A parasitologia clínica é uma área vital dos laboratórios de análises clínicas, dedicada ao estudo das complexas interações entre parasitos e seus hospedeiros humanos. Esta área foca na identificação e no manejo de infecções causadas por diversos parasitos, incluindo helmintos, protozoários, e outros organismos que podem comprometer a saúde humana.
Parasitas podem estabelecer uma variedade de relações com seus hospedeiros, muitas vezes resultando em doenças. O parasitismo, uma relação desarmônica, ocorre quando um organismo, o parasita, vive à custa de outro, o hospedeiro, podendo causar danos significativos ou mesmo doenças graves como malária, amebíase e esquistossomose. Essas interações inicialmente acidentais evoluíram para relações complexas onde os parasitas podem se adaptar a viver dentro (endoparasitos) ou sobre (ectoparasitos) seus hospedeiros.
Em laboratórios de análises clínicas, a detecção e identificação de parasitas são cruciais para o diagnóstico correto e eficaz de doenças parasitárias. Através de técnicas como exame microscópico, cultivo, e testes sorológicos, profissionais de saúde podem não só identificar a presença de parasitas, mas também entender a natureza da infecção e a resposta imunológica do hospedeiro. Estes métodos ajudam a determinar o tratamento apropriado, controlar a disseminação da doença e prevenir futuros surtos.
A epidemiologia, uma subárea da parasitologia, estuda a distribuição e os determinantes das doenças parasitárias em populações humanas, fornecendo dados cruciais para o desenvolvimento de estratégias de controle e prevenção. Esses estudos são essenciais para entender como fatores como idade, genética, condições socioeconômicas e nutricionais influenciam a suscetibilidade a parasitoses e a gravidade das infecções.
A introdução ao estudo da parasitologia clínica nos laboratórios de análises abrange não apenas a identificação dos agentes causadores de doenças, mas também uma compreensão detalhada do ciclo de vida dos parasitos, suas estratégias de infecção e sobrevivência, e os impactos de terapias imunossupressoras e condições de imunodeficiência, como as observadas em pacientes com HIV.
Este campo é continuamente enriquecido pelo avanço das técnicas de diagnóstico e pela pesquisa intensiva, permitindo aos profissionais de saúde combater eficazmente as parasitoses que ainda representam desafios significativos para a saúde pública global.
Sabendo disso, abaixo veremos uma boa parte dos parasitas de grande preocupação sanitária no Brasil, bem como as técnicas que você, futuro auxiliar de análises clínicas, irá ajudar e até mesmo executar no laboratório!
A ascaridíase é uma das infecções parasitárias mais comuns no mundo, afetando principalmente crianças entre um e dez anos de idade. Esta doença é causada pelo parasita Ascaris lumbricoides, conhecido popularmente como lombriga. A prevalência desta condição está associada a climas quentes e a ambientes com saneamento básico precário.
O ciclo de vida do Ascaris começa quando seus ovos, que são produzidos em grande quantidade pela fêmea, são liberados no ambiente através das fezes humanas. Estes ovos são extremamente resistentes e podem permanecer viáveis por vários meses em condições de alta umidade e temperatura. A infecção ocorre quando os ovos são ingeridos através de alimentos ou água contaminados, ou mesmo quando a poeira contendo os ovos é inalada.
Após a ingestão, os ovos eclodem no intestino delgado do hospedeiro humano, liberando larvas que penetram na parede intestinal e entram na corrente sanguínea. Elas migram para os pulmões, onde crescem e depois migram para a garganta, sendo então engolidas novamente. Uma vez de volta ao intestino, as larvas se desenvolvem em vermes adultos.
Os vermes adultos vivem principalmente no intestino delgado, onde podem causar vários problemas de saúde, como desnutrição e obstrução intestinal, devido ao consumo de nutrientes essenciais do hospedeiro. Os sintomas da ascaridíase podem variar de leves a graves, incluindo tosse, febre baixa e desconforto abdominal. Em casos extremos, os vermes podem se mover para outros órgãos e causar complicações sérias que podem requerer cirurgia.
