Área do Aluno


ou



ESCOLA DE FRANKFURT

Em 1924, Marx Horkheimer e o economista Friedrich Pollock fundam o Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt. Seis anos depois, Horkheimer assume a direção do Instituto. “O Instituto engaja-se na crítica da prática política dos dois partidos operários alemães (comunista e social-democrata), cuja ótica “economista” é atacada. O método marxista de interpretação da história e modificada por ferramentas emprestadas à filosofia da cultura, à ética, à psicossociologia e à “psicologia do profundo”. O projeto consiste em fazer a junção entre Marx e Freud”. Os estudos filosóficos dos frankfurtianos ficaram conhecidos como Teoria Crítica (Européia). Ou seja, eles não queriam só constatar em números e dados – como faziam as Teorias Americanas (Administrativas) – mas sim criticar e ferir a cultura de massa ou a natureza industrial das informações localizadas em obras como filmes e músicas.


Adorno e Horkheimer compartilham sentimentos negativos sobre esses veículos de comunicação de massa e afirmam que “A necessidade de se limitar a dados seguros e certos, a tendência a desacreditar toda a pesquisa sobre a essência de fenômenos como ‘metafísica’, corre o risco de obrigar a pesquisa social empírica a se restringir ao não-essencial, em nome do que não pode constituir objeto de controvérsia. Com excessiva freqüência, a pesquisa se vê impondo seus objetos pelos métodos de que dispõe, quando seria preciso adaptar os métodos ao objeto” .


Esses pensadores acreditam que os meios de comunicação de massa abortaram os ideais iluministas do século XVIII. Ou seja, o objetivo do Iluminismo foi de trazer avanço da razão, da tecnologia e a libertação do homem de suas crenças mitológicas e supersticiosas. Isso deveria trazer somente resultados bons como uma sociedade livre e igualitária. No entanto, o Aufklarung (Iluminismo) foi dilacerado ao meio. Isto é, quando os frankfurtianos judeus se depararam com as campanhas nazistas e com as vendas ideológicas ocorridas pelos meios de comunicação, eles passaram a utilizar o nazismo como uma das provas de que a racionalidade técnica estava escravizando o homem da sociedade moderna em vez de libertá-lo. 


A ênfase no componente “crítico” e “dialético” da teoria frankfurtiana são aspectos fundamentais para elaboração de um arcabouço teórico. Assim, ela é capaz de realizar a autocrítica como forma de rejeição de toda pretensão absoluta. Compreendida enquanto uma autoconsciência social crítica, a “teoria crítica” busca a mudança e emancipação do ser humano por meio do esclarecimento. Para tanto, rompe com o dogmatismo da “teoria tradicional”, positivista e cientificista, da qual o principal atributo é a razão instrumental. Portanto, a teoria crítica busca situar-se ela mesma fora das estruturas filosóficas limitadoras.


Ao mesmo tempo ela cria um sistema auto-reflexivo que explique os meios de dominação e aponte os modos de superá-lo. O intuito é alcançar uma sociedade racional, humana e naturalmente livre. Essa “auto-reflexão” é garantida pelo método de análise dialética, meio pelo qual podemos descobrir a verdade ao confrontar ideias e teorias. Assim, o método dialético, aplicado a si mesmo, consuma-se um método autocorretivo para as ciências que utilizam este processo de pensamento. Os assuntos mais recentes e que têm dominado os estudos da Escola de Frankfurt são:


  • as novas configurações da razão libertadora;

  • a emancipação do ser humano pela arte e o prazer;

  • a ciência e a técnica enquanto ideologia.



Este artigo pertence ao Curso de Teorias da Comunicação

Faça o Curso completo grátis!!
Cursos Escola Educação © 2014 - CNPJ: 50.389.088/0001-53 - 2024. Todos os direitos reservados