HOMEOPATIA PARA ANIMAIS
Breve histórico
Criada na Alemanha por Hahnemann há mais de duzentos anos, a homeopatia rapidamente conquistou o mundo todo. Na América do Sul, a medicina homeopática humana logo foi oficializada e apresenta alto padrão de qualidade. Na América do Norte e na maioria dos países europeus, é reconhecida e amplamente adotada e vem se disseminando pela Oceania, África e Oriente Médio. A medicina homeopática foi introduzida no Brasil em 1840, tendo sido prontamente assimilada e posteriormente implantada com sucesso na rede pública hospitalar, tornando nosso país um dos líderes na utilização desta terapia.
Na mesma época em que iniciaram os estudos da homeopatia médica, Hahnemann disse ao curar seu próprio cavalo: “se as leis que proclamo são as da Natureza, elas serão válidas para todos seres vivos.“ Dá-se início, então, a Homeopatia em Veterinária, aplicada por seu próprio criador, Hahnemann. que, em 1815, em uma conferência realizada em Leipzig, apresentou o trabalho: “O tratamento homeopático dos animais domésticos”. Suas idéias foram retomadas alguns anos depois, e ampliadas pelo pensamento e pela prática de diversos veterinários. No Brasil, em 1942, foi publicado pelo Dr. Nilo Cairo o “Guia Prático da Veterinária Homeophatica” ou “Tratamento homeopático de todas as moléstias dos animais domésticos”.
Na década de 50, o médico-veterinário Cláudio Real inicia seus estudos na França, tornando-se o primeiro veterinário homeopata do Brasil. Posteriormente, entre os anos 70-80, um pequeno grupo de médicos veterinários se dirige às escolas homeopáticas de Curitiba, Ribeirão Preto, e Buenos Aires onde, após freqüentarem os cursos de homeopatia humana, dão início, na década seguinte, a cursos de homeopatia veterinária em Campinas, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Ribeirão Preto. Em 1996, a especialidade é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária.
Sobre o tratamento
Um tratamento largamente utilizado na medicina humana, a homeopatia para animais é uma terapia que trata não só os sintomas da doença, mas o indivíduo como um todo, ou seja, corpo, mente e energia vital. Muitos ainda desconhecem a aplicação dele em animais, mas é tão antigo quanto em seres humanos e pode ser utilizada em qualquer tipo de doença. O princípio básico da homeopatia é preparar o corpo para reagir contra diversas encrencas lançando mão de substâncias semelhantes, isto é, substâncias que produzem sintomas iguais aos da doença que precisa ser combatida ou que se quer evitar.
Costuma-se dizer que a homeopatia não trata as doenças, mas sim os doentes. Isso porque quando ocorre o desequilíbrio da energia vital, os seres ficam mais suscetíveis a diversos tipos de doenças. O tratamento homeopático visa o equilíbrio desta energia, fazendo com que o animal reaja à doença, promovendo a cura. Nesse processo, os sintomas são tratados a partir dos órgãos mais importantes para os menos importantes, de forma gradativa e permanente.
Não existem doenças específicas em que a homeopatia para animais aja com maior eficácia. Mas, existem aquelas nas quais o tratamento é mais utilizado, como:
Dermatite
Epilepsia
Artrite ou artrose
Otites
Gastroenterites
Problemas de coluna
Cistites frequentes
Gravidez psicológica
Rinites alérgicas
Doenças comportamentais que envolvem ansiedade, automutilação ou hiperatividade
O bom resultado do tratamento depende basicamente do animal e do contexto em que ele vive. A ação da homeopatia vai depender do tipo de doença, se ela é crônica ou aguda. Uma doença aguda, por exemplo, pode ser curada rapidamente. Já em casos de doenças crônicas como medo, depressão e diarreias frequentes, o processo pode ser um pouco mais lento, pois o organismo deve retomar seu equilíbrio pela cura e não pela supressão dos sintomas. O uso combinado de produtos homeopáticos e químicos é feito, normalmente, em ocasiões em que não se pode perder tempo para iniciar um tratamento, como no caso de uma infecção urinária no animal.
