dominar a arte de contá-la, estar preparado suficientemente para fazê-lo com apoio no texto, sabendo utilizar o livro como acessório integrado à técnica da voz e do gesto. Quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro.



Este artigo pertence ao Curso de Contação de Histórias

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