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Gestão de pessoas e administração de materiais
Assim como toda organização pública ou privada, as instituições de saúde também necessitam de um bom funcionamento de seus materiais e recursos humanos. Sendo assim, é importante então que se tenha recursos materiais e humanos necessários para que seja proporcionada uma assistência de qualidade e que estes sejam corretamente administrados.
Devido à grande importância, abordaremos neste capítulo sobre a administração de matérias e de gestão de pessoas, o papel do enfermeiro quanto a esses tópicos, definições e informações relevantes que cercam esses assuntos.
Sendo assim, começaremos com a Administração de Materiais e suas principais noções para o conhecimento do enfermeiro.
Administração de Materiais
A definição de Administração de Materiais, nas instituições de saúde, contempla coordenar todas as atividades necessárias para que assim seja possível garantir o abastecimento de todos os ambientes dessa organização. Para isso, é importante realizar com o menor custo possível e de forma que a prestação de seus serviços não sofra impactos negativos aos clientes ou pacientes.
A Administração de Materiais envolve, majoritariamente, a totalidade dos fluxos dos materiais de uma organização, compreendendo:
- A programação;
- A compra;
- A recepção; O armazenamento (localizado no almoxarifado);
- A movimentação desses materiais;
- O transporte interno deles;
- O armazenamento no depósito de produtos acabados
A Importância da Administração de Materiais
Recursos materiais são imprescindíveis para o funcionamento de qualquer tipo de organização, seja de serviços ou de fabricação, com objetivo de obter lucro ou não, e constituem fator que possibilita o alcance dos objetivos propostos por essas organizações.
Segundo Kurcgant (1991), tais recursos representam cerca de 75% do patrimônio das instituições hospitalares e 30 a 45% dos gastos das instituições com materiais.
Paralelo a isso, estima-se que em uma organização hospitalar geral de ensino, com 300 leitos aproximadamente, ou seja, um hospital de grande porte, trabalha com aproximadamente 2.500 materiais de consumo destinados para a assistência à saúde. Com isso, tais materiais representam uma média de 1.500.000 unidades consumidas todos os meses, o que pode gerar um custo anual de, aproximadamente, R $4.000.000,00.
Portanto, os gastos provenientes de recursos materiais têm representado uma parcela importante do orçamento dessas instituições, e para que não haja falta de material (prejudicando a assistência à saúde) nem excessos (elevando custos desnecessários) os materiais devem possuir suas qualidades e quantidades planejadas previamente e controladas.
O papel do enfermeiro para a Administração de Materiais
Os enfermeiros, ao prestarem a assistência à saúde utilizem recursos materiais, possuem a competência e deveres pela administração dos materiais em suas unidades de trabalho, podendo chegar através da determinação do material necessário para a realização da assistência seja na configuração qualitativa como também no quantitativa, na definição das especificações técnicas, na atuação no processo de compra, na organização, no controle e avaliação desses materiais.
Sendo assim, o papel do enfermeiro é preponderante no que tange a determinação do material necessário à consecução da assistência.
Segundo Castilho e Gonçalves (2014), um papel relevante que o enfermeiro desempenha é no gerenciamento desses recursos materiais que consiste em saber e acompanhar a utilização de materiais da unidade sob sua responsabilidade. Além disso, é de extrema importância que o enfermeiro esteja atualizado constantemente no que se refere às tecnologias e produtos que são lançados no mercado, ponderando sempre o custo-benefício da utilização de um novo produto e o impacto de novas tecnologias para assistência, com o objetivo de garantir a qualidade da assistência prestada.
Entretanto, o enfermeiro deve ter a atenção de não transformar a administração de materiais desenvolvida por ele em uma atividade de caráter burocrático que visa exclusivamente à manutenção das prioridades financeiras da instituição, mas sim como uma conquista que realça o importante papel que o enfermeiro desempenha na dimensão técnico administrativa, que faz parte dos processos do cuidado e da gerência.
Assim, pode-se concluir que as atividades de gerência de recursos materiais desempenhada pelos enfermeiros devem ter como objetivo o aperfeiçoamento da assistência à saúde de indivíduos e comunidade, assim como as condições de trabalho das equipes de enfermagem e de saúde.
Objetivos da Administração de Materiais
Os objetivos da Administração de Recursos Materiais nas instituições de saúde podem ser divididos em primários e secundários:
- Primários: alcançar custos baixos de aquisição, de manutenção, de reposição e de mão de obra; promover a rotatividade de estoques, estimular o aperfeiçoamento e treinamento do corpo de funcionários; possibilitar a continuidade de fornecimento; garantir a qualidade dos materiais que foram e serão adquiridos; promover boa relação com os fornecedores, assim como bons registros e cadastros; realizar a padronização, otimização do atendimento, maximização de retornos, e centralização de atividades.
- Secundários: garantir harmonia interdepartamental, economia, reciprocidade, atualização e melhoria da qualidade.
Com isso, a finalidade da Administração de Materiais equivale a coordenar as atividades que garantam o fornecimento das necessidades da instituição, com qualidade e em quantidades adequadas, no tempo correto e ao menor custo provável, através da compra, armazenamento, distribuição e controle.
