ESCOLA DE FRANKFURT
Adorno e Horkheimer compartilham sentimentos negativos sobre esses veículos de comunicação de massa e afirmam que “A necessidade de se limitar a dados seguros e certos, a tendência a desacreditar toda a pesquisa sobre a essência de fenômenos como ‘metafísica’, corre o risco de obrigar a pesquisa social empírica a se restringir ao não-essencial, em nome do que não pode constituir objeto de controvérsia. Com excessiva freqüência, a pesquisa se vê impondo seus objetos pelos métodos de que dispõe, quando seria preciso adaptar os métodos ao objeto” .
Esses pensadores acreditam que os meios de comunicação de massa abortaram os ideais iluministas do século XVIII. Ou seja, o objetivo do Iluminismo foi de trazer avanço da razão, da tecnologia e a libertação do homem de suas crenças mitológicas e supersticiosas. Isso deveria trazer somente resultados bons como uma sociedade livre e igualitária. No entanto, o Aufklarung (Iluminismo) foi dilacerado ao meio. Isto é, quando os frankfurtianos judeus se depararam com as campanhas nazistas e com as vendas ideológicas ocorridas pelos meios de comunicação, eles passaram a utilizar o nazismo como uma das provas de que a racionalidade técnica estava escravizando o homem da sociedade moderna em vez de libertá-lo.
A ênfase no componente “crítico” e “dialético” da teoria frankfurtiana são aspectos fundamentais para elaboração de um arcabouço teórico. Assim, ela é capaz de realizar a autocrítica como forma de rejeição de toda pretensão absoluta. Compreendida enquanto uma autoconsciência social crítica, a “teoria crítica” busca a mudança e emancipação do ser humano por meio do esclarecimento. Para tanto, rompe com o dogmatismo da “teoria tradicional”, positivista e cientificista, da qual o principal atributo é a razão instrumental. Portanto, a teoria crítica busca situar-se ela mesma fora das estruturas filosóficas limitadoras.
Ao mesmo tempo ela cria um sistema auto-reflexivo que explique os meios de dominação e aponte os modos de superá-lo. O intuito é alcançar uma sociedade racional, humana e naturalmente livre. Essa “auto-reflexão” é garantida pelo método de análise dialética, meio pelo qual podemos descobrir a verdade ao confrontar ideias e teorias. Assim, o método dialético, aplicado a si mesmo, consuma-se um método autocorretivo para as ciências que utilizam este processo de pensamento. Os assuntos mais recentes e que têm dominado os estudos da Escola de Frankfurt são:
as novas configurações da razão libertadora;
a emancipação do ser humano pela arte e o prazer;
a ciência e a técnica enquanto ideologia.
Este artigo pertence ao Curso de Teorias da Comunicação
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