CUIDADOS COM OS BEBÊS

Tenha atenção a alguns fatos cotidianos da vida dos bebês:

Cólicas

As cólicas dos bebês surgem em até três semanas após o nascimento e duram, geralmente, até os três meses de vida. É comum a cólica acometer o bebê no fim da tarde e à noite.

Sintomas:

▪ Crises de choro intenso e que não é acalmado facilmente.

▪ O bebê encolhe as perninhas e arqueia as costas para trás, estica-se e se espreme enquanto chora.

▪ O bebê solta puns quando chora.

Táticas para alívio:

▪ Veja se a mãe pode fazer algumas mudanças na própria alimentação, pois algum alimento que ela come e gera gases nela mesma pode afetar o bebê durante a amamentação.

▪ Se o bebê toma fórmula, peça para os pais verificarem se ele tem alguma alergia ou intolerância a algum dos componentes do leite artificial.

▪ Ponha o bebê para arrotar após a mamada.

▪ Ao dar mamadeira, certifique-se de que ele não está engolindo ar. Mantenha a mamadeira sempre bem levantada e com o bico totalmente preenchido por leite.

▪ Coloque uma bolsa de água quente na barriga do bebê. Use uma toalha para envolver a bolsa com o cuidado de não queimar a pele dele, que ainda é muito sensível.

▪ Faça movimentos de bicicleta com suas perninhas ou massageie a barriga suavemente para estimular a evacuação.

Se você perceber que o choro constante não tem a ver com cólica, pode ser que o bebê ainda não tenha se adaptado aos estímulos do mundo fora da barriga da mãe. Então experimente as seguintes táticas:

▪ Segure o bebê no colo de forma com que ele fique bem apertadinho. Experimente também enrolá-lo numa manta.

▪ Fique com ele num ambiente que não tenha muita luz e barulho.

▪ Ele pode chorar menos quando em movimento. Por isso, carregue-o num canguru, deite na rede com ele e passeie ou balance o carrinho.

▪ Barulhos constantes ou rítmicos, como o do ventilador, podem ajudar a acalmar alguns bebês.

▪ Chupar o dedo ou a chupeta também pode acalmar.

▪ Faça uma leve massagem.

▪ Dê um banho morno no meio de uma crise para distraí-lo. Um jato leve de água nas costas pode ajudar.

Choro

Antes do primeiro ano de vida a criança não tem consciência do que é uma birra. Logo, quando ela chora é necessário descobrir o motivo.

Caso não haja sintomas de cólica, como mencionado acima, verifique se não há etiquetas na roupa que estão arranhando a pele, fios de linha ou cabelo enrolados nos dedos, se há algo nas meias e luvas, elásticos apertando o corpinho ou algum objeto debaixo das roupas.

Também, use as táticas orientadas acima para aliviar choros que não estão relacionados à cólica.

Umbigo

Sempre lave as mãos antes de cuidar do umbigo. O coto (depois de nascer, o cordão umbilical é cortado mas permanece o coto, que é o pedacinho que fica) deve ser mantido limpo e seco para que não haja infecções.

Passe um cotonete com álcool a 70% no coto sempre que fizer trocas de fralda e deixe secar naturalmente.

Se quiser, você pode cobrir o coto com a fralda, mas nunca coloque nenhuma faixa sobre ele.

Caso o coto fique sujo com cocô ou xixi, faça uma limpeza com água e sabão. Depois passe o álcool.

Alerte os pais caso:

▪ O bebê tenha febre, fique muito quieto, comece a mamar pouco ou apresente não estar bem.

▪ O umbigo e a área em torno estiverem vermelhos ou inchados.

▪ O coto fique inchado ou com mau cheiro forte.

Vacinas

É possível que a criança apresente reação após ser vacinada. Veja com os pais se há algum analgésico prescrito pelo médico para ser ministrado em caso de febre.

Tome cuidado ao pegar a criança, pois o local da vacina pode estar dolorido. Caso essa dor esteja incomodando, coloque compressas frias. Se for colocar gelo, envolva-o com uma fralda.

Deixe a criança repousar em ambiente ventilado e incentive-a a beber água.

Caso apresente vermelhidão intensa, limitação extrema dos movimentos e edemas, oriente os pais a levarem a criança ao médico.

Banho de Sol

É essencial para sintetizar a vitamina D. O banho de sol pode ser introduzido na vida da criança desde os primeiros dias de vida.

Além disso, também tome os seguintes cuidados:

▪ Não passe filtro solar no bebê menor de seis meses, pois seu organismo ainda não é capaz de metabolizar e eliminar substâncias químicas desse produto.