- Materiais permanentes: são aqueles que não serão estocados, ou que permitem apenas uma estocagem temporária ou transitória, apresentando assim um tempo de vida útil igual ou maior a dois anos constituem o patrimônio da instituição, como por exemplo, mobiliários, equipamentos, instrumentais e outros.
- Materiais de consumo: são aqueles estocados e com o uso acabam por perder as suas propriedades, tendo uma duração de, no máximo, dois anos como, por exemplo, esparadrapos, extensão para oxigênio, inaladores, seringas, agulhas e outros,
Etapas da Administração de Materiais em enfermagem
- Previsão de materiais em enfermagem
De maneira geral, prever tem por significado “conhecer com antecipação”, por outro lado, a previsão de materiais nas unidades de enfermagem consiste em realizar um levantamento das necessidades e exigência da unidade de enfermagem, identificando assim a quantidade e a especificidade deles para suprir essas demandas.
E para acontecer essa função em uma unidade de enfermagem, o enfermeiro deve definir por meio de um levantamento as necessidades de recursos, distinguindo a quantidade e a especificidade deles. Além da quantidade e da especificidade dos materiais necessários, o enfermeiro ao realizar a previsão deve levar em conta também: a especificidade da unidade; as características da clientela; a frequência no uso dos materiais, o número de leitos na unidade; o local de guarda; a durabilidade do material e a periodicidade da reposição do material.
Em suma, a previsão é definida como um levantamento das necessidades da unidade de saúde, identificando a quantidade e a especificidade para o suprimento devido.
- Provisão de materiais em enfermagem
- Organização e armazenamento de material
Após realizar a previsão e provisão dos materiais, é necessário que haja um estudo que identifique em quais locais e de que forma estes materiais serão distribuídos, armazenados e por fim estocados.
Segundo a definição de Gama (1997), “armazenar ou estocar materiais é dispor de forma racional e técnica cada produto em seus depósitos (almoxarifado). O material deve ser acondicionado em estantes, armários, estrados, prateleiras, gavetas ou em pilhas seguindo normas técnicas para evitar riscos de queda, achatamento, deterioração, perda e outros”. Ou seja, a organização consiste na forma em que o enfermeiro irá dispor desses materiais em sua unidade.
Tratando-se da forma geral de realizar o material, é importante seguir algumas recomendações:
- Observar se há facilidade de visualização para os colaboradores;
- Evitar riscos de contaminação, seja poeira, umidade, luz ou outros;
- Assegurar a facilidade de realização de inventários, reposição e controle;
- Proporcionar rigoroso controle;
- Facilitar à equipe de enfermagem o acesso aos materiais conforme as necessidades do Serviço de Enfermagem.
- Evitar ao máximo o sub-estoque e a guarda descentralizada, o que pode dificultar o controle e favorecer o desvio.
- Controle
- Através do método ABC que classifica os materiais segundo custo para a instituição;
- Empregando o sistema de troca/reposição;
- Por meio do uso de cadernos com o número de patrimônio e quantidade;
- Utilizando fichas técnicas e atualmente o uso do computador.
- Manutenção de materiais
- Competências de um enfermeiro para bom gerenciamento de recursos humanos:
1. Planejar e traçar metas juntamente com os membros dos grupos – Aprender a solucionar as problemáticas que surgem ao longo do trabalho é imprescindível para que se consiga alcançar resultados palpáveis nas unidades de saúde, e fazer isso atrelado aos membros da equipe proporciona uma relação de parceria que ultrapassa a individualidade e superioridade.
2. Comunicação como ponto central – Para que uma organização seja feita de forma eficaz é necessário comunicar-se visando estabelecer metas, identificar soluções e sincronizar as energias para um bom funcionamento de equipe. Este direcionamento permite que o enfermeiro alinhe informações, orientações e decisões que circundam o processo de cuidar do outro
3. Saber gerir conflitos – Para ser experiente nesse ponto é necessário conhecer as pessoas com quem você trabalha, dessa forma as diferenças entre elas serão exaltadas e respeitadas. Nesse momento é importante que a confiança esteja presente no meio para que os conflitos possam ser solucionados por você de forma mais branda e com segurança.
4. Liderança – Possuir espírito de liderança abarca todos os pontos anteriormente citados, ser líder é caminhar lado a lado com todos os colegas de trabalho de forma a incentivar a capacidade e trabalho deles. Planejar, organizar e dirigir recursos humanos não é uma tarefa fácil, dessa forma é necessário muito desempenho e compromisso com este objetivo.
Um enfermeiro que gere pessoas deve entender sobre a tabela de distribuição percentual dos profissionais de enfermagem (SCP):
Este artigo pertence ao Curso Básico de Administração em Enfermagem
Curso GRÁTIS sem mensalidade, sem taxa de matrícula.COMENTÁRIOS
5.0
12.743 AvaliaçõesPERFEITO. MUITO BOM.
muito bom
Complemento para técnico em enfermagem
Muito bom
Prezado,a ferramenta que o curso se propõe é certamente coerente com a aplicabilidade prática do mesmo.Estou feliz em absorver mais está metodologia de aprendizado.
PERFEITO. MUITO BOM.
Bom
muito bom
Um curso pra aumentar meu conhecimento, pois sou técnico enfermagem.
Complemento para técnico em enfermagem
Muito show gostei bastante
Muito bom