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Imunologia

No laboratório de análises clínicas em imunologia, são realizados testes que ajudam a diagnosticar doenças, a compreender como o corpo reage a infecções, e a avaliar a saúde geral do sistema imunológico. Esses laboratórios são fundamentais para identificar distúrbios autoimunes, alergias e problemas de imunodeficiência, além de serem cruciais no desenvolvimento de novas vacinas e terapias.

Dentre os exames realizados, os testes de anticorpos são fundamentais. Eles incluem a medição dos níveis de imunoglobulinas (IgA, IgE, IgG, IgM), que podem indicar reações alérgicas, infecções crônicas ou autoimunidade. Além disso, testes específicos de anticorpos identificam a presença de anticorpos que reagem contra antígenos específicos, como vírus e bactérias, ou até mesmo tecidos do próprio corpo em casos de doenças autoimunes.

Outra ferramenta importante são os testes de função celular, como os testes de proliferação de linfócitos e a citometria de fluxo. Esses testes avaliam a capacidade dos linfócitos de se multiplicar em resposta a um antígeno e fornecem uma análise detalhada das características das células do sangue. Eles são essenciais para entender a eficácia da resposta imune celular e são usados tanto no diagnóstico de leucemias e linfomas quanto para monitorar a imunossupressão.

Quanto aos testes de alergia, incluindo o RAST e testes cutâneos, eles são vitais para detectar anticorpos IgE específicos para alérgenos individuais, ajudando a identificar alergias específicas. Em relação aos testes de autoimunidade, como o ANA e ENAs, esses exames são fundamentais para detectar anticorpos antinucleares e são utilizados para especificar o tipo de doença autoimune que afeta o paciente.

Além disso, os testes de imunodeficiências são importantes para avaliar os níveis de proteínas do complemento e a função dos fagócitos, que são componentes críticos da capacidade do sistema imune de combater infecções. Para o monitoramento de transplantes, o HLA Typing é crucial para encontrar correspondências entre doadores e receptores de órgãos, a fim de minimizar a rejeição do transplante.

O sistema imune

O sistema imune é a defesa natural do corpo contra infecções e doenças, composto por uma rede complexa de células, tecidos e órgãos que trabalham juntos para proteger o corpo. A primeira linha de defesa inclui a pele e as membranas mucosas, que agem como barreiras físicas. Substâncias químicas nas secreções do corpo, como saliva e suor, também ajudam a neutralizar patógenos. Se um patógeno consegue passar por essas barreiras externas, ele encontra a imunidade inata, uma resposta rápida e não específica, onde células como macrófagos e células dendríticas detectam e engolem invasores estranhos, além de alertarem o sistema imune sobre a presença de intrusos.

Se a infecção persiste, a imunidade adaptativa entra em ação. Esta é mediada por dois tipos principais de células: linfócitos T e linfócitos B. Os linfócitos T, formados na medula óssea e amadurecidos no timo, reconhecem células infectadas ou anormais e ajudam a destruí-las. Os linfócitos B também se originam na medula óssea e são responsáveis pela produção de anticorpos, que se ligam a antígenos específicos nos patógenos, marcando-os para destruição ou neutralizando-os diretamente.

Os linfócitos circulam no sangue e na linfa e se concentram em áreas estratégicas do corpo, como os linfonodos, o baço e outros tecidos linfoides associados a mucosas, onde podem encontrar e responder a patógenos eficientemente. As células apresentadoras de antígenos, como macrófagos e células dendríticas, capturam patógenos, processam-nos e apresentam partes dos mesmos aos linfócitos T, ativando-os para que ajudem a coordenar uma resposta imune mais direcionada.

O sistema imune é geralmente muito eficaz em proteger o corpo contra inúmeras ameaças diariamente. No entanto, problemas podem surgir quando o sistema imune é fraco, hiperativo ou reage excessivamente a substâncias inofensivas. Os laboratórios de imunologia clínica são essenciais para identificar esses problemas e ajudar a gerenciar as condições relacionadas ao sistema imune, garantindo a eficácia das terapias e tratamentos aplicados.