Neste caso, é comum que o profissional receite ambos os remédios para que o tratamento e prevenção andem de mãos dadas, já que a medicação homeopática irá preparar o organismo do bichinho para combater o problema e evitar que ele retorne, enquanto o remédio químico (algum tipo de antibiótico, por exemplo) vai atacar de frente a complicação do momento, seja ela qual for. Seja no uso de medicamentos homeopáticos, alopáticos (tidos como convencionais) ou combinados, é muito importante que um profissional veterinário seja consultado, já que, em alguns casos, as medicações misturadas podem não ser compatíveis, e isso pode trazer diversos problemas para seu bichinho de estimação.
Embora boa parte dos donos de pet – e da população em geral – acredite que o tratamento por meio de produtos holísticos (tanto para animais como para humanos) tenha a sua longa duração e a demora de resultados como principal desvantagem, isso nem sempre é verdade. Logicamente, em casos crônicos e mais sérios, esse tipo de remédio pode, de fato, demorar mais tempo para ter algum efeito e funcionar de maneira adequada. No entanto, há casos em que algumas simples gotinhas de homeopatia podem agir de maneira imediata, diminuindo os sintomas dos animais em muito pouco tempo, como no caso de um cão ou gato com diarréia, por exemplo.
Medicação na homeopatia veterinária
É considerado medicamento homeopático a substância diluída e dinamizada vinda dos reinos animal, vegetal ou mineral, diferente da fitoterapia, cujo medicamento é feito à base de plantas. Os medicamentos usados na terapia são específicos para cada paciente, dependendo exclusivamente das necessidades do animal, de caso a caso. A homeopatia para animais trata qualquer doença não cirúrgica e ainda com a vantagem da inexistência de efeitos colaterais num momento tão delicado.
Tendo como vantagem o fato de quase não possuir contra-indicações – mesmo em casos de gatas e cadelas no período de gestação (onde qualquer tipo de medicamento tradicional é proibido por poder prejudicar o animal) – os remédios homeopáticos para pets também são muito mais simples em sua forma de administração. Geralmente encontrados em forma líquida (para ser tomado em gotas) ou em pequenos glóbulos de açúcar, os medicamentos da homeopatia para animais são muito melhor aceitos do que os tradicionais; já que a maioria dos pets costuma adorar quitutes adocicados e, em alguns casos, podem até considerar seus remédios alternativos como uma forma de agrado.
Em sua composição pode entrar de tudo um pouco: plantas como calêndula, arnica e tuia, minerais como ouro, prata e cobre, e alguns ingredientes exóticos, como veneno de cobra – tudo diluído em água e álcool. Para tratar um quadro de diarréia, por exemplo, o homeopata terá na composição de sua fórmula, justamente, os ingredientes que podem desencadear esse tipo de problema em animais sadios. A partir da escolha dos ingredientes, é feito um reagrupamento molecular, que capta a energia das substâncias originais no composto e produz um efeito benéfico ao organismo como um todo, ajudando no seu equilíbrio e, consequentemente, na melhoria de todo tipo de problema.
Plantas e minerais são as principais bases nas composições homeopáticas – que inclui, apenas, substâncias naturais - e ingredientes como arnica, calêndula, ouro, prata, cobre e até veneno de cobra (em alguns casos mais raros) podem ser encontrados na formulação desse tipo de medicação.
Fitoterapia x homeopatia
Os florais para cachorro e a homeopatia têm uma origem em comum. Criada pelo médico alemão Samuel Christian Hahnemann, a homeopatia foi a base de inspiração para outro médico, o inglês Edward Bach, criar a terapia floral. A homeopatia é um método terapêutico baseado no equilíbrio da energia vital e que busca estimular o organismo a combater uma doença. Para isso, trabalha com matérias-primas de origem animal, vegetal e mineral, que são diluídas e agitadas repetidamente (fase de sucussão) a fim de manter apenas a energia no produto final.
O pai da homeopatia utilizava essa terapia inclusive para a cura de enfermidades que acometiam o seu cavalo. Já o doutor Bach começou sua carreira produzido remédios homeopáticos até passar a se dedicar ao tratamento por meio do uso de flores. Assim, a terapia floral tem como matéria-prima as flores, árvores e arbustos. O que as duas terapias têm em comum é o interesse pelo tratamento do paciente como um todo e não apenas a cura dos sintomas físicos causados pelas doenças. Assim, são tratamentos vibracionais, que buscam atuar no corpo físico e no estado mental do ser para combater uma enfermidade. Hoje em dia, além dos florais de Bach, existem as essências florais de Saint Germain, da Califórnia, do Alasca, da Austrália, da França e outras.
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