O sistema de direção tem como principal objetivo transmitir os movimentos realizados no volante aos pneus, possibilitando assim o direcionamento do veículo na pista.
Há alguns anos, o sistema de direção era totalmente manual, o que exigia uma certa força para a realização dos movimentos. Isto acontece, pois no carro manual, não existe nenhum tipo de mecanismo de auxílio para facilitar o funcionamento do sistema de direção.
Entretanto, com o passar dos anos, os veículos começaram a aumentar o seu peso e a sua capacidade de ganhar velocidade. Dessa forma, foi necessário o desenvolvimento de novas tecnologias que permitissem a aplicação de mecanismos auxiliares no sistema de direção. Logo, foi possível equilibrar a força necessária a ser aplicada pelo motorista para a realização dos movimentos.
Composição dos sistemas de direção
Todo sistema de direção é constituído por peças estruturais base. São elas a caixa de direção, a coluna de direção, as barras de direção e os cardans, que têm como objetivo promover as articulações, os braços da direção e por último, mas não menos importante, o volante (BARRETO, 2021). Entenda um pouco mais sobre estes componentes:
Este é o primeiro sistema de direção e o único que entra em contato direto com o motorista. É o volante que permite a realização dos movimentos para a mudança de direção realizados pelo condutor, saindo da peça até a caixa de direção.
É a peça responsável por transmitir os movimentos realizados no volante até a caixa de direção. Ela pode ser inteiriça ou bipartida, dependendo do ângulo ao qual o volante foi posicionado e da caixa de direção. Em alguns modelos de carros brasileiros, a coluna de direção pode ser ajustada de acordo com a necessidade do motorista, de forma que a parte superior, onde se encontra o volante, pode ser deslocada telescopicamente para cima e para baixo, a coluna também pode ser inclinada para o mesmo objetivo.
Esta peça é responsável por receber a rotação de giro do volante através da coluna de direção, transformando este movimento em no direcionamento linear das rodas. Além disso, é importante destacar que a caixa de direção é formada por um conjunto de elementos, ou seja, não é uma única peça que realiza esta tarefa.
Estes são componentes articuláveis que saem da caixa de direção em direção as rodas. Esta característica articulável serve para acompanhar a suspensão e são envoltas por uma coifa de proteção para evitar contaminantes que ataquem as superfícies e elementos internos da caixa de direção, causando danos.
É a peça responsável por transmitir a energia gerada pelo motor para o eixo diferencial, e, por sua vez, o eixo diferencial irá transferir esta energia recebida do eixo cardan para as rodas. Dessa forma, o eixo cardan dá mais liberdade de movimento durante a variação de velocidade ao fazer a ligação da força gerada às rodas.
De forma geral, o sistema hidráulico é bem parecido com o manual. A sua principal diferença está na existência de uma bomba hidráulica que permite uma maior leveza nos movimentos de direção.
Ela foi inventada nos Estados Unidos e utilizada pela primeira vez pela montadora Chrysler, em 1951, com o nome original de Hydra Guide. A bomba é o coração do sistema e sua função é gerar uma vazão controlada do óleo para o mecanismo de direção, e também controlar a pressão no sistema.
Sistema de Direção Elétrico
Este sistema foi capaz de trazer consigo uma opção mais econômica e confortável para a direção de automóveis. Isto acontece, pois o seu funcionamento dispensa a bomba hidráulica. Dessa forma, o mecanismo de auxílio à movimentação das rodas acontece eletronicamente, promovendo um sistema mais inteligente e confiável.
Em resumo, a direção elétrica é totalmente independente do motor, dispensando bomba hidráulica, fluido e todas as correias que fazem a bomba de óleo entrar em funcionamento, o que é mais comum nos carros com direção assistida hidraulicamente. Ainda é visto como ecologicamente correto, pois não utiliza o óleo, minimiza os ruídos e permite uma menor emissão de gases poluentes na atmosfera.