Inteligência Emocional com Crianças e Adolescentes
Um dos maiores desafios nos relacionamentos com crianças e adolescentes é a capacidade de compreender que estes indivíduos costumam ser seres muito sensíveis e ingênuos em relação ao mundo à sua volta. Além disso, eles estão passando por fases de constantes modificações, tanto hormonais, quanto em termos de aparência e formas de entender o mundo.
Por isso, é necessário que, enquanto profissional atuante na linha de frente no contato com crianças e adolescentes, o monitor trabalhe a sua inteligência emocional e melhore a sua capacidade de se comunicar e se relacionar com esses indivíduos.De acordo com a psicologia, inteligência emocional é a capacidade que uma pessoa possui de identificar e lidar com as emoções e sentimentos tanto de forma individual, como no âmbito coletivo, considerando assim o pensamento de outros indivíduos.
Quando lidamos com crianças, por exemplo, constantemente estaremos lidando com situações onde o menor acredita que, não entregar um trabalho de escola, ou tirar notas baixas em um prova pode ser considerado como algo muito estressante, fazendo com que ele se sinta triste, chore e não queira dialogar com os outros colegas.
Ainda que saibamos, enquanto adultos, que essa não é uma situação para entrar em desespero, não podemos minimizar o sentimento que o aluno possui em relação à sua nota baixa, pois aquilo está atrelado diretamente a forma como ele enxerga o seu mundo. Para os adultos, talvez o ambiente escolar seja algo efêmero e simples, entretanto, para um criança, a escola é a sua rotina e tirar notas boas está diretamente ligado à sua meta de vida no momento.
Para compreendermos essas situações, precisamos trabalhar a nossa inteligência emocional e compartilhar a nossa compreensão sobre o assunto para as crianças, para que, dessa forma, ela entenda que, mesmo se sentindo triste e estressada, ela é capaz de superar essa situação sem que para isso precise se sentir desesperada pelo ocorrido
A inteligência emocional é uma habilidade que permite que as pessoas gerenciem melhor seus sentimentos e a forma que agirão com base neles, ainda que inseridas em contextos e situações desfavoráveis pelo seu ponto de vista.
Os responsáveis por fixar a teoria de inteligência emocional por meio de estudos científicos divulgados no meio acadêmico foram os psicólogos e pesquisadores estadunidenses Peter Salovey e John D. Mayer, em 1990, cinco anos antes de Goleman publicar seu livro. Esse trabalho foi o resultado do crescimento do estudo da psicologia e da compreensão das emoções no meio científico, por isso é importante ressaltar que diversas pesquisas em torno da influência das emoções já vinham sendo realizadas há algum tempo.
Em 1920, por exemplo, o psicólogo americano Edward Thorndike, descreveu a inteligência emocional como a habilidade de administrar as emoções. Depois dele, outras referências no campo do estudo comportamental aparecem na linha do tempo, adicionando informações e fatos importantes para a estruturação do conceito de inteligência emocional através do mundo.
A partir dos seus estudos, o psicólogo elencou cinco pilares para conseguir esse feito que podem ser utilizados inclusive para o manejo de crianças. São eles:
1. Conhecer suas emoções
O primeiro passo a ser dado para a construção de uma inteligência emocional é conhecer a si mesmo, sendo capaz de detectar quando as suas próprias emoções e sentimentos estão passando por uma fase turbulenta ou equilibrada, por exemplo.
Para isso, você deve tentar lembrar de situações passadas em que se sentiu feliz, triste, estressado ou ansioso, para que então possa identificar a forma que você reagiu em cada um delas. Com as crianças isso não é diferente. Por isso, é importante que você seja capaz de guiar os menores no reconhecimento de seus próprios gatilhos e os padrões de comportamento.
2. Controlar suas emoções
A partir do momento em que entendemos o que sentimos, podemos passar a tomar decisões em torno delas. Por isso, o próximo passo consiste em controlar os seus sentimentos.
Nesse passo, você deve tentar lembrar a criança que, apesar da nota ruim, por exemplo, ser uma situação difícil, ela já passou por outros conflitos que também foram estressantes e que, no final, não impactaram drasticamente na sua rotina e no seu convívio social.
3. Desenvolver a automotivação
O terceiro pilar consiste na habilidade da automotivação. Ou seja, é importante que a criança entenda que, ainda que exista a situação difícil, existem meios que podem ser utilizados para superar esse desafio da melhor forma possível. Para isso, é necessário conseguir manter a motivação mesmo diante das adversidades e daquela vontade de procrastinar e desistir de tudo.
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