O diagnóstico da ascaridíase geralmente é feito por meio de exame de fezes, que busca identificar os ovos do parasita. O tratamento inclui medicamentos antiparasitários, como mebendazol e albendazol, que ajudam a eliminar os vermes. Além disso, medidas de higiene pessoal e melhorias no saneamento básico são essenciais para prevenir a propagação da ascaridíase, especialmente em áreas onde a doença é comum.
Exame realizado em laboratório – sedimentação espontânea
O exame de fezes por sedimentação espontânea, também conhecido como método de Hoffmann, Pons e Janer ou simplesmente sedimentação, é uma técnica laboratorial utilizada para detectar ovos, larvas e, ocasionalmente, protozoários em amostras de fezes. Aqui está o passo a passo de como esse procedimento é realizado:
- Coleta da Amostra: Inicialmente, uma amostra de fezes é coletada do paciente. É importante que a amostra seja fresca para garantir a precisão dos resultados.
- Homogeneização: A amostra de fezes é misturada com água filtrada ou solução salina. Essa mistura é homogeneizada para garantir que os parasitas possam ser liberados das fezes e suspensos no líquido.
- Filtragem: A suspensão resultante é filtrada através de uma gaze ou peneira fina para remover detritos grandes e partículas de alimentos que possam obstruir a visão microscópica. Essa filtragem ajuda a isolar os ovos e larvas presentes na amostra.
- Decantação: O líquido filtrado é transferido para um tubo de ensaio ou um copo de sedimentação e deixado em repouso por cerca de 30 minutos a uma hora. Durante esse período, os ovos e larvas mais pesados tendem a se depositar no fundo do recipiente.
- Remoção do sobrenadante: Após a sedimentação, o líquido claro na parte superior é cuidadosamente decantado e descartado, deixando apenas o sedimento no fundo do recipiente.
- Transferência do sedimento: O sedimento, que contém os ovos e larvas, é então transferido para uma lâmina de microscópio usando uma pipeta.
- Preparação da lâmina: Uma gota de lugol pode ser adicionada ao sedimento na lâmina para melhorar a visualização dos protozoários, se necessário. Em seguida, a amostra é coberta com uma lamínula.
- Exame microscópico: A lâmina preparada é examinada sob um microscópio. O técnico laboratorial busca por ovos, larvas e, ocasionalmente, cistos de protozoários. O aumento adequado (geralmente 100x a 400x) é utilizado para garantir uma boa visualização.
- Registro e relatório: Todos os achados são registrados, e um relatório é preparado com base nas observações. Este relatório é essencial para o diagnóstico correto e subsequente tratamento do paciente.
A técnica de sedimentação é preferida para amostras de fezes que são esperadas para conter ovos e larvas de parasitas que podem ser mais densos e se assentar no fundo após a sedimentação.
A técnica é simples, de baixo custo e não requer equipamentos sofisticados, sendo, portanto, amplamente utilizada em laboratórios com recursos limitados ou como uma técnica de triagem inicial.
Trichuris trichiura
A tricuríase é uma infecção parasitária que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo particularmente comum entre crianças devido às condições de higiene e saneamento muitas vezes precárias. Essa infecção é causada pelo Trichuris trichiura, um parasita também conhecido como o verme chicote devido à sua forma alongada, que lembra um chicote com uma extremidade mais fina e outra mais grossa.
Os vermes adultos se fixam no intestino grosso, especialmente na região do ceco, onde a parte mais fina do corpo do verme penetra na mucosa intestinal. A infecção ocorre quando uma pessoa ingere alimentos ou água contaminados com ovos deste parasita. Os ovos têm uma aparência característica, lembrando um barril com plugues mucoides nas extremidades, e são muito resistentes no ambiente.
