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O cinto de Segurança

O objeto de segurança mais importante presente nos veículos automotivos é o cinto de segurança. Ele é nada mais nada menos que um dispositivo criado para proteger tanto os motoristas, quanto os passageiros de possíveis impactos violentos no interior do carro, assim como também conseguem frear os indivíduos de serem arremessados para fora do veículo em caso de colisões. Dessa forma, o cinto de segurança contribui diretamente para reduzir os riscos de ferimentos na cabeça, no rosto, no pescoço e na coluna e até mesmo a morte dos indivíduos quando estes estiverem sujeitos a acidentes.

Diante de tamanha importância, o cinto de segurança é considerado como um item obrigatório determinado pelo Código de Trânsito Brasileiro, sendo a sua presença necessária em praticamente todos os veículos motorizados, com exceção das motocicletas

A presença dos cintos de segurança nos automóveis nem sempre foi uma realidade, na verdade, ele começou a ser utilizado em 1949, em um carro fabricado pela montadora Nash. Porém, devido à pouca importância dada ao dispositivo na época, ele  não era exigido como um componente obrigatório no modelo.

Foi a partir da década de 1950, depois de diversos estudos na área da neurociência, e das engenharias de trânsito que os cientistas perceberam que a maior parte dos traumas na cabeça das pessoas que sofriam acidentes automobilísticos eram gerados devido a vulnerabilidade dos passageiros já que eles ficavam soltos no veículo, suscetíveis a pancadas nas colunas do carro e no para-brisa


Os passageiros do banco de trás precisam usar cinto de segurança?

Ainda existem pessoas que questionam sobre a necessidade de utilizar o cinto de segurança nos bancos de trás dos veículos. Entretanto, devemos entender que o cinto de segurança é um dispositivo obrigatório independente de onde estejam os passageiros. Dessa forma, muitos motoristas já compreenderam a importância de usar o cinto de segurança e têm como hábito utilizá-lo sempre.

Porém, de acordo com as estatísticas divulgadas pelo DETRAN nos últimos anos, podemos perceber que os passageiros do banco de trás ainda não adotaram esse costume de utilizar o cinto de segurança, o que acaba agravando os casos de acidente desses indivíduos que são transportados no banco traseiro dos veículos. Conforme apontou pesquisa do Ministério da Saúde, mais da metade das pessoas não utilizam o cinto quando estão no banco traseiro.

Provavelmente, essa defasagem do uso do dispositivo de segurança ocorre em função da falsa sensação de segurança que o banco traseiro proporciona. Com isso, muitos imaginam que estão protegidos pelos bancos dianteiros e que estão longe do para-brisa para que pudessem ser arremessados, entretanto, isso não é verdade.

Primeiramente, precisamos entender que a força que uma pessoa recebe em uma batida é muito grande, especialmente porque está diretamente ligada ao impulsionamento do seu peso com a velocidade de projeção. Por isso, os especialistas informam que a força do impacto pode ser algo em torno de 50 vezes o peso do passageiro. 

Dessa forma, ainda que existisse uma barreira entre o passageiro e o parabrisas, com uma força tão grande, não haveria banco que pudesse frear a projeção do tripulante. O resultado final de um acidente como esse seria o passageiro de trás esmagando a pessoa sentada à frente, sendo que ambos estariam se lesionando gravemente.

Além disso, também precisamos nos atentar para um segundo ponto em relação aos acidentes: nem sempre o acidente é uma colisão frontal. Por isso, quando um veículo é acometido por batidas laterais e capotamentos, o uso do cinto de segurança também será capaz de proteger todos os ocupantes de serem arremessados contra si,ou até mesmo em direção a alguma parte do carro, sem contar as projeções para fora do veículo.

Quando essas situações envolvem a presença de crianças, o fator de preocupação se torna muito mais alto, já que, como dito anteriormente, um menor costuma apresentar uma maior fragilidade física e vulnerabilidade em casos de acidentes. Veja como isso funciona:

Em uma situação hipotética, se uma criança de apenas 30 kg se encontra em um veículo que está navegando a  50 km/h sem o cinto de segurança ou a cadeirinha apropriada, e o carro sofre uma colisão frontal, esse indivíduo é lançado para frente com uma força de 1.050 kg. Nessa situação, a chance de morte da criança chega até 80%, considerando que ela estivesse no banco traseiro do veículo, podendo inclusive gerar danos aos passageiros na parte frontal do automóvel.


Como funcionam os cintos de segurança?

Considerando a mesma situação descrita anteriormente, quando um veículo viajando a 50 km/h colide com uma barreira sólida, essa a barreira cria uma força capaz de reduzir a velocidade do veículo a zero, interrompendo assim o trajeto percorrido. No caso das pessoas, o princípio físico é o mesmo.

Ao contrário do veículo, as pessoas e objetos que estão presentes em um carro não atingem diretamente a barreira, por isso eles continuam a se deslocar a 50km / h até que algo seja capaz de interromper a força para levar a sua velocidade para zero.

Quando os passageiros do carro se encontram sem cinto de segurança, essa redução exacerbada na velocidade pode ser causada pelos componentes estruturais do carro, como o painel de instrumentos do veículo, a coluna de direção, o para-brisa ou, no caso de ejeção física, o solo ou um objeto fora do veículo.

Dessa forma, assim como o automóvel acaba por sofrer danos toda vez que atinge uma barreira, o mesmo ocorre com o corpo humano. Sendo que neste caso, a pessoa termina por sofrer trauma contundente ao atingir um objeto em alta velocidade. Essas lesões podem ser muito graves ou fatais.

Por isso, os cintos de segurança atuam como dispositivos que ajudam a espalhar as forças que resultam de uma paragem repentina nas partes mais fortes do corpo, de forma distribuída. Isso faz com que, ainda que exista uma paragem brusca capaz de enviar o corpo de uma pessoa para a frente, o cinto de segurança funcionará como uma barreira reduzindo a velocidade de projeção, e principalmente, evitando uma colisão com a coluna de direção ou uma ejeção total do veículo.

De acordo com o CONTRAN, os cintos de segurança continuam a ser a medida de segurança mais eficaz para reduzir lesões graves e fatais em caso de acidentes no trânsito. Quando combinados com airbags, a eficácia dos cintos de segurança na prevenção de lesões graves durante uma colisão aumenta drasticamente, podendo ser a diferença entre um acidente com ou sem vítimas


Os cintos de segurança podem causar ferimentos?

Dependendo da força da colisão, os cintos de segurança podem causar ferimentos ao tripulante, entretanto, gostaríamos de ressaltar que, essas lesões são comparativamente menores quando comparados aos possíveis danos gerados em uma projeção em alta velocidade. 

Isso acontece pois, à medida que uma colisão se torna mais forte, condutores e passageiros com cinto de segurança são impelidos para frente numa velocidade mais rápida. Dessa forma, o cinto de segurança precisa exercer uma maior força de tensão para neutralizar a força de propulsão, e isso pode resultar em desconforto e hematomas externos. 

No entanto, a extensão dos ferimentos sofridos por ocupantes de veículos sem cinto provavelmente seria muito mais séria, especialmente se esses passageiros forem crianças ou adolescentes. Por isso, ao prestar serviço de transporte escolar, é importante que o monito garanta que todos os indivíduos presentes estejam devidamente protegidos com cinto de segurança


Este artigo pertence ao Curso de Básico de Monitor de Transporte Escolar

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