Limpeza de Pele – Passo a Passo
Apesar de sermos capazes de aplicar diversos procedimentos na limpeza de pele no na nossa prática profissional, de maneira geral, a limpeza de pele segue um passo a passo com etapas frequentemente utilizadas nas clínicas estéticas. Essas etapas passam desde o processo de higienização do rosto do paciente até a aplicação de protetor solar e a indicação de tratamento doméstico.
a) Higienização: seja em casa ou na clínica, o primeiro passo para o protocolo de limpeza de pele é a higienização. Essa parte do processo também pode ser chamada de assepsia e é aqui que o profissional começa a limpar qualquer resquício de sujeira ou de componentes indesejados na pele do cliente.
Essa etapa é feita através de produtos que vão remover as impurezas sem agredir a primeira camada da pele, fazendo assim com que fatores como o excesso de oleosidade, restos de maquiagem e poluição sejam retirados previamente
É importante ressaltar que, para que uma boa limpeza de pele seja feita, a etapa de higienização deve ser feita com bastante cuidado. Dessa forma, primeiro será feita a retirada de sujeiras mais grossas como a maquiagem, células mortas, e secreções sebáceas, para que em seguida possamos aplicar um produto adequado para a remoção da oleosidade no rosto.
De acordo com os estudos realizados em clínicas de estética no Brasil, a higienização profunda da pele é indispensável para a prevenção da proliferação bacteriana no rosto do paciente, sendo importante também para a manutenção da biossegurança e do combate à agentes patogênicos.
Além disso, a higienização também faz com que a gordura presente no rosto não se espalhe, auxiliando assim num maior controle de produção sebácea e no aumento da oxigenação tissular. Além disso, quando limpamos a pele com os produtos adequados a retirada de toxinas também é estimulada por meio da transpiração e da lubrificação mais adequada da pele.
b) Esfoliação: após a esfoliação, o paciente é submetido a um processo de remoção ainda mais abrasivo das células mortas. Esse procedimento pode também ser indicado para o cliente entre as sessões de limpeza facial. Como o seu próprio nome sugere, a esfoliação é um protocolo feito com produto abrasivo,para promover a renovação celular, diminuindo assim a espessura da epiderme. A partir desse protocolo, o profissional consegue fazer com que o rosto absorva mais facilmente os produtos aplicados e a extração dos cravos ocorra de forma mais confortável para o paciente.
c) Emoliência: agora que a pele do cliente já está devidamente higienizada, chegou o momento de estimular a emoliência dos comedões (cravos) presentes no rosto. Isso vai fazer com que eles sejam extraídos de forma mais eficiente e com menor agressividade, deixando o cliente mais confortável durante o procedimento.
Para isso, é necessário que se aplique uma compressa com ativos distintos a depender da situação do rosto e da sensibilidade do indivíduo que está recebendo o tratamento. Em seguida é indicado que o profissional aplique uma espécie de vapor de ozônio no rosto do paciente, instruindo-o a manter os olhos fechados durante o processo.
Esse vapor vai fazer com que os orifícios dos comedões se dilatem e a gente consiga potencializar o efeito dos ativos presentes na compressa de emoliência. utiliza-se o vapor. Os ativos emolientes podem ser aplicados tanto em forma de cremes, como também em forma de um líquido mais solúvel.
A forma farmacêutica desse ativo vai depender do estado e do tipo de pele que estamos enfrentando. Além disso, é importante investigar se o paciente possui alguma alergia de contato. O emoliente pode ser utilizado sozinho , ou também com gases ou algodões umedecidos para que sejam colocados diretamente sobre o rosto. O ozônio além de bactericida, umedece a pele e evita a pressão excessiva ao remover os comedões.
Com relação ao tempo de permanência do vapor de ozônio sobre o rosto, isso vai também depender do paciente. Entretanto, é importante ressaltar que a Sociedade Brasileira de Dermatologia não recomenda a utilização desse mecanismo por mais de cinco minutos, pois a inalação prolongada do vapor pode ocasionar efeito tóxico.
Caso você considere o tempo total do vapor de ozônio insuficiente, é possível aplicar vapor de água logo em seguida, por um período um pouco maior de tolerância, podendo chegar aos 10 minutos de aplicação.
d) Extração: a extração é a etapa mais longa e dolorida para o paciente. Ela consiste na retirada manual dos cravos e miliuns. O processo de extração pode ser feito tanto com um aparelho de sucção como também pode ser através de uma cureta ou pela própria mão do profissional.
Normalmente, o método utilizado vai depender do tipo de pele e lesão do paciente e como esse profissional se sente mais confortável em realizar a extração. Quando feito de forma manual, é importante que o esteticista utilize algodão entre os dedos e a face, para que não haja contato direto com a pele do paciente ao ”espremer” o comedão.
Isso também permite que o paciente sinta menos dor e que o local não fique machucado no final do tratamento. Quando os cravos estão mais resistentes, ou ainda, quando eles não conseguem sair do seu orifício devido ao seu tamanho, o profissional precisa utilizar uma micro agulha para romper a pele e minimizar a área lesionada.
Um outro aspecto importante acerca do procedimento de extração é que ele precisa ser realizado a partir das técnicas corretas de manipulação. Muitas vezes os pacientes tentam retirar os cravos em casa e acabam lesionando ainda mais o rosto.
Por isso, toda remoção deve ser feita cuidadosamente e com delicadeza, visando minimizar a dor e o incômodo do paciente, bem como o agravamento de suas lesões cutâneas.
Em situações mais graves é possível que o profissional aplique um anestésico tópico, principalmente quando tiver que utilizar microagulhas ou bisturi para abrir o orifício dos cravos.
Porém, quando falamos de remoção, precisamos nos atentar a manipulação das espinhas. É importante que durante esse processo de extração dos cravos, as espinhas não sejam manipuladas pois elas possuem uma secreção purulenta que pode levar bactérias para outras regiões do rosto.Além disso, muitas vezes quando manipulamos uma espinha acabamos também piorando o quadro inflamatório do paciente fazendo com que ele tenha cicatrizes profundas após o tratamento.
Este artigo pertence ao Curso de Básico de Limpeza de Pele
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