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FONTES TEOLÓGICAS
As fontes da Teologia são a Sagrada Escritura (a Palavra de Deus escrita por inspiração do Espírito Santo), a Tradição da Igreja e o Magistério autêntico. De algum modo pode considerar-se também a História. A Sagrada Escritura deve estar unida à Tradição para entregar o reto sentido dos textos.
A Tradição reflete a vida intelectual, orante e litúrgica da Igreja. Está formada por um conjunto de testemunhos que dão a razão da fé da Igreja. A Igreja não a certeza do revelado, exclusivamente, da Escritura porque a Tradição recebe a Palavra de Deus para que os iluminados a conservem, exponham e difundam.
Ao Magistério, foi conferido o ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus, e o exerce em nome de Jesus Cristo. Tem a missão de conservar o depósito da fé em toda sua integridade. Protege-o do erro, julga com autoridade as interpretações da revelação que oferece a Teologia e o oferece considerações e desenvolvimentos em torno da fé.
Assim, a Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério estão tão unidos que nenhuma pode subsistir sem os outros. Por último, ainda que o recurso à História não seja propriamente uma fonte, é certo que pode ajudar e colaborar a entender melhor como essas verdades se interpretam e vivem dentro da Igreja com o transcurso do tempo.
Teologia Positiva e Teologia Especulativa.
A Teologia positiva é a ciência do conteúdo integral da Revelação que tenta determinar e traçar toda a história documental do objeto crido em sua revelação, transmissão e proposição. Deseja conhecer a forma externa do dado revelado, com o estilo metódico e exaustivo que próprio das ciências positivas.
Faz isso para chegar a uma inteligência mais profunda da Palavra de Deus. Trata de responder à seguinte pergunta: qual é exatamente a verdade revelada por Deus? Assim, procura determinar e estabelecer o que e como Deus revelou, se o fez diretamente ou indiretamente, de modo explícito o implícito, com expressões obscuras ou claras.
E porque as doutrinas reveladas não se encontram sempre com a mesma nitidez, costuma ser necessário um trabalho de interpretação de termos e expressões. Por sua vez, a Teologia especulativa aprofunda-se nas verdades reveladas, mostra sua inteligibilidade, a conexão e harmonia que reina entre elas, servindo-se da ajuda das ciências humanas.
Leva à compreensão aprofundada do dado revelado, mas não deve ser confundida com uma simples especulação. Não é a aplicação da filosofia técnica à compreensão da doutrina revelada, mas cai sob o controle e a luz do mistério de salvação. Também não é uma super estrutura da Teologia positiva, mas o pensamento especulativo é englobado nela.
O dado de fé não é unicamente o ponto de partida, mas o princípio vital que a anima ao longo de todo seu recorrido de reflexão crente. A possibilidade da Teologia especulativa se fundamenta numa epistemologia realista - a doutrina revelada pressupõe que a mente humana se ordena à verdade e é capaz de conhecer a Deus de maneira limitada e certa.
Para isso, tem grande importância o tema da analogia. Permite-nos falar de Deus de modo que nossa linguagem tenha sentido. Algo podemos dizer de Deus ainda que Ele não possa ser explicado univocamente. A Teologia especulativa possui duas grandes tarefas, sendo elas a compressão e organização sistemática do dado revelado.
Este artigo pertence ao Curso Introdução à Teologia
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5.0
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Um excelente curso
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