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Ficha de Anamnese e Avaliação Facial

A ficha de anamnese é o documento mais importante para uma clínica estética. Isso acontece, pois é a partir desse registro que você será capaz de apontar o que identificou no rosto do cliente e quais serão os procedimentos realizados a seguir.

Esse documento poderá servir como prova caso algum indivíduo deseje agir de má fé e deve ser assinado tanto pelo cliente quanto pelo profissional responsável pelo procedimento.

Agora você deve estar se perguntando: como analisar o estado da pele do meu paciente e registrar isso em forma de documento?


Avaliação do tipo e do estado da pele

Assim como devemos identificar o tipo de pele de um cliente, antes de realizarmos o procedimento, também precisamos entender qual o estado que aquele rosto se encontra. Entretanto, é importante salientarmos que, diferente da avaliação do tipo de pele, o estado da pele pode variar muito em um curto período de tempo.

Além disso, existem muito mais fatores intrínsecos e extrínsecos que fazem com que uma pele adquira uma característica “x” ou “y”. Dentre esses fatores, podemos ressaltar o clima e a poluição presentes principalmente na cidade grande, a utilização de medicamentos, estresse, fatores hereditários, enfermidades, suor e fatores de hidratação natural, bem como a rotina de cuidado diário exercida por cada paciente.

Dessa forma, quando vamos olhar o estado da pele do paciente, devemos verificar primeiramente o que foi que gerou o problema. Às vezes, o desafio apontado pelo paciente pode ter origem simples, como a utilização incorreta de produtos e cosméticos que não sejam adequados para a saúde do rosto.

Além disso, também devemos avaliar se alguma doença não está causando o problema. Se esse for o caso, devemos encaminhar o cliente para um médico dermatologista para que assim as causas do problema sejam devidamente investigadas.

Quando estamos prestes a definir qual protocolo de tratamento será utilizado, é importante que sejam selecionados produtos que se adaptem ao tipo de pele e consigam tratar a condição apontada como problema pelo cliente. Para que sejamos capazes de avaliar o estado da pele e quais os tipos de cuidado a serem aplicados, devemos analisar fatores como:

  • Se existe ou não o uso de produtos anti-idade, e outros cosméticos específicos sendo manuseados no rosto para o tratamento de rugas.
  • Sinais de envelhecimento e desgaste precoce da pele;
  • Condições na produção de sebo e absorção de água;

Como dito anteriormente neste módulo, o tipo de pele de uma pessoa pode mudar ao longo da vida. Diferente do que muitos pensam, esse é um processo normal de adaptação do corpo para os fatores presentes no ambiente e para suprir as necessidades do nosso organismo.

Dessa forma, aqueles que na adolescência tinham pele oleosa podem vir a ter uma pele seca ao se tornarem adultos . Isso acontece com muita frequência na população feminina ao chegarem na faixa dos 40 anos de idade. De igual maneira, crianças com pele normal podem vir a adquirir uma pele de característica acneica com a chegada da puberdade.

Essa característica adaptável do ser humano é um fator de sobrevivência que contribui para a evolução da nossa sociedade na terra. Atualmente, já sabemos que à medida que todos os tipos de pele envelhecem, conseguimos enxergar um processo de perda de volume nas regiões da bochecha e ao redor dos olhos.

No lugar que antes apresentava um grande volume e densidade, aparecem rugas e linhas finas, além disso, é possível que outras mudanças na pigmentação possam ocorrer ao longo do desenvolvimento de um indivíduo. A partir desses pequenos fatores podemos identificar quais problemas devem ser tratados e quais não tem solução, evitando assim que o cliente se frustre com tratamentos ineficazes.

  • Cor da pele:

Além de todos os exemplos citados acima, também precisamos avaliar a cor da pele da paciente antes de realizar o procedimento de limpeza fácil. Isso acontece pois, como dito anteriormente, a cor da pele de um indivíduo reflete diretamente na sua resistência. Além disso, nem sempre a cor real do indivíduo é aquela que ele apresenta.

O paciente pode ter passado por um bronzeamento artificial por exemplo, ou adquirido alguma doença que originou um distúrbio de pigmentação, irritação ou inflamação na pele. Para avaliar a cor da pele você pode fazer a determinação por densidade da epiderme e a distribuição de melanina.

Alguns dermatologistas também fazem um procedimento chamado de eritema cutâneo. De maneira geral, essa técnica consiste na avaliação da nossa circulação, e pode ser muito útil na identificação de problemas como a couperose e a rosácea. Caso o paciente tenha um relatório com essa descrição, você pode solicitar uma cópia para que ela seja armazenada junto com a folha de anamnese.


  • Sebo e produção de suor

Quando falamos da necessidade de avaliar a produção de sebo e suor de um indivíduo é justamente para que sejamos capazes de identificar como está a barreira de proteção desse órgão e a quantidade de sebo produzida pelas glândulas sebáceas não está sendo realizada em excesso.

Caso um indivíduo apresente superprodução de sebo, isso pode significar que a sua pele além de ter a característica oleosa, também é propensa a apresentar um elevado grau de acne, com pústulas e cistos. Enquanto isso, o indivíduo que tem a pele seca pode apresentar lesões indesejadas devido a falta de proteção no rosto.

Da mesma forma é necessário fazer com relação a produção de suor. De maneira geral, as glândulas sudoríparas da pele produzem suor para ajudar o corpo a manter sua temperatura ideal. Como consequência, se um paciente apresenta produção de suor excessivo ou retardado isso pode implicar diretamente no estado de saúde da sua pele.


  • Fatores de hidratação naturais (FHNs)

Um dos pontos já abordados neste módulo é acerca dos fatores de hidratação natural. Essas substâncias produzidas naturalmente na pele saudável, ajudam na fixação de água no nosso corpo, e como consequência, são fatores extremamente importantes para a determinação de elasticidade e firmeza do rosto. Quando os FHNs estão em equilíbrio, o nosso corpo não se desidrata com rapidez e a nossa barreira protetora consegue se manter íntegra durante muito tempo.

Entretanto, quando essa barreira protetora já está danificada,o nosso corpo não é capaz de reter os FHNs essenciais, em sua maioria aminoácidos, e dessa maneira, a umidade presente no organismo diminui e o estado geral desta pele é afetado.


  • Sensibilidade da pele

Por fim, mas não menos importante, temos o grau de sensibilização da pele de um paciente. Uma pele classificada como sensível é aquela que possui menos resistência aos fatores externos, como por exemplo, exposição à luz do sol e utilização de ácidos e cosméticos mais fortes. Dessa forma, para identificar um paciente com pele sensível devemos avaliar os sintomas tais como vermelhidão, erupção, ardor, coceira e queimação, ajuda a determinar o estado da pele.



Este artigo pertence ao Curso de Básico de Limpeza de Pele

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