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Equipamentos utilizados em um laboratório de análises clínicas

Em um laboratório de análises clínicas, diversos equipamentos, materiais e reagentes são essenciais para a realização de exames e análises e o auxiliar deve estar familiarizado com eles para ajudar na execução eficiente dos procedimentos laboratoriais.

Equipamentos Básicos

Separamos os prováveis equipamentos e itens que você deve encontrar no seu dia a dia em um laboratório de análises clínicas.

Autoclave vertical

Este equipamento é essencial para a esterilização de materiais que podem suportar altas temperaturas e pressão, como vidrarias, alguns plásticos e instrumentos cirúrgicos. A esterilização é crucial para evitar a contaminação de amostras e a propagação de infecções.



Estufa de esterilização (ou estufa de calor seco)

Funciona com calor seco para esterilizar itens que podem ser danificados pela umidade da autoclave, como pós e certos metais. Ela opera em temperaturas mais altas que a autoclave e é perfeita para materiais que são termo-resistentes.



Estufa bacteriológica

Usada principalmente para o cultivo de microorganismos sob condições controladas de temperatura. Sua precisão permite que os técnicos ajustem o ambiente ideal para o crescimento bacteriano, essencial para experimentos de microbiologia. 



Balança semi-analítica

Oferece precisão na pesagem de reagentes, fundamental para a preparação de soluções químicas onde a proporção precisa de componentes é crucial. Esta balança é mais acessível que as analíticas, porém oferece um bom equilíbrio entre custo e precisão.



Destilador

O destilador é vital para produzir água pura, removendo impurezas e contaminantes que podem interferir em testes sensíveis. A água destilada é utilizada tanto na preparação de soluções quanto na limpeza de equipamentos.



Centrífuga

Este equipamento é fundamental para processos de separação de amostras, como a separação do soro ou plasma em amostras de sangue, além de ser usada em testes de urina para sedimentação de sólidos.



Microscópio binocular

Com duas oculares, permite uma visão estereoscópica, facilitando a análise de células, tecidos e microorganismos. É uma ferramenta crucial para diagnósticos que dependem da observação direta de amostras.



Atenção: O microscópio deve ser manuseado com muito cuidado, nada de arrastar ele na bancada, nem de carregar ele pelo braço, ele deve ser carregado por uma fenda que tem atrás dele e caso não tenha, pela base do microscópio, mas tendo muito cuidado!

  • Base ou pé: Esta é a fundação do microscópio, oferecendo estabilidade e suporte para todos os outros componentes.
  • Braço: Conectado à base, o braço é a estrutura que sustenta a platina e o sistema de lentes do microscópio.
  • Platina: É a superfície onde a amostra é colocada para observação. Possui uma abertura central para permitir a passagem de luz e é equipada com pinças para segurar a amostra. Em modelos mais avançados, a platina pode ser movida para ajustar a posição da amostra, enquanto em modelos mais antigos, a amostra precisa ser movida manualmente.
  • Revólver: É a parte do microscópio que contém as lentes objetivas. Ele pode girar, permitindo a troca rápida entre diferentes objetivas para alterar a ampliação.
  • Tubo ou canhão: Sustenta a ocular na parte superior do microscópio.
  • Parafuso macrométrico: Um grande botão que permite ajustar a altura da platina, fazendo movimentos amplos para o foco inicial.
  • Parafuso micrométrico: Um botão menor que permite ajustes finos na altura da platina para focar a imagem detalhadamente.
  • Condensador: Sistema que inclui duas ou mais lentes convergentes responsáveis por focar e distribuir uniformemente a luz sobre a amostra.
  • Diafragma: Ajusta a quantidade de luz que atinge a amostra, similar ao diafragma de uma câmera fotográfica, controlando a abertura através da qual a luz passa.
  • Fonte luminosa: Modernos microscópios incluem uma lâmpada embutida como fonte de luz, com controles para ajustar a intensidade luminosa. Modelos mais antigos podem utilizar um espelho para refletir luz natural ou artificial.
  • Lente ocular: Localizada na parte superior do tubo, a ocular é um cilindro que contém duas ou mais lentes e aumenta a imagem projetada pelas lentes objetivas. A imagem vista através da ocular é ampliada, direita e virtual.
  • Lente objetiva: Estas lentes estão fixadas no revólver e são as mais próximas da amostra. Dependendo da rotação do revólver, diferentes objetivas podem ser selecionadas para alterar a ampliação. Lentes objetivas secas não usam nenhum meio entre a lente e a amostra, enquanto as lentes de imersão são utilizadas com óleo para aumentar a resolução, devido ao índice de refração similar ao do vidro, minimizando a dispersão da luz.
Refrigeradores