▪ Coloque chapéu ou boné para criar uma barreira física contra os raios no rosto da criança. Use roupas adequadas para o clima.

▪ Mantenha o bebê hidratado.

▪ Não fique em local onde haja corrente de vento.

▪ No inverno, exponha somente as mãos e pés do bebê.

▪ Crianças maiores podem usar protetor solar a partir do fator 30. Mas a exposição não deve passar de uma hora.

Assaduras

Costumam aparecer tanto nas genitais quanto nas dobrinhas do corpo do bebê (pescoço, por exemplo). Elas são fáceis de perceber, porque a região afetada fica vermelha e irritada. Pode ser que também fique ressecada ou úmida e apareçam brotoejas.

Tratamento

Mantenha o bebê limpo e seco e troque suas fraldas frequentemente. Se possível, deixe-o sem por alguns momentos. Pode ser ideal trocar a marca da fralda. Caso a assadura não melhore depois de dois dias de tratamento com cremes próprios para prevenir irritação, o médico deve ser procurado.

Prevenção de Assaduras

▪ Quando a fralda estiver encharcada ou com cocô, troque a fralda assim que possível.

▪ Depois de cada cocô, limpe a área dos órgãos genitais com cuidado e seque bem antes de fechar a nova fralda.

▪ Passe uma fina camada de pomada antiassadura no bumbum do bebê (como as que contêm óxido de zinco). Não use talco, porque ele pode ser aspirado pelo bebê.

▪ Não deixe a fralda muito apertada.

▪ Evite usar amaciante na lavagem das roupas do bebê.

Esterilização das Mamadeiras e Chupetas

Enquanto a limpeza é feita com água corrente e sabão com escovas próprias para remoção de resíduo, a esterilização é a eliminação de bactérias e germes, pois existem muitas bactérias que se alojam nos bicos artificiais que não são eliminadas apenas com água e sabão.

Esterilização por Fervura

É o método mais acessível e barato.

As tetinas e chupetas não devem ser fervidas por mais de três minutos, pois caso contrário pode gerar envelhecimento acelerado de seus materiais.

Já as mamadeiras devem ser fervidas por, no mínimo, doze minutos.

Coloque água em uma panela e deixe ferver. Em seguida, coloque os acessórios e tampe. Respeite o tempo de fervura, retire as peças ainda quentes e coloque num recipiente limpo e protegido. Deixe secar naturalmente.

Isso deve ser feito de duas a três vezes ao dia.

Esterilização por Microondas

Se a família possui recipientes próprios para esterilização no microondas, é uma opção prática e rápida que você pode adotar.

Respeite as orientações do fabricante. O tempo de esterilização pode levar desde um minuto e meio até cinco minutos, dependendo da potência do microondas. Verifique essas informações com a família.

Esterilização a Vapor

É o método mais indicado, porém a família precisa ter o aparelho específico. É possível encontrar esterilizadores a vapor elétricos ou para colocar no microondas.

Basta seguir as instruções do fabricante.

Esterilização a Frio (Química)

É feita com soluções químicas. Não é muito utilizado, porque além de ser necessário comprar a solução química, não há uma garantia de esterilização rigorosa como as dos métodos acima.

É vantajosa para esterilizar brinquedos e utensílios que não suportam altas temperaturas.

Cocô Após Todas as Mamadas. É Normal?

Sim, é normal! Há crianças que defecam sempre que mamam (após ou até mesmo durante). Outras apenas fazem cocô uma vez a cada três dias. Todos esses casos estão dentro da normalidade.

Essa evacuação após a mamada é ainda mais comum em recém-nascidos que só mamam no peito, o que é um sinal positivo de que ele está recebendo muito leite.

Esse ritmo intestinal diminui um pouco, geralmente, quando o bebê está entre três e seis semanas. Mas não é anormal uma criança de um ano de idade fazer bastante cocô (três a cinco vezes por dia).

Como Tornar a Troca de Fraldas Um Momento Educativo?

Berçaristas podem se deparar com uma turma de bebês com cerca de quinze crianças, em que só há mais um ou dois colegas para auxiliar. Assim, as trocas de fraldas acontecem com tumultos e correrias.

No entanto, mesmo diante de tal panorama a troca de fraldas precisa de cuidado e educação a partir do respeito e carinho. Valorize a troca de olhares, sorrisos, estímulos e brincadeiras durante o momento.

Quando você ignora o bebê e o coisifica, essa troca se torna violenta.

Por isso, é necessário querer estar ali, tendo formação específica e um olhar aguçado que possa fazer da troca de fraldas um instante de possibilidades de  educar, articuladas aos cuidados físicos que tomam quase todo o tempo em que as crianças estão acordadas.