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SUGESTÕES DE OFICINAS CULTURAIS PEDAGÓGICAS

Folclore


Como já exploramos bem o folclore brasileiro, nossa primeira proposta é a de uma oficina de folclore. Você terá uma imensa lista de atividades para explorar essa oficina: palestras, apresentações teatrais, brincadeiras, enfim, por meio das mais variadas formas e manifestações culturais. Então, sugerimos uma sala especial que possa ser a vitrine do folclore brasileiro, com cartazes explicativos, de forma participativa e, principalmente, descontraída, que é a cara do nosso povo. Pode-se começar com as expressões folclóricas e ditos populares que, além de engraçados, despertam a curiosidade de todo mundo. Podem ser escritas em cartazes e espalhadas pela sala.


Frases feitas



São frases que repetimos naturalmente em nossa fala e têm seu próprio sentido: “Êta, mundo velho sem porteira!”, “No dia de São Nunca”, “Maria vai com as outras”, “Marinheiro de primeira viagem”, “Hora da onça beber água”, “Podre de rico”, “Comer gato por lebre”, “Fazer de gato e sapato”, “Jogar verde para colher maduro”.


Frases de pára-choques de caminhão



Você já deve ter visto as humoradas frases escritas em parachoques de caminhões. Elas traduzem o pensamento cotidiano do nosso povo e levam mensagens por este Brasil afora: “Em terra de cego quem tem um olho é caolho”, “Quem ama a rosa suporta os espinhos”, “Preguiça é o habito de descansar antes de estar cansado”, “Para que um olho não invejasse o outro, Deus colocou o nariz no meio!”, “Não sou detetive, mas só ando na pista”, “Casei-me com Maria, mas viajo com Mercedes”, “Se não fosse o otimista, o pessimista nunca saberia como é infeliz”, “Seja paciente na estrada para não ser paciente no hospital”, “Não sou orquestra, mas vivo no conserto”, “Sou grande porque respeito os pequenos”, “O sol nasce para todos”, “A sombra para quem merece”, “Nosso amor virou cinzas porque nosso passado foi fogo”, “Seja dono de sua boca para não ser escravo de suas palavras!”, “Feliz foi Adão que não teve sogra nem caminhão”, “Beijo de mulher casada tem gosto de chumbo”, “Casamento é o fim das criancices e o começo das criançadas”, “Na subida você me aperta, na descida nóis se acerta”, “Quem corre cansa, quem anda alcança”, “No baralho da vida, só encontrei uma dama”.


Provérbios



Os provérbios transmitem conhecimentos práticos sobre os mais variados assuntos e norteiam a ética, a moral e a filosofia. Veja alguns exemplos:


“Quem não tem cão, caça com gato”, “De grão em grão, a galinha enche o papo”, “Pelo afinar da viola se conhece o tocador”, “O seguro morreu de velho”, “O que não tem remédio, remediado está”, “Macaco velho não mete a mão em cumbuca”, “A cavalo dado, não se olha o dente”, “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”, “Quando a esmola é muita, o santo desconfia”, “Santo de casa não faz milagres”.


Adivinhações ou charadas



Uma forma bem divertida de apresentar as adivinhações ou as charadas é espalhar as perguntas pela sala, ou até mesmo pela escola e depois marcar um dia para desvendá-las. Adivinhações são enigmas universais que atravessam séculos, são anônimas e populares. Mas pra ser uma adivinhação, é necessário que haja personificação de qualquer objeto de formação mítica e que haja analogias entre o problema e a solução. No Brasil, temos adivinhações de origem indígena, africana e, a maior parte, de origem portuguesa.


“O que é o que é, que corre o mundo inteiro e entra em todas as casas sem pedir licença?” (Vento). “O que é o que é, que se pode usar melhor depois que se quebra?” (Ovo). “O que é o que é, que tem coroa, mas não é rei, tem escamas, mas não é peixe?” (Abacaxi). “Qual é o cúmulo da força?” (Dobrar a rua e quebrar uma esquina).


Folclore de botequim


O folclore de botequim são as frases ou quadrinhas escritas nas paredes de bares e botequins, chamando a atenção, por exemplo, para o fato de não vender fiado:


“Freguês educado não cospe no chão, não pede fiado e não diz palavrão”; “Fiado? Só em dia de feriado, que o boteco está fechado”; “Não passe sem parar, não pare sem entrar, não entre sem gastar, não saia sem pagar”; “O fiado me dá pena e a pena dá cuidado. Me vejo livre da pena não lhe vendendo fiado”; “Fiado só se faz a um bom amigo, e o bom amigo nunca pede fiado”.


Trava-línguas



Os trava-línguas são frases de pronúncia difícil, rápida e repetida, nada mais são do que exercícios de dicção. Tem sua origem na cultura popular e são modalidades de parlendas, em prosas, versos, ou frases, ordenadas de tal forma que se torna difícil pronunciá-las sem tropeço ou sem travar a língua como o próprio nome diz. São ótimos para serem trabalhados interdisciplinarmente nas oficinas culturais no âmbito escolar com a intenção de trabalhar a consciência fonológica, melhora na dicção e na leitura oral. Deve-se ter o cuidado de não expor alguma criança que possua dificuldades de fala.


Além de ser divertido trabalhar a criatividade, os trava-línguas são recursos que podem ser utilizados como exercícios de postura da voz a ser empregada nas atividades de teatro, música, artes cênicas etc. “Três tigres tristes”, “A aranha arranha o jarro, o jarro arranha a aranha, nem aranha arranha o jarro, nem o jarro arranha a aranha”.


Réplicas


Réplicas são certas expressões de uso freqüente na linguagem cotidiana com complementos rimados. São usadas mais no repertório infantil e sofrem algumas modificações de região para região.


“Quem cochicha o rabo espicha”, “Quem escuta o rabo encurta, e quem se importa o rabo entorta”, “Chuva e sol, casamento do espanhol. Sol e chuva, casamento da viúva”, “– Já vou. – Já vai tarde”, “– Tô de bem! – Parabéns! – Tô de mal! – Come sal”, “– Tá com mágoa? – Bebe água”.


Brincadeiras



Várias formas de brincadeiras e brinquedos infantis enriquecem a cultura brasileira, bem como as canções que as acompanham e que chamamos de cantigas de rodas. Assim, podemos citar os jogos da sorte, as cirandas, o empinar papagaios ou pipas, o pegador, a bolinha de gude, o estilingue etc.


As vantagens de resgatar as velhas brincadeiras de infância são imensas, pois desenvolvem as habilidades quanto à noção de espaço, da lateralidade, da coordenação motora, da interação grupal e tantas outras capacidades. Estas brincadeiras não devem ser restringidas apenas às crianças menores, mas que sejam utilizadas também como um recurso para repensar valores sociais, socioculturais, como, por exemplo, o consumismo por brinquedos caros e solitários.



Este artigo pertence ao Curso de Oficinas Culturais Pedagógicas

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