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OCORRÊNCIAS RADIOLÓGICAS
O que é radiação e radioatividade
Em um sentido amplo, radiação é tudo que é irradiado (enviado em forma de raios) por algum lugar. Assim, a luz que vem do Sol é uma forma de radiação, da mesma forma que a luz de uma lâmpada e as ondas de rádio. A radiação pode ser de dois tipos: particulada (por partículas) ou ondulatória (por ondas).
A luz do Sol, voltando ao nosso exemplo, é uma radiação por ondas já que a luz é uma onda eletromagnética. Quando você vai à praia, está sendo irradiado pelo Sol, ou seja, se submetendo à radiação solar. Radioatividade, por sua vez, é a emissão espontânea de radiação pelos núcleos dos átomos de determinados elementos.
Perceba que falamos em radiação espontânea, ou seja, independe de estar ligado ou desligado. Um aparelho de raios-X emite radiação quando ligado ou desligado, mas se o desligarmos a emissão cessa. O aparelho de raio-X não é, portanto, radioativo, embora emita radiação.
Qualquer corpo que bloqueie a radiação absorve a energia do feixe, o que pode causar lesão nos tecidos, dependendo da intensidade. A forma mais perigosa de energia de radiação não é percebida pela audição, visão ou sensibilidade. Trata-se da radiação ionizante, capaz de desagregar átomos e, assim, lesar células e tecidos corporais.
Existem três tipos principais de radiação ionizante: partículas alfa, partículas beta e raios gama. A primeira penetrará apenas em materiais finos e pode ser absorvida por um jornal. A radiação beta penetrará materiais um mais espessos, podendo ser absorvida por camadas de roupas.
Por fim, a radiação gama penetrará totalmente, exceto nos materiais mais densos. Seus raios só podem ser retidos por uma cobertura de chumbo, uma parede de pedra ou de terra de vários centímetros de espessura, ou o equivalente a estes materiais. E como isso pode afetar o corpo humano?
Tipos de radiação
Na natureza, existem 92 elementos, cada um com quantidades diferentes de nêutrons. Os núcleos com mesmo número de prótons, mas que diferem no número de nêutrons, são denominados isótopos de um mesmo elemento. Para determinadas combinações de nêutrons e prótons, o núcleo é estável, quando são denominados isótopos estáveis.
Em outras combinações, o núcleo é instável (isótopos radioativos ou radioisótopos) e emitirá energia na forma de ondas eletromagnéticas ou partículas, até atingir a estabilidade. Dá-se o nome genérico de radiação nuclear à energia emitida pelo núcleo. As principais formas de radiação são:
emissão de nêutrons
radiações gama, ou seja, radiação eletromagnética, da mesma natureza que a luz visível, as microondas ou os raios X, porém mais energética
radiação alfa (núcleos de hélio, formados por dois prótons e dois nêutrons)
radiação beta (elétrons ou suas antipartículas, os pósitrons, cuja carga elétrica é positiva)
Nas ciências nucleares, a unidade de energia geralmente utilizada é o elétron-volt (eV). As energias emitidas pelo núcleo são acima de 10 mil eV, cerca de bilhões de vezes menor que o das energias com que lidamos no dia-a-dia. Uma bomba como a de Hiroshima contém apenas 20 kg de matéria-prima, aproximadamente.
A liberação de energia do núcleo se dá através de dois processos principais: decaimento radioativo (também chamado desintegração) e fissão. E por quê um núcleo é radioativo? Quando ele carrega excesso de partículas, carga ou energia, pode se tornar instável. Com isso, procurará a estabilidade emitindo algum tipo de radiação.
Como a radiação pode fazer mal?
O corpo humano é projetado para suportar determinados níveis de radiação. Obviamente se ficarmos expostos a quantidades maiores, podemos ter uma série de problemas, que vão desde simples queimaduras até câncer. Isso acontece porque a vida depende de bilhões de células individuais, sendo grave a morte de várias delas e a destruição de seus átomos.
O grau de doença causada pela radiação depende de três fatores principais - a dose total, o tipo de radiação emitida e a parte exposta do corpo. Doses grandes de radiação em um braço, por exemplo, podem levar à perda deste, enquanto apresentam apenas um efeito limitado sobre o resto do corpo.
O mais importante é a quantidade de radiação recebida por todo o corpo ou por seus órgãos principais. Toda radiação ionizante possui efeito sobre as células do organismo.
Quando a radiação não faz mal?
Doses controladas por período de tempo limitado são bem toleradas, porém não devemos nos esquecer de que a radiação sempre causa algumas alterações celulares. A radiação tem propriedades que nos podem ser muito úteis, como:
ser absorvida ou atravessar a matéria
absorção da energia (em forma de calor), células e pequenos organismos podem ser destruídos
propriedade de penetração das radiações que permite identificar a presença de um radioisótopo em determinado local
A quantidade de energia gerada pela fissão nuclear é muito grande, por isso, podemos utilizar a radiação em processos industriais, médicos e fármacos, além da geração de energia. Basta fazê-lo com responsabilidade, fato que não se restringe apenas à radiação.
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