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Lâmpada de Wood

Para que você possa realizar procedimentos como o peeling, é importante que saiba como fazer análise de algumas lesões presentes na pele, evitando assim o surgimento de efeitos colaterais não desejados.

A partir do desenvolvimento tecnológico da humanidade e da necessidade de adquirir ferramentas capazes de auxiliar o especialista em dermatologia na identificação de lesões, foram construídas algumas tecnologias para utilização dos profissionais nas consultas médicas, tais como o dermatoscópio e o microscópio confocal.

Entretanto, com a popularização dessas tecnologias, as pessoas têm deixado de utilizar aparelhos como a de origem centenária, mas que se qualificam como ferramentas importantes na identificação de lesões cutâneas. Um desses aparelhos é a lâmpada de Wood (LW).

A LW foi um aparelho desenvolvido no início do século XX, mais precisamente, no ano de 1903 pelo físico Robert W. Wood. De maneira geral, esse aparelho possui o funcionamento baseado princípio de fluorescência, onde uma fonte de energia fluorescente é emitida diretamente para pele, que, quando iluminada por um baixo comprimento de onda (340-400nm), reflete alguns achados dermatológicos em cores distintas.

Entretanto, quando o olho humano recebe esses fótons, ele não consegue identificar logo de cara o que é uma lesão e o que é uma característica normal da pele. Isso acontece pois, nós conseguimos enxergar tanto os raios emitidos pela pele, tanto os refletidos pela luz visível (comprimento de onda entre 400 e 700nm) quanto os emitidos por fluorescência.

Dessa forma, como a quantidade dos raios emitidos pela reflexão é muito maior do que aquela por fluorescência, somos impedidos de evidenciar a olho nu as anomalias destacadas pela fluorescência. Para que isso seja possível, precisamos realizar a análise com a lâmpada de wood em um local escuro e sem luz visível. Assim, poderemos ver a irradiação com a LW, através de uma luz emitida em comprimento de onda entre 320-400nm.

É importante salientar que hoje, a lâmpada de wood é muito mais barata que os aparelhos desenvolvidos para uso por médicos dermatologistas e o seu uso consegue abranger diferentes dermatoses. Dessa forma, cada lesão identificada numa lâmpada de wood apresentará uma coloração específica na fluorescência, permitindo a sua padronização e identificação em um paciente específico.

Além disso, ela pode ser usada tanto na investigação de distúrbios da pigmentação, como as discromias citadas anteriormente, como também para conseguirmos uma avaliação precisa dos limites e características das lesões, ou seja, tamanho, irradiação, e formato.



Este artigo pertence ao Curso de Básico de Limpeza de Pele

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