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Yosvanis Menocal Castillo
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Um excelente curso

Divina Neide Ferreira Braga
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Ótimo adorei

Gilnei Francisco Velho
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Gilnei Francisco Velho

otimo curso

O ANTIGO TESTAMENTO


O Antigo Testamento foi escrito na região do fértil crescente. Sua divisão se dá em cinco partes, sendo elas: Torah(Pentateuco), Livros históricos, Poéticos, Profetas Maiores e Menores. Mas, a quantidade de livros varia de acordo com a religião ou Denominação cristã que o adota.


A Bíblia dos cristãos protestantes e o Tanakh judaico incluem apenas 39 livros, enquanto a Igreja Católica possui 46 e a Igreja Ortodoxa aceita 51.  Os sete livros existentes na Bíblia católica, ausentes da judaica e da protestante são conhecidos como deuterocanônicos para os católicos e apócrifos para os protestantes.


A mesma lógica funciona com os livros da bíblia ortodoxa. Os livros do Antigo Testamento aceitos por todos os cristãos como sagrados (também chamados "protocanônicos" pela igreja católica) são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.


Os deuterocanônicos, aceitos pela Igreja Católica como sagrados são: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque. Estes estão disponíveis na tradução grega do Antigo Testamento, datada do Século I a.C., a Septuaginta.


Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "Livros apócrifos" pelos protestantes) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa.


O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos, ortodoxos e por alguns protestantes, e igualmente pensam assim uma maioria judaica não farisaica, porque Jesus afirma que durou até João Batista, "A lei e os profetas duraram até João" (cf. Lucas 16:16; Mateus 11:13).


Antigo Testamento em Hebraico


Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.


Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por A Lei, Os Profetas e As Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C.


A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa Bíblia. Já Os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. E As Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.


Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho separado, embora a Lei frequentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos.


O texto era escrito em hebraico - da direita para a esquerda - e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico. Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico.


Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.


História literária


A revelação de Deus à humanidade transmitiu-se, durante muitos séculos, através da tradição oral. A Escritura só começa a ganhar corpo a partir de David. Já antes de David existiam documentos orais ou escritos, como o Código da Aliança (Ex 20,22-23,33), o Decálogo (Ex 20,2-17; Dt 5,6-21), o poema de Débora (Jz 5,1-31), o cântico de Moisés (Ex 15,1-18).


É também a partir do reinado de David-Salomão que se escreve uma das quatro “fontes” que se integrou no Pentateuco (a Javista), se inicia o Saltério por meio de David e a literatura sapiencial recebe o seu primeiro impulso. Com a morte de Salomão, o reino divide-se em Israel, ou Reino do Norte, e Judá, ou Reino do Sul.


A história destes dois reinos encontra-se nos livros dos Reis. Em Israel aparecem os profetas Elias e Eliseu, defensores do culto a Javé; no tempo de Jeroboão II (783-743 a.C.), Amós e Oseias e a tradição “Eloísta” do Pentateuco. Em Judá, pouco depois de Amós e Oséias, surgem Isaías e Miquéias.


Em 722 a.C., o Reino do Norte cai sob o poder da Assíria e muitos habitantes fogem para Judá, levando consigo escritos e tradições sagradas; deste modo, unem-se duas das tradições do Pentateuco: a Javista e a Eloísta (Jeovista).

No tempo do rei Josias (640-609 a.C.), restaura-se o templo e procede-se a uma reforma religiosa: o Reino do Norte tinha desaparecido e o do Sul estava a ser castigado, porque tinham sido infiéis a Javé. É neste período e com esta perspectiva que aparecem os livros dos Juízes, Samuel e Reis.


Em 587 a.C., Nabucodonosor avança sobre Jerusalém, toma a cidade e leva para Babilónia, como reféns, muitos dos seus habitantes. É um momento importante na História do povo de Deus. Os sacerdotes, longe do templo, voltam às tradições antigas, dando-lhes um cunho litúrgico e cultural.


São ainda eles que, depois do Deuteronômio, dão ao Pentateuco a sua forma definitiva. Os judeus que tinham ficado na Palestina vêm chorar sobre as ruínas do templo e assim nascem as Lamentações, que a Vulgata, indevidamente, atribuiu a Jeremias. Ao mesmo tempo, um profeta anónimo, discípulo de Isaías (Segundo Isaías), conforta os desterrados na Babilónia (Is 40-55).


Depois do regresso da Babilônia, são compostos os capítulos 56-66 de Isaías (Terceiro Isaías) e, no séc. V a.C., completa-se a obra com os capítulos 24-27 e 34-35 (Apocalipse de Isaías). Em 538 a.C., de novo em Jerusalém, o Deuteronômio separa-se dos livros históricos e une-se ao Pentateuco; aparece Rute e os profetas Ageu e Zacarias.


