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Conceitos Básicos para a Prática da Farmácia

A farmácia tem o seu próprio vocabulário, que a princípio, pode ser um pouco confuso, devido a grande quantidade de terminologias, entretanto, com bastante dedicação e esforço, é possível compreender a diferença entre os termos.

Nesse curso, você aprenderá os conceitos básicos mais utilizados na área de farmácia, e essas serão a sua base para compreender a linguagem utilizada nesses estabelecimentos.

Por isso, preste bastante atenção nesse capítulo!

Vamos às definições:

  • Droga

As drogas são caracterizadas como qualquer substância química capaz de produzir efeitos farmacológicos. Em outras palavras, capaz de promover alterações em um sistema biológico.

Vale salientar que alimentos não podem ser classificados como drogas.

  • Remédio

Remédio se refere a qualquer procedimento que possa ser usado para tratamento de patologias, para curar doenças ou aliviar dores e desconfortos.

É comum que as pessoas associem o termo remédio para se referir a medicamentos, entretanto, não se restringe somente a isso.

Um remédio pode ser uma compressa de gelo, chá, repouso, fisioterapia, terapia, acupuntura, entre outras vias.

  • Fármaco

O fármaco é a substância pura da formulação do medicamento. Essa é a parte responsável pelo efeito terapêutico quando administrada a um organismo.

Os fármacos têm as mais diversas origens, podendo ser extraído de organismos vivos, como plantas e animais, para em seguida serem purificados ou serem formados em laboratório através de técnicas da química sintética.

  • Medicamento

O medicamento é um produto farmacêutico final que contém um ou mais fármacos, além de várias outras substâncias com funções as mais diversas.

Essas outras substâncias geralmente são excipientes que servem como conservantes, secantes, agentes de revestimentos ou agregantes.

Vale salientar que essas outras substâncias contribuem para o efeito farmacológico.

Então por exemplo, o medicamento Diovan® é utilizado como anti-hipertensivo, na forma de comprimidos tem na sua composição:

  • 40 mg de valsartan
  • celulose microcristalina
  • crospovidona
  • dióxido de silício coloidal
  • estearato de magnésio
  • hipromelose, dióxido de titânio
  • macrogol, óxido de ferro vermelho
  • óxido de ferro amarelo
  • óxido de ferro preto

De todas as substâncias contidas no comprimido de Diovan®, apenas o valsartan responde pelo efeito anti-hipertensivo.

No processo de fabricação, somente o valsartan não é suficiente para manter a sua forma de comprimido.

Dessa forma, todas as outras secundárias presentes, oferecem suporte para que o valsartan se mantenha na forma farmacêutica desejada, e que, ao chegar no organismo do paciente, possa atingir o seu alvo com a biodisponibilidade apresentada nos testes clínicos.

Vale lembrar que essas outras substâncias não apresentam efeito farmacológico.

Então, como podemos observar, o medicamento é a junção do fármaco com os excipientes, para formar o produto desejado pela indústria.

  • Nome químico

O nome químico é utilizado pelos medicamentos genéricos, já que estes não podem ser vendidos com o nome comercial.

Dessa forma, as caixas contam com a denominação química do princípio ativo.

Então, por exemplo, o nome comercial Rivotril é utilizado pela Roche para denominar o medicamento que tem como princípio ativo o clonazepam (nome químico).

Todos os outros laboratórios que copiarem o Rivotril para a geração de um genérico, só podem utilizar a denominação clonazepam na caixa.

  • Forma farmacêutica

A forma farmacêutica se refere à apresentação física do medicamento. A forma física pode ser classificada como:

  1. Sólida: comprimidos, cápsulas, drágeas, pós, supositórios, pastilhas etc.
  2. Semissólida: cremes, pomadas, pastas, géis, geleias etc.
  3. Líquida: soluções, suspensões, xampus, líquidos para injeção etc.
  • Farmacopéia

A farmacopéia é a fonte mais completa sobre nomenclatura das substâncias, dos medicamentos básicos, requisitos de qualidade, insumos, compostos e equipamentos farmacêuticos.

A Farmacopeia Brasileira é o Código Oficial Farmacêutico do País, e esse é o livro que oficializa as drogas/medicamentos de uso corrente e consagradas como eficazes, tendo como objetivo promover a saúde da população, através do estabelecimento de requisitos de qualidade e segurança dos insumos para a saúde.

  • Vias de administração

As vias de administração são os locais de entrada do medicamento no organismo. No corpo humano, existem as mais diversas formas para que possamos absorver os fármacos e sentir os efeitos dele.

Como cada local necessita de uma forma farmacêutica adequada, podemos notar uma estreita interação entre esses conceitos.

Então por exemplo, um colírio deve ser administrado pela via tópica, ou seja, diretamente no local externo que queremos atingir, os olhos.

As vias de administração podem ser classificadas da seguinte forma:

  1. Local: podendo ser tópica, ocular ou nasal
  2. Enteral: Por via oral pulmonar, retal ou sublingual
  3. Parenteral: Intra-arterial, Intradérmica, Intramuscular, Intravenosa e Subcutânea

Vale salientar que cada paciente tem uma forma mais adequada para a entrada do fármaco, e a prescrição correta será do médico ou cirurgião dentista.

Então, por exemplo, bebês e idosos muitas vezes têm dificuldade de deglutição, dessa forma, alguns medicamentos devem ser prescritos por via parenteral ou retal, por exemplo.

Outro caso muito comum é dificuldade de absorção enteral por parte dos pacientes, nesses casos, também são utilizadas vias parenterais ou até mesmo tópicas.



Este artigo pertence ao Curso de Atendente de Farmácia

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