EXERCÍCIO APLICADO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA
Aproximadamente 24% da população brasileira é composta por pessoas que possuem algum tipo de deficiência, o que representa 45 milhões de Pessoas com Deficiência (PCDs), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país é reconhecido por ter a melhor legislação para deficientes das Américas, porém, é na sua aplicação que residem os maiores problemas. A Constituição Federal garante o tratamento igualitário entre os cidadãos, mas, na prática, são comuns os atos discriminatórios e preconceituosos que ferem a dignidade humana.
Mesmo sendo tratados como crimes previstos no Código Penal Brasileiro, os atos acabam sendo alvos de brechas na própria lei, diminuindo o medo da penalidade em casos reincidentes. De acordo com a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Saúde, os ambientes públicos, coletivos e de lazer, bem como as cidades e as escolas, os serviços de saúde, os meios de transporte e todas as formas de comunicação e informação, devem ser pensadas visando facilitar a convivência e a participação de todos os cidadãos com igualdade de direitos.
É possível praticar várias atividades físicas de acordo com o tipo de deficiência que o aluno tem. Abaixo, confira sete exercícios físicos que podem ser incluídos na rotina de exercícios:
Esportes coletivos
Esses esportes são de grande importância e, por isso, foram adaptados para pessoas com deficiência. Rugby, futebol e basquete são alguns exemplos dessas modalidades. A prática desses esportes permite a interação social e o compartilhamento de experiências e de histórias de superação. Além disso, praticar esportes em grupo favorece a inclusão e a socialização, o que é ótimo para o emocional. Sem contar que o esporte, como atividade física, traz diversos benefícios para a saúde, como a melhoria das funções orgânicas e aumento da força e da resistência muscular.
Trekking
De acordo com o projeto Aventura Adaptada, que promove turismo de aventura acessível, qualquer pessoa com deficiência pode praticar turismo de aventura desde que sejam observados os requisitos mínimos para a realização das atividades:
peso;
altura;
capacidade cognitiva;
equipamentos adaptados;
técnicas voltadas para cada tipo de deficiência.
Um programa de trekking promove, além da explosão de adrenalina, paisagens bem interessantes para distrair e alimentar a vista. Além disso, quem pratica o trekking tem a oportunidade de conhecer novas pessoas e também entrar em contato com a natureza.
Yoga
A yoga é ótima para promover consciência corporal, aumento de concentração e de força e, é claro, a yoga te faz relaxar através de movimentos de respiração. A prática é recomendada, inclusive, para pessoas com deficiência física, que podem fazer os exercícios sentados com a ajuda de um bom profissional. Os benefícios mais comuns dessa prática são:
ajuda a ter mais foco;
proporciona melhores noites de sono;
aumenta a força e a flexibilidade corporal;
alivia o estresse, a ansiedade e a tensão;
trabalha a capacidade pulmonar.
Natação
Conhecida por ser um dos esportes mais completos que existe, a natação também pode ser praticada por pessoas de diversas deficiências, como paraplégicos, pessoas com deficiência visual e de paralisia cerebral. É claro, para isso pode ser necessário orientação e acompanhamento, mas isso não representa um problema diante dos benefícios — físicos, terapêuticos e psicossociais — que esse esporte traz para a pessoa com deficiência, como:
diminui o peso corporal; estimula a socialização;
favorece a coordenação motora;
melhora a autoestima; melhora a circulação;
oferece consciência corporal;
promove descontração e criatividade;
proporciona momentos de lazer;
reduz dores e espasmos musculares.
Dança
Dançar é uma ótima atividade física para todo mundo, e a dança é uma atividade que oferece inúmeros benefícios para as pessoas com deficiência. Além de ser um ótimo exercício aeróbico, a música e os movimentos ajudam a desenvolver a criatividade e as capacidades motoras — elementos essenciais para as mudanças sociais e psicológicas. Essa atividade é tão incrível que até mesmo as pessoas com deficiência auditiva tiram proveito dela, já que eles percebem a música por meio das vibrações sonoras que ela emite, tornando a experiência extremamente calmante. A dança também cria momentos de convívio que melhoram a autoestima e o entusiasmo, sendo um fator favorável para a socialização e percepção de si mesmo.
Oficina de arte
Oficina de arte como uma atividade física? Sim, por ela, é possível desenvolver habilidades manuais que permitem expandir a criatividade e a coordenação motora e ampliar a atenção e a concentração. Essas oficinas também são fundamentais para a socialização e para o descobrimento de aptidões que podem se transformar em uma futura profissão.
Artes marciais
Judô, karatê, muay thai, kung-fu e jiu-jitsu são algumas das artes marciais adaptadas para pessoas com deficiência. Praticar alguma dessas atividades te ajuda a se proteger e também faz com que você se conheça melhor fisicamente, trabalhando o equilíbrio — físico, mental e espiritual —, e fazendo com que você se sinta mais confiante. As artes marciais também ajudam no fortalecimento muscular e concedem mais disposição para quem as pratica. E, já que são exercícios completos, ajudam a manter a saúde em dia e o corpo sempre em forma.
Este artigo pertence ao Curso de Educação Física Adaptada
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