É também neste século que floresce a literatura sapiencial, editando-se o livro dos Provérbios e, pouco depois, o Livro de Job. Com a reconstrução do templo, nascem novos salmos e adaptam-se os antigos à nova liturgia. No séc. IV a.C., já deveria estar completo o Saltério; nasce o Cântico dos Cânticos; escreve-se Jonas, que canta a providência e a salvação universal de Deus, e Tobias, que exalta a providência de cada dia.


A historiografia deste século está representada por 4 livros: 1 e 2 das Crônicas (ou Paralipômenos), Esdras e Neemias, que são obra de um só autor, chamado Cronista.

No ano 333 a.C., com a conquista da Palestina por Alexandre Magno, começa, na literatura bíblica, o período helenista.


Como reacção, nasce um novo gênero literário tipicamente hebreu: o midraxe bíblico. Pertencem a este período o Eclesiastes (ou Qohélet) e Ben Sira (ou Eclesiástico). Em 175 a.C., Antíoco IV obriga todos os seus súbditos a adoptar a vida e a religião dos gregos. Esta medida provoca a revolta dos Macabeus.


É neste ambiente que Daniel publica um livro apocalíptico, para animar os seus compatriotas na luta. Anos depois (100 a.C.), aparece o livro de Ester, 1.° e 2.° dos Macabeus e o livro de Judite. Enquanto os judeus da Palestina resistiam à helenização, alguns judeus de Alexandria procuraram assimilar o pensamento grego, sem sacrificar os seus valores próprios. Esta atitude exprime-se no livro da Sabedoria.


Cânon


O Antigo Testamento é a parte mais longa da Bíblia. Constitui a lista oficial ou cânon de livros aceitos como inspirados e referentes ao tempo da religião hebraica anterior ao cristianismo. Mas esta lista ou Cânon da Sagrada Escritura conheceu algumas divergências, já desde os tempos antigos.


Tais divergências nascem das próprias vicissitudes da formação da Bíblia entre os antigos hebreus. A Bíblia que tem a lista mais longa de livros, chamada dos Setenta, é, na verdade, a mais antiga e provém do judaísmo de Alexandria. Apresenta uma tradução dos textos bíblicos para o grego, feita nos três séculos imediatamente anteriores ao cristianismo.


Curiosamente, a lista mais recente é aquela que nos propõe apenas o texto original hebraico; a lista final dos livros desta Bíblia Hebraica foi fixada por uma assembleia de rabinos em Jâmnia, só pelos finais do séc. I a.C., e os critérios aí seguidos levaram a diminuir a lista de livros até então reconhecidos como pertencendo à Bíblia.


Ficaram assim de fora, no todo ou em parte, alguns livros incluídos há séculos na Bíblia do judaísmo de Alexandria. Por várias circunstâncias, nomeadamente pelo facto de estar na língua grega de uso internacional no Mediterrâneo oriental, depressa o cristianismo fez sua a Bíblia Grega da Tradução dos Setenta (LXX) e sempre aceitou sem grandes dificuldades o cânon do Antigo Testamento por ela apresentado.


Entre os cristãos, a posição a tomar diante destes dois cânones só foi discutida mais significativamente depois da Reforma Protestante. Hoje em dia, as confissões protestantes em geral só aceitam os livros que pertencem ao cânon hebraico, o chamado “cânon curto”.


Os livros que se encontram a mais na lista grega judaica e cristã antiga são chamados deuterocanônicos (“apócrifos”, entre os protestantes) ou pertencentes ao “segundo cânon”, chamado “cânon longo”. Convencionou-se dar o nome de “primeiro cânon” à lista de livros que são coincidentes tanto na Bíblia Hebraica como na Bíblia Grega livros chamados protocanônicos.


Nomes de Deus no Antigo Testamento


  • Javé (Yhwh): Senhor (só no texto)

  • Adonay:    Senhor

  • El:    Deus

  • Elohim:    Deus

  • Eliôn:    altíssimo

  • El Eliôn:    Deus altíssimo

  • Sebaot:   do universo

  • Shadday:    supremo

  • El Shadday:    Deus Supremo

  • Adonay Yhwh:    Senhor Deus


Conteúdos e seções do Antigo Testamento


A lista dos livros do Antigo Testamento foi, ao longo da sua história e tradição, organizada segundo princípios diferentes, daí resultando classificações que não são coincidentes. As duas principais classificações representam, ainda hoje, as duas tradições da Bíblia Hebraica e da Bíblia Grega, no judaísmo antigo.


A primeira divide o Antigo Testamento em Torá (Lei), Nebiîm (Profetas) e Ketubîm (Escritos); a segunda divide-o em Pentateuco, Históricos, Sapienciais e Proféticos. Apesar de as modernas traduções tenderem a utilizar sobretudo o texto hebraico da Bíblia, para estas divisões e para o ordenamento dos livros dentro do Antigo Testamento, é muito mais frequente seguirem o esquema da segunda, ou dos Setenta.

Este artigo pertence ao Curso Introdução à Teologia

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