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Tanatopraxia e conservação

A tanatopraxia é um termo que se originou por volta da época da Guerra Civil Americana, no meio do século XIX. A prática ganhou popularidade inicialmente em países europeus como França e Itália, bem como nos Estados Unidos.

A implementação da tanatopraxia está intimamente ligada à necessidade de tratar os corpos dos soldados falecidos em combate. Muitas vezes, esses corpos chegavam às famílias em condições desfiguradas, deixando uma última imagem dolorosa e marcante. Para suavizar esse impacto emocional para os entes queridos, adotou-se a tanatopraxia para fazer com que os soldados parecessem mais preservados e saudáveis.

Esta é a técnica mais avançada de preservação de corpos, adotada em quase todas as nações globais.

Diferente de necropsias ou remoção de órgãos, a tanatopraxia não apenas melhora a aparência do defunto, como também proporciona aos familiares em luto uma oportunidade valiosa de recordar o falecido como ele realmente era em vida, oferecendo um benefício psicológico imensurável.

O falecimento é muitas vezes acompanhado por negação, angústia e ansiedade, sendo frequentemente cercado de tabus e evitado em conversas. No entanto, é um evento inevitável na vida de todos. Assim como o nascimento, a morte faz parte da experiência humana e deve ser abordada com serenidade, naturalidade e respeito.

Quando enfrentamos a perda de alguém, a última imagem que temos dessa pessoa tende a permanecer conosco. A tanatopraxia é um ato de amor e cuidado que suaviza as alterações visuais do corpo após a morte, ajudando no processo de adaptação à ausência do ente querido. Desse modo, com o uso dessa técnica, esse momento pode ser um pouco menos doloroso e impactante.


Fonte: Elnur/ Reprodução Canva Pro


Este artigo pertence ao Curso de Técnicas de Necropsia

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