EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA NA PRÁTICA
Acessibilidade
Existem diversos problemas que impedem a participação em programas de exercícios e esportes. Um dos maiores, senão, o maior de todos para a participação em programa de exercícios físicos e esportes para pessoas com deficiência, é a acessibilidade. A maioria das pessoas deficientes interessadas em praticar esportes, mesmo tendo conhecimento e desejo de participar, não o conseguem, pois se chegam ao local, muitas vezes não conseguem acesso às instalações.
Os padrões e critérios de acessibilidade são ditados pela ABNT e visam proporcionar às pessoas com deficiência física e àquelas com capacidade ambulatória reduzida, condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma aos banheiros, portas, corredores e áreas de transferência e aproximação. Além disso, ainda permitir o acesso às áreas de circulação indispensáveis e proporcionar segurança para as pessoas com deficiência. Os critérios e adaptações sugeridas a seguir não formam uma espécie de receituário e muito menos devem ser encarados como obrigatórios para todos os jogos e práticas desportivas. Apenas, são soluções e caminhos que podem ser trilhados dependendo da atividade a ser desenvolvida e do tipo de deficiência.
Espaço: aconselha-se delimitar os espaços destinados para a prática esportiva com o propósito de compensar as dificuldades de deslocamento que normalmente se apresentam. Procurar por terrenos lisos e planos, sem ondulações, cascalhos ou irregularidades. Se possível evitar terrenos arenosos e de terra que dificultam consideravelmente a mobilidade e o cansaço físico.
Material: aconselha-se utilizar materiais macios para indivíduos com dificuldades de percepção. Também, é indicado a utilização de materiais alternativos e adaptados, como por exemplo, calhas para alunos com Paralisia Cerebral ou cadeira de rodas para indivíduos com graves problemas de equilíbrio. Claro que cada acessórios deverá ser utilizado em situações em que existe a necessidade. Proteger os materiais para evitar que os mesmos machuquem os outros participantes. Antes de iniciar a prática esportiva com cadeiras de rodas, proteger a mesma com espumas nas extremidades evitando que o contato com outras pessoas possa lesar ou machucar.
Regras: alterar os regulamentos das modalidades e da forma de jogo, incluindo novas regras que atendam as necessidades do grupo participante. Alterar o sistema de pontuação ou o objetivo do jogo proporcionando êxito por parte dos participantes, mantendo assim o interesse e a motivação constante. Adaptar as regras do jogo, da brincadeira ou da atividade permitindo o máximo de igualdade entre os participantes.
Habilidades: antes do início de qualquer atividade os participantes deverão ser consultados sobre possíveis dificuldades motoras ou técnicas que dificultem movimentos e gestos desportivos. O deficiente deve ser estimulado a tentar e a descobrir suas potencialidades e possibilidades, porém, as tarefas devem ser adaptadas para que o mesmo consiga o êxito e motive-se cada vez mais, e conseqüentemente possa aprimorar seus movimentos e superar os obstáculos constantemente. Utilizar atividades em duplas, trios ou grupos para que um possa auxiliar o outro e assim desenvolver ainda mais a prática de convívio social e trabalho em equipe.
Aluno ajudante ou colaborador: utilizar sempre que possível um aluno ajudante ou colaborador, que terá a incumbência de auxiliar o professor e os demais colegas a realizar as atividades e exercícios. Este aluno colaborador deverá ser substituído sistematicamente pelos próprios colegas da turma, possibilitando assim a oportunidade de todos ajudarem o professor e perceberem sua importância perante a turma.
Este artigo pertence ao Curso de Educação Física Adaptada
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