Uma vez ingeridos, os ovos liberam larvas no intestino delgado do hospedeiro. Essas larvas migram para o ceco, onde se desenvolvem até atingirem a fase adulta. Os machos e fêmeas adultos acasalam e, aproximadamente um mês depois da infecção inicial, começam a liberar ovos nas fezes do hospedeiro. O ciclo de vida do T. trichiura, diferente de outros parasitas intestinais, ocorre inteiramente dentro do hospedeiro humano, sem necessidade de passar por outros animais ou pelo ambiente externo.
Os sintomas da tricuríase podem incluir desconforto abdominal, perda de sangue e nutrientes, o que pode levar a anemia e prejudicar o desenvolvimento físico e mental em crianças. Em casos de infestações severas, os vermes podem causar complicações mais graves como sangramento intenso e até prolapso retal, onde parte do reto desliza para fora do ânus, frequentemente associado a evacuações dolorosas e esforçadas.
O diagnóstico é realizado através da análise de amostras de fezes, buscando ovos do parasita sob microscópio, utilizando técnicas como a sedimentação por gravidade. O tratamento envolve medicamentos anti-helmínticos, como mebendazol, albendazol ou ivermectina, que são eficazes na eliminação dos vermes. Recomenda-se também uma dieta nutritiva para ajudar a recuperar os nutrientes perdidos e combater a anemia.
As medidas preventivas para a tricuríase são similares às da ascaridíase, enfatizando a importância da higiene pessoal, do saneamento adequado, e da proteção dos alimentos contra a contaminação por poeira e insetos. Além disso, tratar pessoas infectadas pode ajudar a reduzir a propagação da infecção na comunidade.
Quanto ao exame realizado para identificação do parasita, trata-se também do método de sedimentação espontânea, vide capítulo.
Enterobius vermicularis
A enterobiose é uma infecção causada pelo parasita Enterobius vermicularis, comum em crianças e prevalente em países de clima temperado. Este parasita é encontrado exclusivamente em humanos e pode se disseminar facilmente devido à sua capacidade de sobreviver em ambientes internos como creches e residências. Os vermes adultos têm uma forma distinta, assemelhando-se a um chicote com uma parte anterior fina e uma posterior mais grossa, sendo que as fêmeas podem produzir entre cinco a 16 mil ovos.
Os ovos do parasita são robustos contra a dessecação e podem se tornar infecciosos em poucas horas, tornando a transmissão fácil através do contato direto ou indireto com áreas contaminadas. A infecção ocorre principalmente pela ingestão ou inalação de ovos, e pode ser perpetuada por autoinfecção, quando uma pessoa ingere acidentalmente os ovos após coçar a área anal.
Embora muitas vezes assintomática, a enterobiose pode causar desconforto abdominal, prurido anal intenso, irritação e até problemas secundários como infecções bacterianas devido ao ato de coçar. A detecção desta infecção geralmente é feita através do método de Graham, que utiliza fita adesiva para coletar amostras da região anal e analisá-las sob microscópio em busca de ovos ou vermes adultos.
O tratamento é eficaz com medicamentos como albendazol e revectina, mas a prevenção é crucial para controlar a disseminação. Isso inclui práticas de higiene rigorosas, como lavagem frequente das mãos, limpeza cuidadosa das roupas de cama e manutenção da higiene domiciliar.
Diagnósticos da enterobíase
O diagnóstico da enterobíase, infecção causada pelo Enterobius vermicularis, comumente conhecido como oxiúro, combina observações clínicas e testes laboratoriais para confirmar a presença do parasita. Aqui está uma descrição detalhada dos métodos de diagnóstico utilizados:
Diagnóstico clínico
A suspeita clínica de enterobíase pode ser considerada em casos de prurido anal noturno persistente, que é o sintoma mais característico, acompanhado de irritação cutânea na região perianal. Este sintoma é frequentemente observado em crianças. Além disso, uma ligeira eosinofilia, um aumento no número de eosinófilos no sangue, pode ser observado em alguns casos, apesar de não ser um indicador específico para esta infecção.