Um antígeno é qualquer substância que o sistema imunológico pode identificar como estranha ou não pertencente ao corpo. Anticorpos e receptores nas células T são as ferramentas que o sistema imune utiliza para reconhecer esses antígenos. Os anticorpos podem se ligar a uma variedade de moléculas biológicas, como proteínas, carboidratos, lipídios e até hormônios. Por outro lado, os linfócitos T geralmente reconhecem apenas peptídeos, que são fragmentos de proteínas, e os linfócitos B são ativados principalmente por macromoléculas.

Antígenos podem ser encontrados em diversas formas, como substâncias solúveis no sangue ou parte de estruturas maiores, como células e bactérias. As substâncias que efetivamente estimulam uma resposta do sistema imune são chamadas imunógenos. Existem também moléculas menores, conhecidas como haptenos, que só podem ativar o sistema imune quando estão ligadas a uma macromolécula maior, que atua como um carreador.

Para que uma molécula seja considerada imunogênica e capaz de estimular o sistema imune, ela precisa ter certas características: ser estranha ao organismo, ter um tamanho grande (mais de 600 kDa), complexidade química, e a capacidade de ser quebrada por enzimas. Além disso, fatores como a genética do indivíduo, as células T e B disponíveis, a dose e a forma de administração do antígeno, e o número de doses também influenciam a resposta imune.

Apenas partes específicas das macromoléculas, chamadas epítopos ou determinantes antigênicos, são reconhecidas pelos anticorpos. Uma única macromolécula pode conter vários epítopos, permitindo que múltiplos anticorpos se liguem a ela. Essa capacidade de um antígeno se ligar a vários anticorpos é chamada de polivalência ou multivalência.

Para aumentar a eficácia da resposta imune a um imunógeno, aditivos conhecidos como adjuvantes são frequentemente utilizados. Esses adjuvantes são substâncias que, quando adicionadas a um imunógeno, potencializam a resposta imune, embora não tornem os haptenos imunogênicos por si só.

Exame de medição de imunoglobulina no sangue

A análise de imunoglobulinas é fundamental para investigar os níveis de complexos imunes, que consistem na união de um anticorpo a um antígeno. Esses complexos são essenciais para a defesa do organismo contra ameaças externas como vírus, bactérias e toxinas. Este exame é crucial para identificar diversas condições associadas a uma imunidade comprometida, incluindo alergias, toxoplasmose, diferentes formas de hepatite, rubéola e HIV, entre outras infecções causadas por vírus, bactérias e parasitas.

Adicionalmente, o teste pode ajudar a detectar reações alérgicas a substâncias presentes em medicamentos mais potentes, como antidepressivos e anti-histamínicos. Nesses casos, uma análise específica é realizada para examinar a resposta imune a alérgenos específicos.

O procedimento envolve a coleta de sangue do paciente para medir a presença e os níveis de cinco tipos distintos de imunoglobulina, cada qual oferecendo informações diferentes sobre doenças ligadas à imunidade:

  • Imunoglobulina A (IgA): Presente em secreções de áreas como intestinos, genitais e vias respiratórias, ajudando na proteção contra infecções e alergias nesses locais.
  • Imunoglobulina D (IgD): Encontrada nos linfócitos, células essenciais para o sistema de defesa, e pode indicar doenças autoimunes.
  • Imunoglobulina E (IgE): Associada a reações alérgicas específicas, incluindo alergias a medicamentos ou alimentos.
  • Imunoglobulina G (IgG): O tipo mais abundante no corpo, crucial para respostas imunes secundárias e pode indicar infecções em tecidos nervosos e outras condições como esclerose múltipla.
  • Imunoglobulina M (IgM): Responsável por respostas imunes primárias, sua presença pode sinalizar estágios iniciais de diversas doenças.

Os preparativos para o exame geralmente incluem um jejum de 3 a 14 horas, conforme recomendado pelo laboratório. Os valores de referência para os resultados variam de acordo com a idade do paciente e o tipo específico de imunoglobulina analisada, necessitando de avaliação médica para uma interpretação adequada.

O teste é indicado para pessoas que frequentemente enfrentam doenças infecciosas ou alérgicas. Também é comum durante a gestação para detectar condições que podem afetar o desenvolvimento do bebê, como toxoplasmose. Mesmo na ausência de sintomas evidentes de doenças imunológicas, é aconselhável discutir a realização do exame com um médico, pois ele pode oferecer informações valiosas sobre o estado de saúde geral do paciente.

