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ANGELOLOGIA
Ao nosso redor, há um mundo espiritual poderoso, populoso e de recursos superiores ao mundo visível. Bons e Maus espíritos passam em nosso meio com grande rapidez e movimentos imperceptíveis. Alguns deles se interessam pelo nosso bem estar, outros estão empenhados em fazer-nos o mal.
A palavra de Deus deixa claro que há outra classe de seres superiores ao homem. Eles habitam os céus e formam os exércitos celestiais, a inumerável companhia dos servos invisíveis. Esses são os anjos de Deus, sujeitos ao governo divino cujo papel desempenhado na história da humanidade torna-os merecedores de referência especial.
Existem também aqueles, pertencentes à mesma classe de seres, que anteriormente foram servos de Deus mas que agora se encontram em atitude de rebelião contra seu governo. A Angelologia ou angeologia é um ramo da teologia que estuda os anjos. Esta doutrina segue logicamente a de Deus, pois os anjos são os ministros de Sua providência.
Essa doutrina permite-nos conhecer a origem, existência, natureza, queda, classificação, obra e destino dos anjos. Como os Pais da Igreja (com exceção de Orígenes de Alexandria) não demonstravam interesse especial pela natureza dos anjos, pode-se dizer que as bases das doutrinas angelológicas ocidentais foram formuladas por Santo Agostinho no século IV.
O que são anjos?
Segundo Santo Agostinho, os anjos teriam uma natureza puramente espiritual e livre. Ele definiu as funções que estes seres celestes seriam responsáveis pela glorificação de Deus e transmissão da vontade divina. Os anjos estariam voltados tanto para o mundo espiritual quanto para o mundo visível, no qual interviriam com certa frequência.
Para Agostinho, os homens e os anjos tinham semelhanças notáveis, tendo ambos sido criados à imagem de Deus. Ademais, seriam criaturas inteligentes, porém imateriais e os homens feitos de matéria. Mais tarde, Gregório Magno acrescentou algumas noções angelológicas ao pensamento agostiniano.
Segundo ele, o homem teria como função ocupar no Céu os lugares abandonados por anjos caídos. Gregório Magno também foi responsável por introduzir no Ocidente a lista dos nove coros celestes (serafins, querubins e tronos, dominações, potestades e virtudes, principados, arcanjo e anjos).
No começo do século IX d.C., o texto "A Hierarquia Celeste", atribuído a Dioniso, o Areopagita, consolidou a noção de hierarquia angelical. No século XI, o pensamento teológico sobre os anjos sofreu mudanças. Santo Anselmo rejeitou as relações de causalidade entre a queda dos anjos e a criação de Adão.
A teologia de São Bernardo conferiu aos anjos papel essencial na ascensão mística, uma vez que esses seres celestes seriam responsáveis por preparar a alma para a visão de Deus. Nessa época, emerge a figura do anjo da guarda individual. No século XV, a devoção aos anjos da guarda individuais se torna regra.
Ademais, a teologia passa a se ocupar desse aspecto da essência angelical. A teologia dos anjos sofre importantes mudanças e é retomada por pensadores como Vicente Ferrer, João Gerson e Ludolfo da Saxônia. Hoje, as diferentes denominações tem diferentes tratamentos e níveis de atenção dados a doutrina.
Enquanto algumas igrejas os reverenciam e os admiram, outras evitam o tópico, associando-os a idolatria e desvio de foco de atenção, mentiras, falsos sinais, e desordem de culto. Dentre os anjos, normalmente são classificados como bons ou maus, fiéis ou rebeldes, também chamados de anjos caídos, e de demônios.
Estes são extremamente mal vistos na maioria das denominações, postos como inimigos de Deus e do seu povo. A teologia pentecostal de algumas igrejas tem classificado anjos como seres sem sentimento ou livre arbítrio, como já tendo-o usado e agora não podendo tomar mais decisões próprias, sendo os fiéis principalmente mensageiros.
Também não entram em contato com o ser humano, salvo em raras exceções. O desejo de salvar anjos caídos teve pouco estudo até hoje, sendo um dos que creram nessa hipótese Orígenes. Atualmente, há poucos pastores que concordam com a possibilidade de conversão de anjos caídos.
A existência dos anjos é claramente demonstrada pelo ensino, tanto do Antigo, quanto do Novo Testamentos.
a) Estabelecida pelo Ensino do Antigo Testamento
São inúmeros os textos do AT que comprovam a realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que se seguem: Gn 32:1,2; Jz 6:11ss; 1Rs 19:5; Ne 9:6; Jó 1:6; 2:1; Sl 68:17; 91:11; 104:4; Is 6:2,3; Dn 8:15-17
b) Estabelecida pelo Ensino do Novo Testamento
No contexto do NT, os anjos não são apresentados simplesmente como “mensageiros de Deus”, mas também como “ministros aos herdeiros da salvação” (Hb 1:14). Outrossim, a existência dos anjos é apresentada de maneira inequívoca no NT.
Este artigo pertence ao Curso Teologia Básica
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