Mantêm reagentes, amostras e culturas biológicas em temperaturas seguras para evitar degradação ou crescimento indesejado de microorganismos.



Bancadas e armários padronizados

Oferecem uma superfície de trabalho limpa e organizada, essenciais para manter a ordem e a eficiência do laboratório. Os armários permitem o armazenamento seguro de reagentes e equipamentos, protegendo-os de contaminação.



Materiais

Esses materiais são básicos em todos os laboratórios e você precisa dominá-los!

Pinças

As pinças são usadas principalmente para manipular materiais e amostras que não devem ser tocadas diretamente com as mãos, a fim de evitar contaminação. Elas são essenciais para pegar objetos esterilizados, como algodão, gaze ou pequenos componentes de equipamentos. As pinças também são utilizadas para manusear lâminas de microscópio e outros objetos delicados. 



Alças

Alças de inoculação, geralmente feitas de metal ou plástico, são instrumentos críticos para a microbiologia. Elas são usadas para transferir microrganismos de uma cultura para outra ou para espalhar microorganismos em uma placa de Petri. O processo de esterilização entre usos, normalmente feito por calor direto em uma chama, é crucial para evitar a contaminação cruzada entre amostras.



Espátulas

Espátulas são utilizadas para coletar e transferir materiais sólidos, como pós e cristais, que precisam ser pesados ou adicionados a soluções. Em laboratórios clínicos, são frequentemente usadas para dispersar ou homogeneizar substâncias em pequenas quantidades. As espátulas podem ser de metal ou plástico, dependendo da reatividade do material com o qual entrarão em contato.

Atenção: Não pegar substâncias diferentes sem higienizar a espátula!



Estantes para tubos de ensaio

Estruturas que organizam e suportam tubos de ensaio durante experimentos, garantindo a estabilidade e a segurança das amostras.



Vidrarias

A maior parte do equipamento usado em laboratórios é feita de vidro, exigindo manuseio cuidadoso durante o uso. Esses itens podem ser fabricados em vidro comum, borossilicato (conhecido como Pyrex) ou quartzo fundido. Vidrarias utilizadas para medir volumes, como buretas e pipetas (tanto volumétricas quanto graduadas), são calibradas para precisão e, por essa razão, não devem ser expostas ao calor. 

Confira quais são elas!

Balões

O balão volumétrico é uma peça essencial de vidraria de laboratório, utilizado principalmente para preparar soluções com volumes precisos. Este instrumento tem um fundo plano e um corpo que se estreita em um pescoço longo marcado com uma linha de calibração exata. 

Provetas

Proveta, ou cilindro graduado, é uma peça de vidraria essencial em laboratórios para medir o volume de líquidos. Ela é um cilindro longo e estreito, usualmente feito de vidro ou plástico, com uma base larga que oferece estabilidade durante o uso. A proveta é marcada com uma série de linhas graduadas ao longo de sua extensão, que indicam diferentes volumes.

Embora seja bastante útil para medir volumes, a proveta não oferece a mesma precisão de outras vidrarias volumétricas como pipetas ou buretas. Sua principal vantagem está na facilidade e rapidez com que se pode obter medidas aproximadas de líquidos, o que é adequado para experimentos que não exigem precisão absoluta. Além disso, as provetas são úteis para transferir líquidos de um recipiente para outro e para misturar soluções diretamente dentro delas.