Passo a passo para realizar o exame 

  • Coleta de Amostra: Inicialmente, uma amostra de sangue é coletada de um paciente. Esta amostra é centrifugada para separar o soro, que é a parte líquida do sangue sem as células.
  • Preparação para Isolamento: Para isolar as imunoglobulinas, primeiro ajusta-se a amostra de soro adicionando solução salina, para manter a integridade e a concentração das proteínas.
  • Precipitação de Proteínas: Em seguida, adiciona-se sulfato de amônio ao soro. Esta substância faz com que as imunoglobulinas precipitem, ou seja, se separem do restante do soro. Isso ocorre porque o sulfato de amônio altera o equilíbrio do soro, fazendo com que apenas as imunoglobulinas se solidifiquem e se separem como um sedimento.
  • Centrifugação: A mistura é então centrifugada. Durante a centrifugação, as imunoglobulinas precipitadas se depositam no fundo do tubo como um sedimento. 


  • Purificação: O sedimento contendo as imunoglobulinas é ressuspenso em uma nova solução de sulfato de amônio para limpar quaisquer impurezas remanescentes. Após outra centrifugação, obtém-se um sedimento purificado.
  • Análise de Pureza: Finalmente, a pureza e a concentração das imunoglobulinas isoladas são avaliadas por técnicas como eletroforese em gel, que permite verificar o tamanho e a pureza das proteínas isoladas.
Testes de função celular

Os testes de função celular são procedimentos laboratoriais usados para avaliar como as células do corpo estão funcionando, particularmente aquelas envolvidas na resposta imunológica. Esses testes são cruciais para diagnosticar e monitorar doenças que afetam o sistema imune, como autoimunidade, imunodeficiências, e infecções crônicas ou agudas. Eles também são importantes para avaliar a eficácia de tratamentos imunossupressores ou imunomoduladores.

Tipos de testes de função celular

Abaixo separamos para vocês quais são os testes de função celular e como é o passo a passo para realizá-los. 

Testes de Proliferação de Linfócitos

O teste de proliferação de linfócitos é uma técnica laboratorial sofisticada que avalia a capacidade dos linfócitos, principalmente dos linfócitos T, de responder e se multiplicar quando expostos a estímulos específicos. Este teste é crucial para entender como o sistema imune de um indivíduo reage a infecções e como ele responde à imunização através de vacinas.

Passo a passo para realizar o teste

  • Coleta de amostra: Uma amostra de sangue é retirada do paciente. Os linfócitos são isolados do restante do sangue, geralmente através de técnicas de centrifugação.
  • Estímulo dos linfócitos: Os linfócitos isolados são colocados em um meio de cultura e expostos a substâncias que estimulam a proliferação celular. Esses estimulantes podem ser mitógenos, que ativam linfócitos de maneira não específica, ou antígenos específicos, que simulam uma infecção ou a administração de uma vacina.
  • Incorporação de marcadores: Para medir a proliferação dos linfócitos, frequentemente adiciona-se um marcador, como a timidina tritiada (um isótopo radioativo) ou um corante fluorescente. Estes marcadores são incorporados no DNA das células à medida que elas se dividem.
  • Medição da proliferação: Após um período de incubação, que pode variar de alguns dias a uma semana, a quantidade de marcador incorporado é medida. A quantidade de marcador reflete diretamente a quantidade de proliferação celular que ocorreu em resposta ao estímulo.
Testes de citotoxicidade celular

Os testes de citotoxicidade celular são essenciais para avaliar a eficácia das células do sistema imune em identificar e destruir células que são prejudiciais ao corpo, seja por estarem infectadas por vírus, sejam células tumorais. Duas das principais células envolvidas nesse processo são as células Natural Killer (NK) e os linfócitos T citotóxicos, ambas especializadas em eliminar células-alvo diretamente através de mecanismos de morte celular.

