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TIPOS DE TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Transtornos de aprendizagem podem ser considerados como uma inabilidade específica que esteja ligada às habilidades mencionadas acima (escrita, leitura, matemática), em alunos que apresentam resultados aquém do esperado para o nível de escolaridade, desenvolvimento e capacidade cognitiva. Importante nunca confundir o transtorno com a dificuldade de aprendizagem, pois ambos têm causas completamente diferentes, além de soluções distintas para os casos apresentados pelos estudantes.


Com base no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a origem do transtorno de aprendizagem está no aspecto biológico, por se tratar de um transtorno do neurodesenvolvimento. É interessante reiterar que a origem inclui também uma interação de fatores genéticos, ambientais e epigenéticos, o que influencia a capacidade do cérebro para processar ou perceber as informações, tanto verbais como não-verbais. Além disso, alguns estudos esclarecem que as causas do transtorno de aprendizagem podem estar relacionadas a aspectos multifatoriais. 


No entanto, isso é apenas uma hipótese que precisa ser pesquisada com mais riqueza de detalhes para qualquer conclusão pela comunidade científica. Os tipos mais comuns são: 


Dislexia


A dislexia é um transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica (ou seja, que ocorre no cérebro, na coluna vertebral e nos nervos), e que tem como principal característica a dificuldade de ler e escrever. Quem sofre deste problema tem dificuldade no reconhecimento preciso e fluente das palavras e na habilidade de decodificar e soletrar também. Trata-se de um problema crônico, que pode perdurar por anos ou durante a vida toda. É muito comum — afeta mais de 2 milhões de casos relatados por ano no Brasil.


Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, não se sabe ao certo quantas pessoas possuem o transtorno, mas estima-se que ele afeta de 0,5% a 17% da população mundial. Os sintomas da dislexia podem ser identificados mais facilmente na infância, já que o distúrbio, nesta fase, é mais acentuado. Conheça alguns deles:


  • Problemas no desenvolvimento da fala ou desenvolvimento tardio do aprendizado da fala;

  • Problemas cognitivos, como a dificuldade de memorização de palavras ou de regras ortográficas;

  • Atraso na habilidade de leitura ou comprometimento da fala;

  • Dispersão e falta de atenção.


Disgrafia

As pessoas com esse distúrbio apresentam dificuldade na fluência escrita em diversos aspectos, cometendo diversos erros de ortografia e na formação das palavras. A disgrafia, em diversos casos, pode estar relacionada com problemas psicomotores (os movimentos corporais que são governados pela mente). Alguns sintomas da disgrafia incluem:


  • Dificuldade na formação de letras;

  • Letras muito largas, pequenas demais ou de tamanho variável;

  • Uso incorreto de letras maiúsculas e minúsculas;

  • Letras sobrepostas umas às outras;

  • Espaçamento inconsistente entre letras e alinhamento errado;

  • Dificuldade de fluência na escrita.


Discalculia


Discalculia é o nome usado para se referir à não habilidade de execução de operações matemáticas ou aritméticas. Essa desordem neurológica afeta principalmente a habilidade da pessoa em compreender e mexer com números. Os sintomas de discalculia envolvem a dificuldade em organizar, classificar e realizar operações com números. Ela pode se apresentar em alguns tipos, como:


  • Léxica: dificuldade na leitura e compreensão de símbolos matemáticos, números, expressões e equações;

  • Gráfica: dificuldade para escrever símbolos matemáticos;

  • Verbal: dificuldades em nomear e compreender os conceitos matemáticos apresentados, além dos números, termos e símbolos;

  • Operacional: dificuldade para completar de operações matemáticas escritas e verbais, além dos cálculos numéricos;

  • Ideognóstica: dificuldades na realização de operações mentais e para entender os conceitos da matemática;

  • Practognóstica: dificuldade em traduzir um conceito matemático abstrato para um real. Com a dificuldade na enumeração, manipulação e comparação de objetos.


Dislalia


A dislalia é um distúrbio que afeta a fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras corretamente. Os que sofrem dela costumam trocar as palavras por outras similares na pronúncia, falar de maneira errada, omitindo ou trocando as letras. Um grande exemplo de dislalia está no personagem Cebolinha, do desenho animado Turma da Mônica, em que o distúrbio é marca registrada dele, como trocar a letra “R” pelo “L”. A dislalia pode se apresentar em 4 tipos, que são:


  • Evolutiva: considerada normal em crianças, sendo corrigida gradativamente durante o seu desenvolvimento;

  • Funcional: caracterizada pela substituição de letras durante a fala (um fonema por outro), pela ausência de sons na pronúncia, pelo acréscimo ou inversão de letras nas palavras e por distorções de sons;

  • Audiógena: há a alteração na formação de fonemas em deficientes auditivos, que não conseguem imitar os sons;

  • Orgânica: casos mais graves, que ocorrem em decorrência de uma lesão cerebral e que faz com que a pronúncia seja incorreta.


Disortografia


Quem apresenta esse transtorno também costuma ser afetado pela dislexia. Embora também esteja relacionado à linguagem escrita, é mais amplo do que a disgrafia. Ele consiste na dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da escrita, podendo envolver a falta de vontade de escrever e a dificuldade de leitura. Alguns sintomas da disortografia são:


  • Traçado incorreto da letra;

  • Falta de clareza e lentidão na escrita;

  • Falta de vontade de escrever;

  • Alteração no espaço da letra;

  • Letras inteligíveis;

  • Textos bem reduzidos.


TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)


É uma doença crônica que inclui a dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade. Algumas pessoas podem nascer com o transtorno, enquanto que outras começam a ter os sintomas em alguns episódios específicos, como em momentos de estresse intenso. Geralmente começa a se manifestar na infância e costuma acompanhar a pessoa na vida adulta também. É fator determinando para uma série de problemas, como autoestima baixa, problemas em relacionamentos e dificuldades no ambiente de trabalho ou na escola. Os sintomas mais comuns são:


  • Comportamento agressivo, hiperatividade, inquietação, impulsividade, irritação;

  • Dificuldades de concentração, esquecimento constante e falta de atenção;

  • Ansiedade, raiva e excitação;

  • Sintomas de depressão e dificuldades de aprendizagem acentuadas.



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