Técnicas de preservação
A tanatopraxia, juntamente com a formolização e o embalsamamento, são técnicas fundamentais de preservação de corpos. Cada uma delas apresenta características específicas que contribuem para a manutenção e apresentação do corpo após a morte. Aqui estão detalhes adicionais sobre essas técnicas:
Formolização
A formolização envolve a injeção de formol nas artérias para conservar temporariamente o corpo humano. É um método tradicional que exige cuidado especial com a tonalidade da pele do falecido, pois uma aplicação inadequada do formol pode alterar a cor da pele de maneiras inesperadas. A quantidade correta de formol é crucial para evitar reações adversas na pele.
Embalsamamento
Embora seja uma prática milenar originada no Egito Antigo, o embalsamamento foi adaptado e modernizado ao longo dos tempos. No passado, a técnica envolvia a remoção de todos os órgãos, exceto o coração. Hoje, o processo é mais inclusivo, buscando preservar todos os tecidos. No ambiente controlado de um tanatório, cerca de 60% a 70% do sangue é drenado e substituído por um composto químico que não só conserva os órgãos, mas também elimina bactérias e prepara o corpo para o velório. A restauração necrofacial pode ser realizada para corrigir deformações causadas por mortes violentas ou outras condições impactantes.
É preferível que o embalsamamento ocorra dentro das primeiras 12 horas após a morte para evitar a coagulação do sangue, que pode complicar a distribuição do formol. No Brasil, o embalsamamento é obrigatório em casos de transportes aéreos nacionais e internacionais ou transportes terrestres que ultrapassem 500 km.
A tanatopraxia tornou-se a principal técnica para homenagens fúnebres e traslados, além de ser essencial para a segurança da saúde pública. A tanatopraxia impede o vazamento de líquidos corporais que podem disseminar doenças.
O procedimento inclui a injeção de uma mistura química no sistema arterial através de uma bomba injetora. Esta técnica permite uma desinfecção completa e a conservação do corpo sem a necessidade de abrir cavidades para remover órgãos ou vísceras. O foco está no tratamento de restauração e cosmética para devolver ao máximo a aparência natural do falecido.
Estas técnicas de preservação são cruciais para garantir que o corpo seja apresentado de forma digna e segura, respeitando os desejos dos familiares e as normas de saúde pública.
Procedimentos essenciais para preservação
O termo "tanatopraxia" deriva do grego "thanatos" (morte) e "práxis" (ação). Significa, portanto, as ações habituais realizadas após a morte. Para facilitar a aceitação desse momento, existem profissionais dedicados a gerenciar todos os procedimentos necessários, como a tanatopraxia.
Essa técnica tem transformado o setor funerário nos últimos anos, consistindo na higienização e preservação de corpos através da injeção de fluidos especiais para melhorar a apresentação do falecido no velório, tornando-se um serviço funerário indispensável.
- Restauração estética
A tanatopraxia envolve a aplicação de substâncias químicas no corpo inerte, uma abordagem mais eficiente que o embalsamamento tradicional. Após o procedimento, o rosto do falecido apresenta uma expressão tranquila e natural, minimizando o impacto nos participantes do velório.
Além de melhorar visualmente, a tanatopraxia também realiza uma desinfecção completa, eliminando muitos microrganismos patogênicos.
Isso é crucial, pois embora muitos agentes infecciosos morram rapidamente após a morte, outros podem persistir nos tecidos por longos períodos, representando um risco de contaminação.
Outros benefícios da tanatopraxia incluem:
- Ausência de odores desagradáveis;
- Possibilidade de prolongar o período do velório, se necessário;
- Eliminação do risco de vazamento de fluidos;
- Prevenção de inchaço;
- Prevenção da contaminação do solo;
- Facilidade no transporte do corpo para diferentes localidades.
Este artigo pertence ao Curso de Técnicas de Necropsia
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