Este teste é crucial para:

  • Avaliar a função imune de indivíduos, particularmente aqueles com suspeita de doenças que afetam as células NK ou T, como imunodeficiências.
  • Desenvolver e testar novos tratamentos para o câncer, onde a capacidade de direcionar e matar células tumorais é essencial.
  • Estudar respostas a infecções virais, verificando como as células imunes lidam com células infectadas.
Passo a passo de como realizar o teste

  • Uma amostra de sangue é coletada do paciente;
  • As células NK ou linfócitos T citotóxicos são isoladas do resto das células sanguíneas através de métodos de separação celular, como a centrifugação ou o uso de colunas de separação magnética;
  • Células-alvo, que podem ser células tumorais ou células previamente infectadas com vírus em laboratório, são marcadas com um corante ou substância que permite sua identificação e análise após o ataque das células do sistema imune;
  • Em alguns casos, as células-alvo são também pré-tratadas com substâncias que as tornam mais visíveis para o sistema imune;
  • As células imunes isoladas são colocadas em cultura com as células-alvo marcadas em condições controladas;
  • A proporção entre células imunes e células-alvo, bem como o tempo de incubação, varia dependendo do tipo específico de teste e do objetivo do estudo;
  • Após a incubação, a interação entre células imunes e células-alvo é avaliada.
Avaliação da Citotoxicidade

  • Ensaio de liberação de cromo: mede a quantidade de um corante radioativo liberado por células-alvo danificadas;
  • Citometria de fluxo: detecta marcadores específicos de apoptose (morte celular programada) ou necrose nas células-alvo;
  • Ensaio de liberação de LDH (desidrogenase lática): mede enzimas liberadas por células danificadas.
Análise Análise dos Resultados

  • Os resultados são analisados para determinar a eficácia das células imunes em matar ou danificar as células-alvo;
  • A análise ajuda a entender se o sistema imune do paciente está funcionando de maneira eficaz e pode fornecer informações valiosas sobre a saúde imunológica geral do indivíduo.
Testes de Liberação de Citoquinas

Os testes de liberação de citoquinas são procedimentos laboratoriais vitais que medem a capacidade das células imunes de produzir e liberar citoquinas, que são pequenas proteínas liberadas pelas células, principalmente células imunes, que atuam como mensageiros químicos entre as células. Elas desempenham papéis cruciais na modulação da resposta imune e na inflamação, facilitando a comunicação entre células para coordenar uma resposta corporal a infecções, lesões ou outras condições.

Os testes de liberação de citoquinas são importantes para:

  • Diagnóstico e monitoramento de doenças inflamatórias, como artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal;
  • Identificação de distúrbios autoimunes, onde o sistema imunológico ataca por engano tecidos saudáveis do corpo;
  • Avaliação de deficiências imunológicas, onde a resposta imune é inadequada ou comprometida;
  • Ajuste de tratamentos imunomoduladores, que visam alterar a resposta imune, especialmente em condições como câncer ou doenças autoimunes.
Passo a passo para realizar o teste

  • Uma amostra de sangue é geralmente coletada do paciente, de onde as células imunes serão isoladas;
  • As células imunes extraídas são expostas a estímulos específicos em um ambiente controlado para ativar sua produção de citoquinas. Estes estímulos podem ser antígenos, mitógenos ou outros agentes que desencadeiam uma resposta imune;
  • Após a adição dos estímulos, as células são incubadas, permitindo-lhes reagir e produzir citoquinas;
  • A quantidade de citoquinas produzidas e liberadas pelas células é medida após a incubação. Existem diversas técnicas para isso, incluindo:
ELISA (Ensaio de Imunoabsorção Enzimática) - Usado para detectar e quantificar citoquinas específicas em amostras de fluido.



Citometria de Fluxo - Permite a análise simultânea de várias citoquinas em uma única célula.

CBA (Cytometric Bead Array) - Combina as características da citometria de fluxo e dos ensaios de captura de citoquinas para quantificar múltiplas citoquinas simultaneamente.
Bioensaios - Usam células vivas para determinar a bioatividade das citoquinas.

Análise dos Resultados

Os resultados são analisados para determinar se os níveis ou a funcionalidade das citoquinas estão alterados, o que pode fornecer informações valiosas sobre o estado de saúde ou doença do paciente.

