Apesar dos diversos benefícios apresentados pelos programas de exercícios físicos no local de trabalho, ainda existem diversas questões que infelizmente impactam na não adesão dos trabalhadores.
Ao implementar um programa de ginástica laboral é necessário avaliar os fatores organizacionais do trabalho que podem causar o impedimento da participação dos colaboradores nos exercícios durante a jornada de trabalho.
Então, por exemplo, nos setores administrativos é comum que os funcionários relatem ter falta de tempo devido ao excesso de trabalho.
Essa questão em especial é um grande impedimento da adesão aos programas de ginástica laboral.
Hoje, podemos observar que os principais facilitadores de adesão à ginástica laboral é a possibilidade de melhorar a saúde e o aumento da disposição para o trabalho.
Além disso, todos os benefícios que citamos ao longo deste curso são bastante apreciados pelos colaboradores.
Por outro lado, existem trabalhadores que não gostam da intervenção e sofrem com a falta de tempo.
Geralmente, os funcionários no local de trabalho possuem uma flexibilidade bastante variada, com planejamento de tarefas individuais.
Por isso, para alguns é mais fácil aderir aos programas e para outros é mais difícil.
Aqueles funcionários que alegam ter uma maior flexibilidade no planejamento das tarefas observam que essas atividades os mantém motivados, tendo em vista o prazer em se exercitarem durante a jornada de trabalho.
Diante do cenário de impossibilidades de muitos funcionários é fundamental realizar um mapeamento e analisar os fatores organizacionais.
Somente com um panorama real e o envolvimento dos líderes, é possível montar um programa adequado à realidade da empresa.
Estudar melhor os motivos da baixa adesão aos programas de ginástica laboral tem sido alvo de pesquisa de muitos educadores físicos e organizações, para que possam ser mapeadas as possíveis barreiras.
Dessa forma, ao conhecer melhor o panorama, é possível planejar as intervenções e discutir qual é a melhor maneira de aplicar o programa em cada setor dentro de uma empresa.
Além de fatores relacionados à sobrecarga comum das tarefas dos funcionários, alguns fatores contextuais precisam ser levados em consideração.
Entre eles, a aprovação da aprovação da administração superior.
É fundamental que os superiores estejam cientes e apoiem a participação dos trabalhadores na ginástica laboral durante o horário de trabalho.
Quando o local é naturalmente encorajador, com colegas e superiores motivados, a realização dos exercícios físicos se torna uma atividade diária esperada por todos.
Um ponto que definirá o sucesso ou fracasso do processo de implantação da ginástica laboral é a avaliação constante das intervenções de exercícios no local de trabalho.
Além disso, é de suma importância que o programa não seja conduzido de forma limitada, somente com a aplicação de exercícios com foco na prevenção das LER/DORT.
Atualmente, com a evolução das técnicas, é possível ter novas abordagens dentro da ginástica laboral, trazendo outros aspectos da Promoção da Saúde no Trabalho.
Um programa de ginástica laboral adequado para as necessidades da empresa como um todo promove uma melhor convivência entre funcionários e seus superiores na hierarquia.
É importante que o programa faça parte de um conjunto de ações interdisciplinares direcionadas à promoção da saúde dos funcionários e nunca como uma ação isolada.
Sem dúvidas, é de suma importância considerar todos os fatores psicossociais e ergonômicos presentes nas organizações e ambientes de trabalho.
Por último e não menos importante, se faz necessário a avaliação do programa por um profissional qualificado para montar a lista de exercícios adequados.
As técnicas da ginástica laboral devem contribuir para o melhor controle postural, força, resistência muscular, coordenação motora, mobilidade articular e flexibilidade.
Além disso, a prescrição dos exercícios deve ser realizada de acordo com o tipo de função desempenhada pelo funcionário, baseado em análises cinesiológicas e biomecânicas.
Assim, é possível identificar as regiões corporais mais requisitadas.
De forma resumida, os programas de ginástica laboral devem considerar: