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CLASSIFICAÇÃO DOS BRINQUEDOS POR CATEGORIAS DE USO E FAIXA ETÁRIA

Os brinquedos são classificados conforme sua produção (artesanal ou industrializado), ao gênero humano (meninos e meninas); ao espaço para utilização (recintos fechados ou abertos), seguindo ordem alfabética, entre outros. 


Cada qual é atribuído valores de ordem funcional (qualidades intrínsecas e segurança), valor experimental (aprendizagem fornecida às crianças), valor da estruturação (estímulo a formação da personalidade, a imaginação, com projeção, transferência ou limitação) e valor de relação (as relações sociais, com presença de regras), sendo que o brinquedo obtém um fator dominante que servirá de indicação para sua classificação.


Quanto aos brinquedos indicados para cada faixa etária, podemos listar a seguinte classificação: 


  • 0 a 5 meses

A criança já reage aos sons a partir do primeiro mês e no segundo mês, já consegue seguir objetos com os olhos.


Com três meses, descobre o mundo, passa a reconhecer os pais e tudo passa a ser levado a boca. As indicações são:

  • os chocalhos,

  • brinquedos musicais com sons moderados,

  • mordedores,

  • brinquedos de berço,

  • móbiles,

  • livrinhos de pano ou plástico,

  • bolas com texturas diferentes para serem agarradas com as duas mãos.


  • 6 meses a 1 ano

O bebê começa a reconhecer cores e precisam de incentivo para sentar e engatinhar.

  • Brinquedos flutuantes (patinhos de borracha que boiam na água),

  • cubos que tenham guizos embutidos ou ilustrações,

  • caixas ou brinquedos que se encaixam uns dentro dos outros,

  • argolas empilháveis,

  • brinquedos para martelar,

  • empilhar e desmontar,

  • brinquedos eletrônicos de aprendizado,

  • mesa pequena com cadeirinhas na altura em que a criança possa alcançar os pés corretamente no chão,

  • telefone de brinquedo,

  • espelhos,

  • brinquedos que emitem sons por meio de botões de apertar, girar ou empurrar.


  • 1 a 2 anos

Nesta fase a criança precisa aprimorar seu equilíbrio e passa a ter noção de tamanho. Os brinquedos devem ter cores vivas e não podem ser tóxicos.

  • Brinquedos de variadas texturas (estimulam os sentidos da visão, da audição e do tato),

  • bonecas de tecido e bichos de pelúcia feitos de materiais atóxicos,

  • livros e álbuns de fotografia com ilustrações dos familiares e objetos conhecidos,

  • brinquedos de empurrar ou puxar,

  • brinquedos de montar e desmontar.


  • 2 a 3 anos

As crianças passam a identificar cores primárias e formatos. Nesta idade deve-se ensinar a criança a organizar e recolher os brinquedos.

  • Bolas,

  • muitos blocos de brinquedos para empilhá-los e colocá-los dentro de caixas,

  • brinquedos de encaixar e desmontar,

  • brinquedos musicais,

  • carrinhos,

  • bonecas,

  • cavalinho de balanço,

  • brinquedos para praia ou piscina,

  • brinquedos de equilibrar um em cima do outro.


  • 3 a 4 anos

A criança aperfeiçoa a fala e a coordenação, a memória, o raciocínio e passa a ter noção de causa e consequência.

  • Triciclo,

  • carrinho grande de puxar,

  • aviões,

  • trenzinhos,

  • brinquedos infláveis,

  • bolhas de sabão,

  • caixas de areia com pás e cubos,

  • cabaninhas,

  • casas de bonecas,

  • ferramentas de brinquedos,

  • massinha de modelar,

  • objetos domésticos,

  • fantasias,

  • máscaras,

  • fantoches,

  • instrumentos musicais de brinquedo como pandeiros,

  • pianinhos,

  • trombetas e tambores,

  • brinquedos de montar e desmontar mais complicados,

  • blocos de formas e tamanhos variados,

  • jogos e quebra-cabeças simples,

  • lápis de cor e papel para desenhar (círculos, bonecos, enumerar os elementos de uma ilustração, colorir), livros com diferentes ilustrações e histórias alegres.


  • 4 a 6 anos

É importante apostar nos brinquedos que estimulem o raciocínio. Esta é a fase do mundo imaginário, a criança está desenvolvendo sua criatividade e os brinquedos nesta fase devem auxiliar a criança a entrar no mundo da fantasia, por exemplo:

  • dinheirinho de brinquedo,

  • caixa registradora,

  • casas de boneca com móveis,

  • telefone,

  • cidadezinhas,

  • circos,

  • fazendas com animais,

  • materiais de papelaria,

  • postos de gasolina,

  • meios de transporte (caminhões, automóveis e pistas, motos, aviões, trens elétricos, barcos e tratores),

  • instrumentos musicais e eletrônicos,

  • jogos.


Nesta idade, a criança começa a sentir o que chamamos de medos infantis, como o medo do escuro, as bruxas, o bicho papão e outras coisas feias que impedem que a criança durma, desta forma recomendamos uma boneca ou um ursinho de pelúcia, que tem a função de ajudar as crianças a superarem esta fase.


  • Acima de 6 anos

Esta fase pede brinquedos que estimulem a criatividade, raciocínio lógico, imaginação, conceitos matemáticos e etc.

  • Jogos de tabuleiro

  • bolinhas de gude

  • pipas

  • carros de corrida

  • trens elétricos

  • argila para modelar

  • pincel

  • brinquedos de mágica

  • artigos esportivos

  • bicicletas

  • patins

  • skate

  • jogos eletrônicos e de memória

  • videogames

  • patinetes

  • futebol de botão

  • laptops

  • brinquedos colecionáveis

  • chaveiros

  • brinquedos eletrônicos

  • jogos de cartas

  • kits

  • pistas de carrinhos

  • quebra-cabeças


Segundo especialistas da arte do brincar, os jogos, brinquedos e brincadeiras podem ser classificados de acordo com as competências que os mesmos desenvolvem nos participantes. Sabe-se que durante as brincadeiras, crianças, adolescentes e até mesmo os adultos passam por sentimentos variados, que podem ou não causar-lhes sensações desagradáveis, necessárias de serem superadas.


O aspecto positivo disso é que aprendem a lidar com sentimentos que não estão acostumados, como as pequenas frustrações, as perdas e as derrotas. As crianças brincam dependendo do estágio de desenvolvimento em que se encontram, segundo observado por Jean Piaget, que aparecem na seguinte ordem, podendo variar a idade de criança para criança: sensório-motor, de zero a dois anos de idade; pré-operatório, de dois a sete anos; operatório concreto, dos sete aos onze anos e operatório formal, a partir dos doze anos.


No aspecto social, os brinquedos podem ser classificados como instrumentos que envolvem mais de dois participantes, onde os mesmos devem seguir determinadas regras e combinados preestabelecidos, para sua execução. Através desses, proporcionam o respeito ao próximo, a compreensão do outro, dos limites que devem ser respeitados, das negociações que podem ser feitas. Alguns deles são: xadrez, dama, dominó e outros jogos de tabuleiro.


Os jogos de faz de conta são ótimos instrumentos para se desenvolver a imaginação e o potencial criativo das crianças, através da experiência com diferentes personagens e papéis que desempenham durante as brincadeiras. Esses momentos favorecem a compreensão da realidade. Faz de conta é brincar de médico, de casinha, de circo, de super-herói, príncipe e princesa, desenhar, etc.


Existem alguns jogos considerados exploratórios, onde são explorados diferentes sons, formas, texturas, cores e outras sensações. Os mesmos servem de base para o desenvolvimento de outras tantas habilidades, como as artísticas. Para isso, os brinquedos devem ser: chocalhos e outros instrumentos musicais, caixas de empilhar, jogos de encaixar, dentre outros.


As habilidades específicas podem ser trabalhadas em brincadeiras com objetivos simples. Arremessar uma bola dentro de uma cesta, acertar uma pedra dentro de uma bacia pequena, construir castelo e cidade com toquinhos, montar quebra cabeça, etc, são formas de auxiliar o desenvolvimento dessas habilidades. 


Os jogos classificam-se como ativos quando são utilizadas habilidades corporais como saltar, correr, chutar, engatinhar, rolar, subir, dentre outras. Através desses, as habilidades motoras vão se desenvolvendo, dando maior destreza corporal ao sujeito. Além dessas, segundo o ICCP (Centro Nacional de informação sobre o Brinquedo), a partir de 1981, os brinquedos são classificados da seguinte forma: funcionais, experimentais, de estruturação e de relação.


Podem ser considerados funcionais à medida que se adaptam ao corpo da criança, tanto pela forma como pelo tamanho. Os experimentais são os que promovem diferentes possibilidades, ou seja, o que a criança pode fazer com os mesmos. Os de estruturação são aqueles que auxiliam no desenvolvimento do equilíbrio emocional dos pequenos, na estruturação de sua personalidade e nas suas relações afetivas. Já os de relação são os que auxiliam os relacionamentos entre a própria criança e o brinquedo, e desta com outras pessoas, sejam crianças ou adultos.



Este artigo pertence ao Curso de Brinquedoteca e Aprendizagem Infantil

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