Testes de Ativação de Células B e Produção de Anticorpos

Os testes de ativação de células B e produção de anticorpos são procedimentos diagnósticos essenciais que avaliam a funcionalidade das células B do sistema imune. As células B são um tipo crucial de célula branca do sangue responsável pela produção de anticorpos, que são proteínas especializadas em identificar e neutralizar agentes patogênicos como vírus, bactérias e toxinas. A transformação de células B em plasmócitos, que são as células efetivamente responsáveis pela produção de grandes quantidades de anticorpos, é um indicador vital da competência imunológica de um indivíduo.

Assays de Fagocitose

Os assays de fagocitose são testes laboratoriais críticos usados para avaliar a eficiência dos fagócitos, células especializadas do sistema imune, como monócitos e neutrófilos, na sua capacidade de engolir (fagocitar) e destruir microrganismos. Estes testes são fundamentais no diagnóstico de condições que comprometem a função fagocítica, tais como a doença granulomatosa crônica, um distúrbio que afeta a capacidade das células imunes de eliminar bactérias e fungos, levando a infecções recorrentes.

Testes de alergia

Os testes de alergia são procedimentos diagnósticos essenciais usados para identificar substâncias específicas, conhecidas como alérgenos, que provocam reações alérgicas em indivíduos. Essas reações podem variar de leves a severas e incluem sintomas como espirros, erupções cutâneas, dificuldades respiratórias e, em casos graves, anafilaxia. Dois dos métodos mais comuns para diagnosticar alergias são o Teste de Alergia por RAST (Radioallergosorbent Test) e os Testes Cutâneos.

Testes Cutâneos

Os testes cutâneos são os mais frequentemente utilizados devido à sua precisão, eficiência e rapidez. Eles podem ser realizados de várias maneiras:

Teste de puntura (Prick Test):
Uma pequena quantidade de alérgenos suspeitos é aplicada na pele, geralmente no antebraço ou nas costas. A pele é então levemente perfurada ou arranhada para permitir que o alérgeno penetre. A área é observada por cerca de 15 a 20 minutos para verificar se há uma reação, geralmente uma pequena protuberância vermelha chamada pápula, que indica uma reação alérgica.



Teste Intradérmico

Uma quantidade muito pequena de alérgeno é injetada sob a pele. Este teste é geralmente usado quando os testes de puntura não são conclusivos. Semelhante ao teste de puntura, a reação é avaliada após 15 a 20 minutos.

Teste de Patch

Alérgenos são aplicados em patches, que são então colocados na pele do paciente, geralmente nas costas, e deixados por 24 a 48 horas. A pele é verificada para sinais de reação alérgica após a remoção dos patches, útil para diagnosticar alergias de contato.



Teste de alergia por RAST

O teste de RAST é um método de diagnóstico de alergias que mede a quantidade de anticorpos IgE específicos para determinados alérgenos presentes no sangue do paciente.
O teste de RAST começa com a coleta de uma amostra de sangue do paciente. Este sangue é então enviado ao laboratório, onde é analisado para detectar a presença de anticorpos IgE específicos para uma variedade de alérgenos comuns ou suspeitos. Os resultados deste teste são quantificados para determinar a sensibilidade do paciente a diferentes alérgenos. 



Uma das grandes vantagens do teste de RAST é que ele é seguro e não há risco de reação alérgica durante o teste, pois o alérgeno não é introduzido diretamente no corpo do paciente durante o procedimento. No entanto, este teste é geralmente mais caro que os testes cutâneos e os resultados podem demorar alguns dias para ficar prontos.

Por outro lado, as vantagens dos testes cutâneos incluem sua rapidez e precisão, além de fornecerem resultados no mesmo dia. Contudo, esses testes carregam um risco de reações alérgicas severas e devem ser realizados sob supervisão médica rigorosa.

Em suma, tanto os testes cutâneos quanto o teste de RAST são ferramentas valiosas no diagnóstico de alergias. A escolha entre um e outro dependerá das necessidades específicas do paciente, considerando fatores como custo, conveniência, segurança e a urgência em obter resultados. Ambos os testes ajudam os médicos a desenvolver um plano de tratamento eficaz, que pode incluir evitar alérgenos, medicamentos para alergias ou imunoterapia, proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente.


Este artigo pertence ao Curso de Auxiliar de Análises Clínicas

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