Reflexologia Científica

Estudos de pesquisa em todo o mundo indicam possíveis benefícios da reflexologia, e apoiam os potenciais efeitos positivos que podem ser alcançados pela sua prática, particularmente na redução da dor, no aumento do relaxamento e na redução de sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão. Neste capítulo, abordaremos alguns desses estudos e aproveitaremos para apresentar os benefícios deste tratamento para uma diversidade de enfermidades, tanto físicas quanto psicológicas.

O que dizem as pesquisas em geral?

Com base no resumo de 168 distintos estudos revisados acerca deste tema, os pesquisadores Kunz e Kunz concluíram que a reflexologia podem:

• Impactar órgãos específicos

Por exemplo, as leituras de ressonância magnética demonstraram um aumento no fluxo sanguíneo para os rins e para os intestinos.

• Melhorar os sintomas

Em particular, foram observadas alterações positivas no funcionamento renal com pacientes com diálise renal.

• Induzir relaxamento

Embora as medições de EEG de ondas alfa e, os pesquisadores viram que a pressão arterial foi diminuída, e a ansiedade foi reduzida.

• Reduzir a dor

Vinte e sete estudos demonstraram um desfecho positivo para a redução da dor; por exemplo, AIDS, dor no peito, neuropatia periférica de diabetes mellitus, pedras nos rins e osteoartrite.

E a pesquisa para condições específicas?

Abaixo estão alguns exemplos específicos de pesquisas que examinam o possível papel da reflexologia podal em aliviar várias condições de saúde específicas:

• Hudson (2015) descobriu que pacientes que receberam reflexologia antes da cirurgia de varizes relataram ansiedade intraoperatória significativamente menor e menor duração da dor do que os participantes que receberam tratamento como de costume.
• Williamson (2002) descobriu que tanto a reflexologia quanto a massagem nos pés reduziram a ansiedade e a depressão em mulheres pós-menopausa.
• Esses estudos mostraram redução da dor, náusea, diarreia ou prisão de ventre, e melhor qualidade de vida com reflexologia.
• Em um estudo controlado com 87 pacientes, Hodgson (2000) encontrou 100% de melhora no grupo reflexológico nas categorias de qualidade de vida, aparência, apetite, respiração, comunicação (com médicos, família, enfermeiros), concentração, prisão de ventre/diarreia, medo do futuro, isolamento, mobilidade, humor, náusea, dor, sono/cansaço. O grupo placebo apresentou melhora de 67,6% nessas categorias.
• Stephenson (2000) realizou um estudo qualitativo em um hospital em 24 pacientes que receberam reflexologia podal para tratar câncer de mama e pulmão. Os pesquisadores observaram uma "diminuição significativa da dor" para pacientes com câncer de mama. Embora esta fosse uma pequena amostra, o projeto de pesquisa bem controlado produziu resultados significativos.
• Milligan (2002) analisou o impacto da reflexologia na qualidade de vida de 20 pacientes com câncer. Encontrou qualidade de vida melhorada através da redução dos sintomas físicos e emocionais.
• Kim, Lee, Kang, Choi e Ernst (2010) revisaram um ensaio clínico e os estudos mostraram redução significativa da dor, náusea/vômito e fadiga com reflexologia, melhorando o sono e o humor.
• Ebadi (2015) analisou o efeito da reflexologia na reflexologia sobre parâmetros fisiológicos e tempo de desmame de ventilação mecânica em pacientes submetidos a cirurgia de coração aberto e não encontraram diferença nos parâmetros fisiológicos, mas um tempo de desmame significativamente menor para aqueles que recebem reflexologia.
• Uma revisão sistemática de 2015 por (Song) relatou que a reflexologia autoadministrada do pé pode ter um efeito positivo no diabetes tipo 2.
• Já outro estudo de Dalai (2014) examinando o manejo dos sintomas no diabetes tipo 2 concluiu que o grupo reflexológico apresentou mais melhorias na redução da dor, controle glicêmico, condutividade nervosa e sensibilidades térmicas e de vibração do que os de sujeitos de controle com significância estatística.
• Testa (2000) realizou um ensaio cego e aleatório, no qual 32 pacientes com dores de cabeça foram avaliados após uma sessão com reflexologia podal em um seguimento de 3 meses. Os resultados mostraram que a reflexologia podal foi pelo menos tão eficaz quanto a terapia medicamentosa.
• O subcomitê de desenvolvimento de diretrizes da Academia Americana de Neurologia (2014) explorou a medicina complementar e alternativa na esclerose múltipla e descobriu que a reflexologia é possivelmente eficaz em casos de formigamento.
• Um pequeno estudo realizado por Nazari (2015) concluiu que a reflexologia reduz a fadiga em mulheres com ESM.
• Koc e Gozen (2015) observam uma diferença estatisticamente significativa nos escores de dor de bebês que sofrem de dor aguda entre os grupos de reflexologia e controle. Os bebês do grupo reflexológico também apresentaram menores batimentos cardíacos, maior saturação de oxigênio e períodos de choro mais curtos do que os bebês do grupo controle.
• Gordon et al. (2010) compararam a eficácia da reflexologia dos pés, massagem nos pés e tratamento regular (grupo controle) em crianças (1-12 anos) com constipação idiopática crônica durante um período de 12 semanas. Os autores relatam que o grupo de reflexologia apresentou o maior aumento no número de movimentos intestinais e a maior redução nos escores de sintomas de prisão de ventre.
• Dr. Jesus Manzanares, médico da Espanha, passou anos estudando a base neurofisiológica para reflexologia. A pesquisa do Dr. Manzanares identificou depósitos (que os reflexologistas tradicionalmente se referem como "cristais") que estavam localizados em áreas reflexas dos pés. Esses depósitos estão associados à dor, contêm fibras nervosas e possuem características diferentes com base no seu grau de acuidade ou cronicidade.
• Utilizando imagens termográficas das solas dos pés antes e depois da reflexologia, juntamente com imagens semelhantes da coluna vertebral, o Dr. Piquemal foi capaz de mostrar uma mudança no padrão térmico na sola dos pés, que se refletiu na pele das costas para cada uma das cinco zonas selecionadas. A importância desta pesquisa é que ele vincula o trabalho reflexologia nos pés ao fluxo sanguíneo de órgãos internos (pulmão, fígado, estômago, pâncreas e intestino delgado), seja através da vasoconstrição ou vasodilatação através do sistema nervoso autônomo. Parece que a reflexologia pode ser capaz de desempenhar um papel na regulação da perturbação do fluxo sanguíneo, pelo menos para esses órgãos.
• A partir de suas pesquisas na Índia, Choudhary, Kumar e Singh (2006) relataram dois grupos que receberam intervenções no pós-operatório. Grupo I recebeu reflexologia podal por 15-20 minutos na transferência para a Sala de Recuperação, 2 horas após o dia. O Grupo II recebeu medicação para dor convencional. Os resultados foram estatisticamente significativos em todos os quatro intervalos de tempo para o grupo reflexológico mostrando uma diminuição no uso de medicamentos em relação ao grupo convencional. Também foi observada uma diminuição significativa da dor no grupo reflexológico em todos os intervalos de tempo.
• Em uma pesquisa realizada por Andrew Weil, após duas semanas de tratamento diário, mais de 70% das pessoas que praticavam lavagem nasal com soro relataram sintomas melhorados. Mas, surpreendentemente, o grupo que praticava reflexologia podal tinha o mesmo resultado.