Diagnóstico laboratorial método da fita gomada ou adesiva (Graham)
Este é o método diagnóstico padrão para a detecção de ovos de Enterobius vermicularis e é feito da seguinte forma:
Preparação
- Um pedaço de fita adesiva transparente é fixado em uma espátula ou abaixador de língua.
- A fita é aplicada na região perianal do paciente, preferencialmente de manhã antes que o paciente se lave ou defecate, já que os ovos são frequentemente depositados à noite.
- Após a coleta, a fita é transferida para uma lâmina de microscópio e examinada sob um microscópio para identificar a presença de ovos característicos.
Pesquisa de ovos nas fezes
A busca por ovos nas fezes é menos sensível, dado que os ovos do parasita não são comumente liberados nas fezes, sendo mais frequentemente depositados diretamente na região perianal, apesar disso, quando o paciente vai defecar, os ovos podem ser arrastados junto com as fezes e encontrados neste exame laboratorial.
Ancilostomídeo
A ancilostomose, também conhecida como amarelão, é uma doença que resulta em anemia intensa e crônica, especialmente prevalente em regiões com climas quentes e precariedade de saneamento básico. Esta condição é causada principalmente por duas espécies de parasitas, o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus, que são incapazes de ser distinguidos morfologicamente através dos ovos nas análises fecais, devido à sua semelhança.
Estes vermes se fixam à mucosa do intestino delgado do hospedeiro humano, onde se alimentam de sangue, causando perda sanguínea significativa que leva à anemia. Os adultos destes parasitas têm uma forma corporal curva e estão equipados com cápsulas bucais que lhes permitem cortar e ancorar-se firmemente ao intestino. Os machos são geralmente menores que as fêmeas e possuem uma bolsa copuladora, enquanto as fêmeas podem ser identificadas por suas caudas afiladas.
A transmissão ocorre quando as larvas infectivas penetram na pele ou são ingeridas com água ou alimentos contaminados. Estes parasitas passam por um ciclo de vida complexo que inclui mudanças de forma e migração para diferentes partes do corpo antes de se estabelecerem no intestino.
A patologia associada a essa infecção varia de sintomas cutâneos, como dermatite e prurido, a complicações pulmonares e, mais gravemente, a problemas gastrointestinais como dor abdominal e diarreia sanguinolenta. A carga parasitária influencia a severidade dos sintomas, com infestações mais densas causando anemia mais grave.
O diagnóstico é geralmente feito através de exames de fezes, utilizando métodos que podem identificar tanto os ovos quanto as larvas. O tratamento inclui medicamentos antiparasitários como albendazol e mebendazol, e, em casos de anemia grave, pode ser necessário suplementação de ferro.
As medidas preventivas são essenciais para controlar a disseminação desta doença e incluem a promoção de práticas de higiene, saneamento adequado, e uso de calçados para evitar o contato direto com solos contaminados. Tratar a população infectada também ajuda a reduzir a prevalência da doença na comunidade.
Diagnóstico laboratorial do amarelão
O Método de Willis é uma técnica de diagnóstico parasitológico que utiliza a flutuação em solução saturada de cloreto de sódio (NaCl). Este método é particularmente útil para identificar ovos de parasitas como os de ancilostomatídeos, responsáveis pela ancilostomose. A técnica se baseia no princípio de que certos ovos de parasitas possuem uma densidade que lhes permite flutuar em soluções com densidades elevadas.
- Primeiro, prepara-se uma solução saturada de cloreto de sódio. A densidade dessa solução deve ser de aproximadamente 1,20 g/ml, o que é suficiente para permitir a flutuação dos ovos de ancilostomas.
- Uma amostra de fezes é coletada do paciente suspeito de infecção por ancilostomídeos.
- As fezes são então misturadas com a solução saturada de cloreto de sódio. Essa mistura ajuda os ovos presentes nas fezes a subirem à superfície da solução devido à sua menor densidade.
- Após um período de espera para permitir que os ovos flutuem, a superfície da solução é cuidadosamente examinada. Uma lâmina de vidro pode ser usada para coletar os ovos da superfície para um exame microscópico mais detalhado.
