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NATUREZA ECLESIÁSTICA
No decurso da maior parte de sua história, a natureza da igreja tem sido definida por cristãos divididos que procuram estabelecer a validez da sua própria existência. Os donatistas no norte da África, nos primeiros séculos, focalizavam a pureza da Igreja e alegavam ser a única igreja que estava à altura do padrão bíblico.
Na Idade Média, várias seitas definiram a igreja de modos a poderem alegar que a igreja verdadeira eram eles, e não a Igreja Católica Romana. Os arnoldistas enfatizavam a pobreza e a identificação com as massas; os valdenses ressaltavam a obediência literal aos ensinos de Jesus e acentuavam a pregação evangélica.
Os católicos romanos alegavam que a única igreja verdadeira era aquela sobre a qual o papa era supremo como sucessor do apostolo Pedro. Os reformadores Martinho Lutero e João Calvino, seguindo João Wycliffe, faziam uma distinção entre a igreja visível e a invisível, declarando que a igreja invisível consiste somente dos eleitos.
Sendo assim, um indivíduo, incluindo o papa, pode fazer parte da igreja visível, mas não da igreja invisível e verdadeira. Ainda para tratar da natureza da Igreja, devemos mencionar sua essência que, a propósito, variou conforme o tempo e a linha de fé de seus seguidores. Veja:
• Os cristãos primitivos:
O povo de Deus que ele escolheu por possessão
• Concepção católica romana:
Fixada na manifestação externa para combater as heresias
Governada por um bispo – sucessor direto dos apóstolos
Definição – A congregação de todos os fiéis que, sendo batizados, professam a mesma fé , participam dos mesmos sacramentos e são governados por seus legítimos pastores, sob um chefe visível na terra
Admitem a igreja invisível, mas preferem se referir a igreja como a comunhão visível dos crentes
Preferem admitir que a igreja visível precede a igreja invisível ØA primeira dá nascimento à segunda
• Concepção ortodoxa grega:
Similar à Católica Romana
Reivindica para si a honra de ser a igreja verdadeira
Reconhece o aspecto da igreja invisível, mas dá ênfase a organização
Rejeita o papado
A essência da igreja não é a comunidade dos santos, mas a hierarquia episcopal
A igreja é portadora de dons e poderes divinos e está empenhada em transformar a humanidade no reino de Deus
• Concepção protestante:
Reforma foi uma reação contra a igreja “externa”
No rumo de que a essência da igreja não está na organização externa mas na comunhão do povo de Deus que ele escolheu
Para Lutero e Calvino: comunidade dos santos que crêem e são santificados em Cristo e que estão ligados a Ele, sendo Ele a sua Cabeça.
• Concepção protestante
Não existem duas igrejas – a visível e a invisível, mas apenas uma
A igreja invisível é a igreja como Deus vê
A igreja visível é a igreja como o homem a vê
Como corpo de Cristo
Ainda no sentido da natureza eclesiástica, podemos destacar os papéis que ela assume, ou seja, o seu caráter multiforme:
• A igreja militante e a igreja triunfante
Convocada para uma guerra santa
Não pode ficar apática
Deve lutar contra um mundo hostil
Deve estar engajada na peleja
Não pode ficar o tempo todo em oração e meditação
A igreja militante na terra será a igreja triunfante no céu
• A distinção entre a igreja visível e invisível
Lutero foi um dos primeiros a fazer esta distinção
Opositores acusavam os Reformadores de ensinarem que haviam duas igrejas separadas
Lutero e Calvino reforçavam que estavam tratando de dois aspectos da igreja
O termo igreja invisível se também refere comumente:
à igreja triunfante
à igreja ideal e completa
à igreja de todas os lugares que os homens não conseguem enxergar
à igreja oculta nos tempos de perseguição
Dá-se o nome de IGREJA VISÍVEL ao grupo de pessoas chamadas MEMBROS, unidas na mesma fé em Cristo Jesus, devidamente batizadas nas Águas e compromissadas e fiéis à Obra do Senhor, separadas do mundo pelo recebimento de Jesus Cristo como Único, Suficiente,Exclusivo e Eterno Senhor e Salvador.
Estas se reúnem regularmente em determinado lugar, sob a coordenação e direção de um Pastor. É a Igreja que, por força das exigências da Lei e dos Países em que atua, é institucionalizada e organizada por ESTATUTOS, de maneira formal e legal, devidamente registrada e reconhecida como Pessoa Jurídica.
Este artigo pertence ao Curso Introdução à Teologia
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