Desenvolvimento do Turismo Comunitário e Políticas Públicas
Políticas são leis e estratégias criadas para beneficiar uma população, onde são feitos planejamentos de novos projetos em prol da melhoria que venha beneficiar economicamente uma sociedade criando novas infraestruturas vias de acesso pavimentado contribuindo na geração de empregos, e melhoria na vida social.
Certamente, acredita-se que as políticas públicas são voltadas para finalidades que favoreçam ações ao desenvolvimento das localidades, visando estruturas como, rodoviárias, crescimento no setor de trabalho, transporte, hospedagem, alimentos e bebidas, ou seja, que as políticas possam favorecer comunidades ao passo que estas façam parte e estejam inseridas no processo de tomadas de decisões.
Uma política pública de turismo é compreendida como um conjunto de finalidades, diretrizes e estratégias estabelecidas ou ações deliberadas no âmbito do poder público, com objetivo geral de alcançar ou de dar continuidade ao desenvolvimento da atividade turística local.
Contudo, as políticas públicas são voltadas para mudar as relações sociais além de solucionar problemas, investir em novos projetos e planos que beneficiem a população para realizar e analisar novas propostas de forma mais simples para atender as necessidades de um município ou região.
Assim, surge o turismo participativo com o apoio do poder público, as contribuições das comunidades geram novos empregos locais, distribuição de renda, equilíbrio social e transferência de novos conhecimentos, contribuindo para o desenvolvimento da atividade turística e, finalmente, a parceria entre comunidade e poder público (empresas particulares) podem se tornar a transferência de benefícios econômicos para o desenvolvimento do turismo comunitário.
E sempre que este processo de integração e fabricação for controlado por agentes internos e determinado pelos seus interesses, o desenvolvimento decorrente do mesmo é, em todos os sentidos, endógeno.
Compete ao Estado elaborar políticas para que o desenvolvimento do turismo ocorra de forma adequada, promovendo o respeito mútuo entre residentes e turistas, a fim de que este permita a participação da comunidade local em suas decisões, por meio de programas de inclusão.
É importante ressaltar que, quase sempre, surge um ambiente político e social favorável expresso por uma mobilização e, principalmente, convergências importantes dos atores sociais do município ou comunidade local em torno de determinadas prioridades e orientações básicas de desenvolvimento público, ou um plano estratégico que crie uma estrutura de gestão que viabilize a participação de segmentos empresariais e sociais permitindo atingir compromissos permanentes entre a iniciativa privada e o setor público.
É fundamental para o desenvolvimento endógeno e turismo comunitário um planejamento a partir dos interesses coletivos da comunidade local.
Evidentemente, o Estado, como principal incentivador de políticas de turismo, faz das empresas as beneficiárias dos investimentos públicos. A sociedade civil desenvolveu formas de também se beneficiar economicamente dos recursos e instituições públicas.
Vale esclarecer que as políticas e o conhecimento são bens públicos, e desenvolvimento local é uma grande estratégia para melhoria de condições de vida, de geração de emprego, e mesmo de crescimento econômico, desde que seja visto de maneira integral, e que as necessidades sociais não sejam colocadas em segundo plano.
É uma medida humana de desenvolvimento, afinal, não se mede organização e desenvolvimento de um território apenas a partir da capacidade empresarial. Reforçar as potencialidades e identidades locais, e criar interdependência entre os agentes, se fazem necessário para o sucesso do desenvolvimento local.
Além disso, o governo municipal tem a capacidade de atrair investimentos e promover com eficiência seu município, através de incentivos e programas regionais, embora a solidificação da atividade só seja decidida pela comunidade local.
Nesse sentido, o Poder Público é considerado o principal agente na criação de políticas públicas que visa administrar e facilitar o desenvolvimento do turismo, os interesses locais conduzindo formas para se beneficiar economicamente dos recursos e instituições públicas, isso significa sobrevivência, integração e participação familiar produzindo mais ganhos e se tornando reprodutores participativos das atividades locais.
Por fim, vale esclarecer que, o processo do planejamento constitui uma alternativa e uma necessidade encaminhada para controlar a trajetória dos sistemas socioculturais. O planejamento converte-se numa ferramenta de alienação quanto às possibilidades evolutivas dos grupos humanos.
O processo de planejamento do turismo em uma comunidade pode ser feito de várias formas, uma delas pode ser a participação, mas para que este planejamento venha a se tornar realidade no município, a comunidade local deve participar do processo de elaboração do mesmo e descobrir a si mesmo viabilizando a construção da cidadania e a melhoria da qualidade de vida desta população, a partir de uma concepção mais social e humana sobre o turismo.
A atividade turística precisa ser vista não só como possibilidade de geração de divisas, mas também como elemento formador de uma sociedade mais digna e consciente dos seus processos, direitos e deveres comunitários e sociais, nos quais serão evidenciados com seus costumes típicos e estilo de vida.
Que é traduzido como principal elemento na formação da atividade turística comunitária é uma população com seu modo próprio de ser e de sentir, com suas tradições religiosas, artísticas, com seu passado histórico, com seus costumes típicos, com seu “estilo” de vida familiar e social, com suas atividades produtivas, isto junto é que forma a comunidade.
Ao mesmo tempo, em que a comunidade envolvida precisa ser devidamente pesquisada e ouvida para que o turismo nesse meio atenda as necessidades e respeite as amenidades características do lugar em que estão inseridos.
É necessário promover experiências interessantes ao turista, pois é ele que mantém economicamente essa atividade. Assim, esse grupo necessariamente precisa estar envolvido no processo de planejamento da atividade turística. Além disso, a sociedade pós-moderna exige, entre outras coisas, qualidade nos produtos que consome.
E, de infraestrutura para o desenvolvimento dessas atividades no meio para saber o que representa a qualidade para o consumidor atual, é preciso saber algumas características desta sociedade. São diversos os fatores que podem ser apontados como responsáveis pela não participação das comunidades, e um dos principais é a falta de apoio do poder público, o baixo grau de conhecimento para inserir atividades turísticas como um meio de renda e ganhos de conhecimento para comercializar seus produtos.
Por isso, os órgãos municipais de turismo e as empresas que compõem o trade turístico local constituem uma das ferramentas indispensáveis do processo de desenvolvimento turístico, buscando conhecer melhor um público que já está determinado pelos fatores de atratividades.
É ali, junto ao município, que o consumidor entra em contato com o produto turístico e realiza o ato de consumo e isso ocorre juntamente com as comunidades e as entidades interessadas e se essas forem bem preparadas e conscientizadas o turismo passa a gerar impactos positivos econômicos, sociais, culturais e ambientais.
São elas que devem dinamizar a comunidade e as entidades municipais de turismo, pois, estão em contato permanente podendo promovê-la, oferecendo assistência, segurança e conforto no processo de encontro entre turistas e comunidade.