- Sob o microscópio, os ovos coletados podem ser visualizados e identificados com base em suas características morfológicas específicas.
Este método é eficaz para a detecção de ovos de ancilostomas devido à sua capacidade de flutuar em uma solução de alta densidade. É uma técnica simples e econômica, mas deve ser realizada corretamente para garantir a precisão dos resultados.
Strongyloides stercoralis
A estrongiloidíase é uma infecção parasitária que se tornou mais comum em áreas urbanas além das rurais, sendo causada pelo parasita Strongyloides stercoralis. Este helminto é notável por sua capacidade de multiplicar-se dentro do hospedeiro humano, diferentemente de outros helmintos que dependem de condições externas para se desenvolver. O Strongyloides stercoralis pode seguir dois ciclos de vida: o direto, onde as larvas se desenvolvem em formas infectivas no solo e penetram diretamente na pele do novo hospedeiro, e o indireto, que envolve autoinfecção interna com larvas transformando-se em formas infectivas que podem penetrar a mucosa intestinal e perpetuar a infecção.
O diagnóstico da estrongiloidíase geralmente é feito através do exame parasitológico de fezes, utilizando o método de Baermann-Moraes para detectar larvas vivas. Este método é particularmente importante em áreas endêmicas, especialmente após chuvas que podem aumentar a dispersão das larvas no ambiente.
O tratamento envolve o uso de ivermectina. Além disso, recomenda-se uma dieta rica em ferro para ajudar a combater a anemia que pode ser causada pela infecção. Medidas preventivas também são cruciais para evitar a propagação da doença, incluindo o aprimoramento do saneamento básico para evitar a contaminação do solo e das fontes de água, uso de calçados para proteção contra a penetração das larvas pela pele e educação sanitária comunitária sobre as vias de transmissão e higiene pessoal. A detecção precoce e o tratamento adequado são vitais, especialmente antes de procedimentos que podem comprometer o sistema imunológico, evitando assim formas disseminadas e potencialmente fatais da doença.
Exame laboratorial
O método de Baermann é uma técnica comumente usada para detectar a presença de larvas vivas em amostras de fezes, solo ou outros materiais ambientais, especialmente para identificar larvas de nematóides como Strongyloides stercoralis. Aqui está o passo a passo de como é realizado:
- Uma amostra de fezes, solo ou outro material suspeito de conter larvas é colocada em um funil de Baermann. Este funil é normalmente equipado com uma tela ou gaze para suportar a amostra enquanto permite que as larvas passem.
- A parte inferior do funil é conectada a um tubo que conduz a um recipiente ou copo de coleta. O funil é então parcialmente preenchido com água morna, o que estimula as larvas a saírem da amostra e se deslocarem para a água.
- A amostra é deixada em repouso por várias horas ou até mesmo durante a noite. Durante este tempo, as larvas ativas se movem para fora da amostra, passam através da tela e descem pelo funil devido à gravidade.
- Após o período de repouso, a torneira ou o clipe que fecha o tubo no fundo do funil é aberto, permitindo que a água com as larvas coletadas seja drenada para o recipiente de coleta.
- O líquido coletado é então examinado sob microscópio para identificar e contar as larvas presentes.
Este método é particularmente eficaz porque as larvas vivas se movem ativamente para a água e são coletadas no fundo do funil, enquanto detritos e outras partículas não-larvais permanecem na amostra ou não descem pelo funil. O método de Baermann é amplamente usado em diagnósticos veterinários e pesquisas em parasitologia devido à sua eficiência em isolar larvas de forma minimamente invasiva.
E para um diagnóstico mais preciso da estrongiloidíase utilizando o método de Baermann, é recomendado realizar três exames em dias diferentes. Isso é devido à possibilidade de variação na excreção das larvas pelas fezes, o que pode levar a resultados negativos em um único teste, mesmo se o paciente estiver infectado. Fazer múltiplos exames aumenta a chance de detectar as larvas se elas estiverem presentes, proporcionando um resultado diagnóstico mais confiável.