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Preparo do corpo

É válido ressaltar que a realização de uma necropsia, que é um procedimento essencial, deve ser meticuloso para determinar as causas da morte e coletar evidências forenses relevantes.

Este é um momento delicado que exige sensibilidade e respeito pelos entes queridos do falecido. Após a autorização da família, o corpo é recebido e cuidadosamente higienizado com água e sabão para remover qualquer sujeira ou contaminação externa. 

Os corpos são geralmente mantidos em geladeiras, também conhecidas como câmaras frigoríficas, antes de passarem pela necropsia. Isso é feito para retardar o processo de decomposição e preservar o corpo até que seja realizado o exame necroscópico. 

As geladeiras são mantidas em temperaturas controladas, geralmente entre 2°C e 4°C, o que ajuda a evitar a deterioração do corpo e a preservar evidências forenses importantes. Essas condições refrigeradas garantem que os corpos permaneçam em condições adequadas para a análise médico-legal e para a realização de procedimentos subsequentes, como a identificação de causas de morte e coleta de amostras para análises laboratoriais.

Recebimento e higienização do corpo

Assim, o protocolo envolve uma série de etapas detalhadas, desde o recebimento do corpo até a conclusão do procedimento, garantindo a integridade do processo investigativo. Então como fazer o devido preparo do corpo para o procedimento de avaliação? Para aprender, confira abaixo as etapas de preparo do corpo para a necropsia.

Porém, é importante frisar que antes de proceder com o preparo do corpo, o profissional deve se equipar com os seguintes itens: avental plástico descartável ou de pano, calça, botas de plástico, touca, máscara e luvas de borracha. 

Em situações onde há o risco de doenças infectocontagiosas, serão adotados procedimentos adicionais de proteção biológica específicos para cada caso, podendo incluir o uso de macacões encapsulados.

O corpo é então cuidadosamente transferido para uma maca, onde passa por uma série de procedimentos. Primeiramente, é pesado e medido, e sua temperatura corporal e do ambiente são registradas para referência. 

Caso algum objeto de valor seja encontrado no corpo, é obrigatório devolvê-lo, com a emissão de um recibo que será assinado pela pessoa responsável por retirá-lo, seja um agente funerário ou um familiar.

Posteriormente, o corpo é transportado para a sala de autópsia e posicionado sobre a mesa. Para facilitar os procedimentos, uma tábua é colocada aos pés do corpo, do lado em que o médico realizará os cortes nos órgãos e coletará amostras para exames.

Na superfície da mesa, é disposto um frasco contendo formol a 10%, identificado com o número correspondente à autópsia. Esse frasco é destinado à coleta de fragmentos de tecidos. 

Além disso, são disponibilizados cassetes de plástico, também numerados de acordo com o procedimento, para acondicionar os fragmentos que serão encaminhados ao laboratório de histopatologia para análise. Essas medidas garantem a organização e rastreabilidade das amostras durante todo o processo de necropsia e análise subsequente.

Análise preliminar da parte externa do corpo

A equipe realiza uma análise visual inicial da parte externa do corpo para identificar ferimentos, lesões por arma de fogo ou quaisquer outras evidências que possam ser relevantes para a investigação. Essa análise é crucial para direcionar os próximos passos da necropsia.



Esse é o esquema de lesões corporais utilizado pelo instituto médico-legal do Rio de Janeiro. Além de ser uma boa base para a familiarização com as regiões corporais já no início deste curso, deve ser aprendido para incluir as nomenclaturas adequadas na formalização de laudos e comunicação de informações.









Este artigo pertence ao Curso de Técnicas de Necropsia

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