HISTÓRIA DA MAQUIAGEM

A origem da maquiagem remonta ao Egito Antigo - e não é de se espantar, se considerarmos os olhares marcantes das deusas e mulheres egípcias retratadas nas pinturas, além da própria Cleópatra. No início, os egípcios pintavam seus olhos para protegê-los, tanto por considerá-los como a janela da alma quanto em sinal de respeito a Amón-Rá, o Deus Sol.

Os egípcios misturavam metais pesados para dar o tom esverdeado típico das pinturas dos olhos. Cleópatra, a rainha do Egito, imortalizou os tratamentos cosméticos com seus banhos de leite, cobertura da pele do rosto com argila e maquiagem dos olhos com pó de khol, um ingrediente obtido pela poeira preta solidificada e condensada. Outros povos usavam pinturas no rosto por diversos motivos.

Entre eles diferenciar os membros de cada aldeia, rituais religiosos, condição de guerra e marcar as passagens da vida. Em Roma, por exemplo, as mulheres usavam máscaras de farinha, miolo de pão e leite para melhorar a pele. Acontece que, entre os séculos XVIII e XIX, a maquiagem passou a ser vista com maus olhos, sob o risco de penalidades àqueles que a usassem.

Tanto que, o Parlamento Inglês chegou a penalizar mulheres maquiadas com o mesmo castigo imposto às acusadas por bruxaria. No século XX, o artifício voltou a ser usada em todo o mundo, mas a produção cosmética voltou a estacionar devido aos efeitos das duas grandes guerras mundiais. A questão é que as mulheres seguiram se maquiando, muitas delas fabricando seus próprios produtos.

Passados os conflitos, a maquiagem se popularizou mundo afora, inclusive como ferramenta importante na valorização da mulher no pós-guerra. O maior impulso veio com as divas do cinema e da música. Com o passar dos anos, os produtos foram evoluindo, deixando de ser usados apenas para fins estéticos e sendo empregados como tratamento contra o envelhecimento, proteção e hidratação.

Fatos marcantes dos cosméticos e maquiagem:

• 150 a.C: primeiro creme facial do mundo

• Século XVII: crescimento do ato de pintar os lábios

• 1921: criação do batom de bastão, em Paris

• 1930: destaque para olhos marcantes, sobrancelhas finas e desenhadas com lápis. disseminação dos estojos de batom nos EUA

• 1940: destaque para o uso de batom vermelho; mulheres improvisavam suas maquiagens com produtos caseiros, como graxa, pétalas de rosas e carvão

• 1950: pele pálida com pó de arroz e boca vermelha, o chamado estilo fake

• 1960: olhos marcados por delineador e pele pálida; uso de cores intensas nos olhos, como violeta, laranja e rosa; aprimoramento das embalagens e estojos de maquiagem

• 1970: sombras coloridas, cílios separados e longos, influenciados pelo movimento hippie, a moda disco e por grandes marcas, como Dior, Chanel e Yves Saint Laurent; presença de cores vibrantes, lábios brilhantes e pele bronzeada

• 1980: blush em tons terrosos, sombra azul e boca vermelha; uso de muito brilho e lantejoulas; blush em tons laranja; desenvolvimento de de cosméticos pigmentados com fórmulas mais evoluídas; influência da cultura pop

• 1990: valorização da maquiagem neutra, leve e natural; olhos menos cintilantes e mais esfumados; uso de tecnologia de vanguarda na fabricação de cosméticos

• 2000: maquiagem prática; surgimento de diferentes cores e texturas

• 2010: maquiagem livre conforme o próprio estilo; constante revival das tendências marcantes nos anos 50 e 60