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GRAMÁTICA DA REDAÇÃO OFICIAL


Pronomes

Os pronomes de tratamento apresentam certas peculiaridades. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução e não com o pronome. “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.


Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). O gênero gramatical dos adjetivos referidos deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. “Vossa Excelência está atarefado.”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito.”  “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.


Emprego dos pronomes


O emprego dos pronomes de tratamento obedece à secular tradição. São de uso consagrado os seguintes pronomes: 


  • Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

 

a) do Poder Executivo

  • Presidente da República

  • Vice-Presidente da República

  • Ministros de Estado

  • Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal

  • Oficiais-Generais das Forças Armadas

  • Embaixadores

  • Secretários-Executivos de Ministérios

  • Secretários de Estado dos Governos Estaduais

  • Chefe da Casa Civil da Presidência da República

  • Chefe do Gabinete de Segurança Institucional

  • Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

  • Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União

  • Prefeitos Municipais

 

b) do Poder Legislativo

  • Deputados Federais e Senadores

  • Ministros do Tribunal de Contas da União

  • Deputados Estaduais e Distritais

  • Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais

  • Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais

  • c) do Poder Judiciário

  • Ministros dos Tribunais Superiores

  • Membros de Tribunais

  • Juízes

  • Auditores da Justiça Militar

 

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

  • Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

  • Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

  • Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

 

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:

 

À Sua Excelência o Senhor

Fulano de Tal

Ministro de Estado da Justiça

70064-900 – Brasília. DF

 

À Sua Excelência o Senhor

Senador Fulano de Tal

Senado Federal

70165-900 – Brasília. DF

 

À Sua Excelência o Senhor

Fulano de Tal

Juiz de Direito da 10a Vara Cível

Rua ABC, no 123

01010-000 – São Paulo. SP


  • Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é:

Senhor Fulano de Tal,

 

No envelope, deve constar do endereçamento:

Ao Senhor

Fulano de Tal

Rua ABC, no 123

12345-000 – Curitiba. PR


  • Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnífico Reitor,

              

Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:

  • Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre,

  • Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais.

  • Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos.

  • Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos.

  • Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.


Observações

  1. em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD). A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

  2. fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

  3. doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem defendido tese de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Para quem não tem o título de doutor, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.


Além das observações mencionadas acima, é necessário considerar outras especificidades para a correspondência oficial. Veja: 

  • Fechos para Comunicações: o fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os quinze modelos que vinham sendo utilizados foram simplificados para somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:


  1. para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República, usa-se Respeitosamente

  2. para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior, usa-se Atenciosamente


  • Identificação do Signatário: excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:


(espaço para assinatura)

NOME

Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

 

(espaço para assinatura)

NOME

Ministro de Estado da Justiça

 

Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

Este artigo pertence ao Curso Redação de Documentos Oficiais

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