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ALZHEIMER
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e interação social e interferindo no comportamento e na personalidade da pessoa.
O paciente pode até lembrar com precisão de acontecimentos de anos atrás, mas esquece que acabou de fazer uma refeição. À medida que a doença evolui, o Alzheimer causa grande impacto no cotidiano da pessoa, afetando a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem.
A pessoa torna-se cada vez mais dependente da ajuda de terceiros, até mesmo para rotinas básicas, como higiene pessoal e alimentação. É a causa mais comum de demência, na qual as células cerebrais se degeneram e morrem. A principal consequência é o declínio progressivo da memória e das funções mentais.
A gravidade da doença varia desde o estágio mais leve, que afeta o funcionamento da pessoa, até o mais grave, no qual o indivíduo depende completamente de outros para as atividades diárias básicas. No Brasil, as estatísticas indicam que 6% dos idosos têm Alzheimer. Seus estágios podem ser descritos da seguinte forma:
- Inicial: o estágio inicial raramente é notado. Parentes e amigos frequentemente veem os sinais como parte normal do envelhecimento. Como o início da doença é gradual, é difícil determinar quando ela começa. A pessoa pode ter problemas de linguagem ou perda de memória, não saber a hora ou o dia da semana, se perder em locais familiares, apresentar mudanças de humor, ficar inativa ou desmotivada. Outros sintomas comuns incluem reações de raiva incomum e perda de interesse por hobbies e outras atividades.
- Intermediário: as limitações tornam-se mais claras e severas, incluindo dificuldades nas atividades cotidianas. A pessoa se torna desmemoriada e não consegue gerenciar a própria vida sem dificuldades, deixando de cozinhar, limpar ou fazer compras. Pode depender de um cuidador, necessitando de ajuda até mesmo para a higiene pessoal. A fala torna-se dificultada, surgem problemas de comportamento, desorientação frequente (tanto dentro quanto fora de casa) e possíveis alucinações.
- Avançado: é o estágio de total dependência e inatividade. Os distúrbios de memória tornam-se graves, e os sintomas físicos da doença se tornam mais evidentes. A pessoa tem dificuldades para comer, caminhar e compreender o que ocorre ao seu redor. Não consegue se comunicar, reconhecer objetos e pessoas próximas, encontrar o caminho de volta para casa e pode apresentar comportamentos considerados inapropriados em público, além de incontinência fecal e urinária. Normalmente, o paciente fica confinado a uma cadeira de rodas ou à cama.
Além dos estágios, é importante compreender a classificação em dois tipos de Alzheimer. O tipo precoce manifesta-se entre os 40 e 50 anos, enquanto o tardio ocorre após os 65 anos, sendo o mais frequente. Mas, o que causa o Alzheimer?
Na maioria das pessoas, a doença resulta de uma combinação de fatores genéticos, estilo de vida e ambientais que afetam o cérebro ao longo do tempo. As causas exatas ainda são desconhecidas, mas os efeitos da doença deixam marcas profundas no paciente.
Entre os fatores de risco estão a idade, histórico familiar (genética), comprometimento cognitivo leve, estilo de vida e saúde do coração. Felizmente, existem medicamentos fornecidos pelo SUS para o tratamento do Alzheimer, mas eles ainda não impedem a progressão da doença.
Portanto, os medicamentos são administrados apenas para amenizar ou reduzir os efeitos, incluindo os distúrbios de comportamento.
Como cuidar de alguém com Alzheimer?
Cuidar de alguém com Alzheimer requer paciência, carinho e atenção, além de proporcionar uma sensação de vitalidade à pessoa. Aqui estão algumas dicas que podem ser úteis:
1 - Estabeleça uma rotina diária
Manter horários consistentes para atividades como refeições, banhos e sono proporciona segurança e previsibilidade ao paciente.
2 - Mantenha-os fisicamente ativos
A prática regular de atividade física pode ajudar a retardar as mudanças cognitivas e melhorar o humor. O movimento beneficia as articulações, os músculos e o coração.
