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DEFICIÊNCIAS E SUAS TERMINOLOGIAS

    Tipos de deficiência e suas terminologias 


    O Decreto 3.298/99 conceitua o termo deficiência no seu art.3 como: 


    I – deficiência: toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, filosófica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.


    Esta definição de deficiência é vista como desapropriada para correlacionar com um indivíduo deficiente o termo da Convenção de Salamanca que foi promulgada pelo Decreto 3.956/01, onde descreve que “deficiência significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causa ou agravada pelo ambiente econômico e social” é mais utilizado pelo fato de não possuir a palavra “anormalidade” evitando margens para interpretações preconceituosas. 


    Atualmente, novas terminologias das classificações para favorecer os fins didáticos e identificar o universo dos deficientes físicos já estão sendo usadas. Dentre elas, estão:


    • Deficiência (intelectual, auditiva, visual, física e múltipla)

    • Transtorno global do desenvolvimento (autismo, psicose infantil)

    • Altas habilidades ou superdotação

    • Distúrbios de saúde (obesidade, diabetes, cardiopatias etc.)

    • Problemas de comunicação, fala e linguagem

    • Distúrbios de aprendizagem.


    As deficiências podem ser: mentais, físicas, visuais ou auditivas isoladas, mas é freqüente a deficiência combinada, principalmente quando a causa delas abalou o sistema central, que controla todo mecanismo neuromotor do homem. É importante o conhecimento de tais problemas, pois, independente da escolha de atuação do profissional da área, haverá sempre a possibilidade de se trabalhar com pessoas que têm deficiência, seja em escolas regulares, academias, clubes, colônias de férias, enfim, em qualquer lugar.


    • deficientes mentais: são aqueles que possuem uma inteligência insuficientemente desenvolvida. Portanto, são teoricamente incapazes de competir com igualdade com seus companheiros, nem cuidar de si próprios com independência. Possuem vocabulário limitado com aprendizagem lenta, dificuldade na compreensão das explicações e informações. 


    Para trabalhar com deficientes mentais, algumas dicas, devem ser respeitadas, como: demonstrar o exercício ou a atividade após explicação do mesmo, assim os alunos recebem duas fontes de informação; iniciar com exercícios de fácil execução e aumentar o grau de dificuldade gradativamente, favorecendo situações de sucesso; incentivar o auxílio dos alunos como monitores e ajudantes de turma, favorecendo a independência, a autonomia e a cooperação. 


    • deficientes físicos ou motores: refere-se aos problemas ósteo-musculares ou neurológicos que afetam a estrutura ou a função do corpo, interferindo na motricidade. A deficiência  é caracterizada por um distúrbio da estrutura ou da função do corpo, que interfere na movimentação e/ou na locomoção do indivíduo. Alguns autores descrevem leves diferenças de significado, mas deficiência física é a designação genérica. 


    Ficaria mais claro se fosse utilizada a designação "motora" em vez de "física", indicando que existe um problema nessa área especificamente. Quanto às atividades, em primeiro lugar, deve-se chamar a atenção de alunos que desrespeitam as pessoas com deficiência física com apelidos pejorativos e com falta de paciência devido às limitações do colega. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), reforçam essa idéia, enfatizando que a maioria das pessoas com deficiência têm traços fisionômicos, alterações morfológicas ou problemas em relação à coordenação que as destacam das demais. 


    A atitude dos alunos diante dessas diferenças é algo que se construirá na convivência e dependerá muito da atitude que cada professor adotar. É possível integrar essa criança ao grupo, respeitando suas limitações, e, ao mesmo tempo, dar oportunidades para que desenvolvam suas potencialidades. É necessário fazer com que os demais alunos vivenciem as dificuldades enfrentadas por essas pessoas em suas muletas, cadeiras de rodas, falta de coordenação patológica enfim, quando se conhece as dificuldades, o valor e o respeito pode ser incutido com mais afinco. 


    • deficiente visual: a deficiência é conceituada como a perda total ou parcial da visão, necessitando o seu portador, de recursos específicos, método Braille, sorobã, bengala e outros, para a alfabetização e socialização. A EF para essa clientela deve ser executada em um lugar seguro, com orientações e descrições do ambiente, que tenha o máximo de silêncio, com demonstrações verbais e sensitivas das atividades, oportunizando atividades até onde possam superar seus limites. 

    • deficiente auditivo: perda total ou parcial da audição e para se comunicarem, utilizam a Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS. O nível de audição pode ser medido em decibéis (dB), unidade de avaliação de intensidade dos sons. A audição normal situa-se em zero dB e são consideradas significativas as perdas acima de 30 dB. A partir daí é recomendado o uso de aparelhos de amplificação sonora. Quanto maior o número de decibéis necessários para que uma pessoa possa responder aos sons, maior a perda auditiva. 


    A adaptação do ouvido ao aparelho e a resposta aos estímulos sonoros poderão caracterizar a criança como deficiente auditiva (a que discrimina o som de uma fala graças ao uso do aparelho) ou como surda (a que não compreende os sons de uma fala, apesar do uso do aparelho). A EF para deficientes auditivos deve: ter demonstrações práticas das atividades; o professor deverá ter noção de LIBRAS; deve falar sempre de frente para o aluno e falar devagar para que ele possa fazer a leitura labial; utilizar bandeiras ou sinais visuais ao invés de apitos.



    Este artigo pertence ao Curso de Educação Física Adaptada

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