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Princípios implícitos da Administração Pública

Os princípios implícitos da administração pública são normas não expressamente previstas na Constituição ou nas leis, mas que podem ser deduzidas da lógica do sistema jurídico e das boas práticas de gestão.

Esses princípios complementam os princípios explícitos, assegurando que a atuação dos agentes públicos se dê de forma eficiente, ética e em consonância com os valores fundamentais da sociedade.

Princípio da razoabilidade

O princípio da razoabilidade busca garantir que as decisões da administração pública sejam adequadas e proporcionais às situações que se apresentam. Ele exige que as medidas adotadas pelos gestores públicos estejam em conformidade com critérios de sensatez e lógica, evitando ações arbitrárias ou desproporcionais. Em outras palavras, as ações devem ser coerentes com os fins a que se destinam e devem sempre considerar o impacto que terão sobre a sociedade.

Princípio da proporcionalidade

Complementando o princípio da razoabilidade, o princípio da proporcionalidade assegura que os meios utilizados pela administração pública para atingir seus objetivos sejam proporcionais ao resultado almejado. Isso significa que, ao tomar decisões ou aplicar sanções, o agente público deve optar pela solução que cause o menor impacto possível, sem, no entanto, prejudicar a eficácia das medidas adotadas. A proporcionalidade busca, portanto, um equilíbrio entre a ação estatal e os direitos dos indivíduos afetados por ela.

Princípio da continuidade dos serviços públicos

Outro princípio implícito de grande relevância é o da continuidade dos serviços públicos. Este princípio estabelece que a prestação de serviços públicos não deve ser interrompida, exceto em casos de força maior ou de extrema necessidade. A administração pública tem o dever de garantir que os serviços essenciais, como saúde, educação e segurança, estejam sempre disponíveis à população. Isso significa que, mesmo diante de crises econômicas ou políticas, a prestação desses serviços deve ser garantida, sob pena de violação dos direitos fundamentais dos cidadãos.

Princípio da segurança jurídica

A segurança jurídica é outro princípio implícito fundamental, pois visa garantir previsibilidade e estabilidade nas ações da administração pública. Esse princípio assegura que as decisões e normas adotadas pelos agentes públicos não mudem de forma abrupta ou inesperada, proporcionando aos cidadãos a confiança de que os atos do governo respeitarão a ordem jurídica e os direitos adquiridos. A segurança jurídica é especialmente importante em questões como a aplicação de novas leis, decisões judiciais e interpretações de normas, garantindo que haja clareza e estabilidade nas relações entre o Estado e os cidadãos.



Este artigo pertence ao Curso de Administração Pública

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