(imagem)

Atenção: Eles não devem ser aquecidos!!

Leitura do volume

A medição correta do volume de líquidos em laboratório envolve alinhar o nível do líquido com as graduações marcadas na vidraria. A chave para uma leitura precisa é observar o menisco, a curva formada pela superfície do líquido na interface com o ar. 

Ao medir líquidos transparentes ou incolores, é crucial ajustar a leitura de modo que o ponto central do menisco esteja alinhado horizontalmente com a linha de graduação correspondente. Isso deve ser feito mantendo o nível dos olhos diretamente na linha do menisco para evitar erros de paralaxe. Em contraste, para líquidos escuros, a medição deve ser feita na parte superior do menisco, onde a curva encontra a vidraria.

Sempre utilize bancadas para apoiar a vidraria e visualizar o volume do líquido. Dessa forma, é possível obter resultados mais precisos. 



Placas de Petri

A placa de Petri é um recipiente circular raso, comumente fabricado em vidro ou plástico, amplamente utilizado em laboratórios biológicos e químicos. Elas são usadas principalmente para a cultura de microrganismos, permitindo o crescimento e estudo de bactérias, fungos e outros organismos em um meio de cultura controlado. Devido à sua transparência e superfície lisa, facilitam a observação e isolamento de colônias específicas.


Tubos de ensaio

Os tubos de ensaio desempenham funções cruciais no processamento e análise de amostras biológicas, como sangue, urina, e outros fluidos corporais. Eles são essenciais para a realização de uma variedade de testes diagnósticos e procedimentos laboratoriais. Aqui estão algumas das principais utilizações dos tubos de ensaio em laboratórios clínicos:

  • Coleta de amostras
Tubos de ensaio são frequentemente utilizados para coletar amostras de sangue ou outros fluidos. Eles podem vir pré-esterilizados e, em muitos casos, contêm aditivos que auxiliam na preservação da amostra ou na preparação para testes específicos. Por exemplo, alguns tubos contêm anticoagulantes para testes hematológicos, enquanto outros podem conter gel separador para análises bioquímicas.

  • Centrifugação
Após a coleta, muitas amostras precisam ser centrifugadas. Os tubos de ensaio são ideais para este processo, que separa componentes do sangue, como plasma ou soro, das células sanguíneas. A separação é essencial para muitos tipos de análises clínicas.

  • Incubação
Para testes microbiológicos, os tubos de ensaio podem ser usados para incubar culturas de microrganismos. Eles fornecem um ambiente controlado onde bactérias ou vírus podem ser cultivados antes de serem identificados ou testados para sensibilidade a antibióticos.

  • Armazenamento de amostras
Os tubos de ensaio também são usados para o armazenamento temporário de amostras no laboratório. Seu design facilita a organização e o armazenamento eficiente em refrigeradores ou congeladores, mantendo a integridade da amostra até que os testes possam ser realizados.

  • Reações químicas
Em testes bioquímicos, os tubos de ensaio são utilizados para misturar amostras com reagentes. A reação química que ocorre pode ser usada para medir concentrações de substâncias específicas, como glicose, colesterol ou enzimas.

  • Preparação de Soluções e diluições
Os tubos são práticos para preparar soluções e realizar diluições precisas de amostras ou reagentes, fundamentais para a calibração de instrumentos e a realização de testes quantitativos.



Lâminas e lamínulas

Lâminas são finas placas de vidro onde se depositam amostras biológicas para análise microscópica. Elas são essenciais para a visualização de características celulares, agentes patogênicos e outros detalhes microscópicos que são cruciais para diagnósticos clínicos. 

Já as lamínulas, são pedaços menores de vidros usados para cobrir as amostras nas lâminas. Elas desempenham várias funções importantes como proteção da amostra, melhoria da visualização, etc...





Este artigo pertence ao Curso de Auxiliar de Análises Clínicas

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