3 - Mantenha-os mentalmente ativos
Exercícios mentais também podem ajudar a retardar as mudanças cognitivas. Sempre que possível, permita que os idosos realizem atividades por conta própria, como escovar os dentes, tomar banho e executar tarefas domésticas. Incentive a leitura e atividades que desafiem o raciocínio, como montar quebra-cabeças.
4 - Promova uma alimentação nutritiva
O idoso pode apresentar uma redução no interesse por comida, mas é fundamental garantir uma nutrição balanceada sempre que possível. Ao planejar as refeições, inclua alimentos que favoreçam a saúde cognitiva, como vegetais de folhas verdes, grãos integrais, peixes e aves. Procure evitar frituras, carne vermelha e açúcar.
5 - Sempre ofereça opções
Uma pessoa com Alzheimer pode ter dificuldade em expressar suas preferências, mas muitas vezes ainda é capaz de fazer escolhas. Mantenha as opções simples, como pedir que escolha entre duas roupas, decidir entre macarrão ou arroz, ou escolher se prefere sentar ao ar livre ou dentro de casa, entre outras situações semelhantes.
6 - Promova a boa Higiene
A baixa autoestima pode impactar negativamente o humor, por isso é importante ajudar a manter os hábitos de higiene da pessoa. Isso envolve banho, cuidado com a higiene bucal e pentear os cabelos.
7 - Seja paciente
O idoso pode demorar bastante para completar tarefas, como tomar banho ou comer. Esforce-se para manter a paciência e evitar a frustração. A dificuldade em realizar cuidados pessoais é algo desconfortável e constrangedor para ele.
8 - Foco na comunicação
Uma pessoa com Alzheimer pode ter dificuldade em encontrar as palavras certas para se expressar. Isso pode resultar em sentimentos de raiva, frustração e cuidados inadequados, caso ela não consiga comunicar como se sente. Aqui estão algumas dicas para melhorar a comunicação com alguém que tem Alzheimer.
O que fazer:
- Mantenha respostas e instruções simples e objetivas.
- Dê tempo para que a pessoa processe as informações.
- Seja paciente e, se necessário, repita as instruções.
- Redirecione a conversa para evitar discussões.
- Use o humor para aliviar a tensão.
O que evitar:
- Não discuta nem se irrite excessivamente.
- Não pressione para que completem uma tarefa.
- Não leve suas ações para o lado pessoal, pois a demência pode alterar o humor e o comportamento.
- Não os subestime ou menospreze.
- Não grite.
- Evite perguntas abertas; prefira oferecer opções.
9 - Esteja preparado para o fenômeno conhecido como ‘pôr do sol’
Pôr do sol trata-se de um período de inquietação, irritabilidade e confusão que tende a piorar no final da tarde e início da noite. O idoso pode andar pela casa ou de um lado para o outro durante a noite, o que pode ser um desafio para os cuidadores, pois esse comportamento geralmente prejudica o sono.
Para lidar com essa situação, mantenha uma rotina de sono consistente e previsível. É útil aumentar as atividades pela manhã, limitar cochilos à tarde e evitar o consumo de cafeína próximo ao horário de dormir.
10 - Garanta que a casa esteja segura
Adote medidas para prevenir quedas e outros acidentes. Por exemplo, peça que os familiares coloquem carpete ou fitas antiderrapantes nas escadas. Sugira a instalação de travas nos armários e tampas nas tomadas. Remova tapetes pequenos e recomende a colocação de barras de apoio no chuveiro e um tapete antiderrapante.
11 - Saiba identificar quando é preciso pedir ajuda
Se você for o único cuidador e estiver enfrentando dificuldades para cuidar do paciente sozinho, converse com os familiares sobre as suas experiências e desafios. Isso permitirá que juntos encontrem maneiras de tornar o cuidado mais fácil, seja adaptando a casa ou adicionando recursos que auxiliem no dia a dia.
Este artigo pertence ao Curso Cuidador de Idosos
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