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ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE

Alimentação do Lactente



A alimentação do recém-nascido deve proporcionar crescimento e desenvolvimento aperfeiçoando os órgãos, sistemas e aparelhos do corpo, além de atuar na prevenção de doenças em curto e longo prazo (anemia, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis).

O leite humano atende a essas necessidades, pois, além de conter um conjunto de nutrientes, possui substâncias com atividades protetoras e imunomoduladoras.

A recomendação da OMS é a de que a alimentação por meio do leite materno aconteça exclusivamente até os seis meses de vida. Após esse período, deve haver a introdução de alimentos complementares e a amamentação deve ser mantida até os dois anos de idade ou mais.

O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (MS/OPAS) indicam, para crianças menores de dois anos de idade, dez passos para a alimentação saudável:

▪ Passo 1: oferecer exclusivamente leite materno até os seis meses. Não se deve oferecer água, chás ou outros alimentos.


▪ Passo 2: introduzir de forma lenta e gradual, a partir dos seis meses de vida, outros alimentos. Mas, o leite deve ser mantido até os dois anos de idade ou mais.


▪ Passo 3: Após os seis meses oferecer alimentos complementares, como cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), três vezes ao dia (se a criança ainda receber leite materno) ou cinco vezes ao dia (se a criança estiver desmamada).


▪ Passo 4: A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, obedecendo a vontade da criança.


▪ Passo 5: A alimentação complementar deve ser espessa e dada sem colher. Inicia-se com uma consistência pastosa (papas/purês) e aos poucos deve-se aumentar a consistência até alcançar a alimentação da família.


▪ Passo 6: Oferecer uma alimentação variada e colorida ao longo do dia.


▪ Passo 7: Oferecer diariamente frutas, verduras e legumes.


▪ Passo 8: Evitar oferecer açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos, entre outros, nos primeiros anos de vida. O sal também deve ser inserido na alimentação com moderação.


▪ Passo 9: A família deve estar atenta à higiene durante o preparo e manuseio dos alimentos, além de armazená-los corretamente.


▪ Passo 10: Quando doente, deve-se incentivar a criança a se alimentar oferecendo sua alimentação costumeira e seus alimentos preferidos, respeitando sua aceitação.


Aleitamento Materno



A nomenclatura proposta pela OMS é a seguinte:


▪ Aleitamento materno exclusivo: a criança recebe somente leite materno (diretamente da mama ou leite humano ordenhado). Não há oferecimento de nenhum outro líquido ou sólido (com exceção de medicamentos).


▪ Aleitamento materno predominante: o lactente recebe água ou bebidas à base de água, além do leite materno. Por exemplo: sucos de frutas e chás.


O aleitamento deve ser iniciado ainda na sala de parto. O bebê deve mamar sempre que quiser, ou seja, sem estabelecimento de horários fixos. Após esvaziar o primeiro peito, a mãe deve oferecer-lhe o segundo, pois o completo esvaziamento da mama assegura a manutenção do estímulo de produção do leite.


Alimentos complementares

Após os seis meses de idade a amamentação por si só já não supre todas as necessidades nutricionais. A alimentação complementar se faz necessária e ela consiste em todo o alimento que é oferecido durante o período de aleitamento.


A partir dessa idade, a maior parte das crianças atingem estágio de desenvolvimento com maturidade fisiológica e neurológica facilitando a ingestão de alimentos semi-sólidos. Também já são capazes de produzir enzimas digestivas em quantidades suficientes para receber alimentos além do leite materno.

Os alimentos ingeridos pela família devem ser dados à criança em forma de papa, num momento inicial. Posteriormente, devem ser oferecidos em pequenos pedaços e, após os doze meses, a consistência poderá ser a mesma que a ingerida pela família.


O leite de vaca integral não é recomendado antes dos dozes meses de vida, pois é pobre em ferro e zinco. Estima-se que para cada mês de uso do leite de vaca a partir do quarto mês de vida há uma queda de 0,2 g/dL nos níveis de hemoglobina da criança.


A ingestão de carboidratos em excesso, especialmente os simples, e lipídeos gera predisposição de doenças crônicas futuras, que é o caso da obesidade e diabetes.

O consumo excessivo de proteínas em fases iniciais da vida também pode acarretar no desenvolvimento da obesidade.

Oferecer água potável é muito importante para que os alimentos não sobrecarreguem os rins do lactente.



Este artigo pertence ao Curso de Obesidade na Infância e na Adolescência

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