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Febre Amarela: O Que É, Sintomas, Transmissão e Como Prevenir
A febre amarela é uma doença viral séria, provocada por um vírus da família Flaviviridae. Sua transmissão ocorre por meio da picada de mosquitos infectados, e em casos graves, pode ser letal. A doença é endêmica em várias áreas tropicais da América do Sul e da África.
O que é a Febre Amarela?
Classificada como uma arbovirose, a febre amarela é transmitida por artrópodes, como mosquitos. Seu nome faz referência a um dos sintomas mais evidentes em quadros severos: a icterícia, uma condição que provoca o amarelamento da pele e dos olhos devido a danos no fígado.
A doença apresenta duas formas epidemiológicas:
- Febre Amarela Silvestre: Transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes em áreas de mata, afetando principalmente trabalhadores rurais e viajantes.
- Febre Amarela Urbana: Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti em áreas urbanas. Atualmente, essa forma está erradicada no Brasil, mas o risco de reintrodução existe.
Transmissão
A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos infectados pelo vírus. O ciclo de transmissão ocorre da seguinte maneira:
- O mosquito se infecta ao picar um primata (macaco) ou uma pessoa infectada.
- Após um período de incubação no mosquito (cerca de 9 a 12 dias), ele se torna capaz de transmitir o vírus.
- Quando o mosquito infectado pica outro humano ou primata, ele transmite o vírus, iniciando o ciclo de infecção.
É importante ressaltar que a febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa diretamente.
Sintomas
Os sintomas da febre amarela variam de leves a graves e geralmente aparecem entre 3 a 6 dias após a picada do mosquito infectado. Eles incluem:
1. Fase Inicial (Leve):
- Febre alta.
- Dor de cabeça intensa.
- Dores musculares, especialmente nas costas.
- Náuseas e vômitos.
- Fadiga e fraqueza.
2. Fase Grave (Tóxica):
- Retorno da febre após um período de melhora.
- Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos).
- Hemorragias (sangramento nasal, gengival ou gastrointestinal).
- Insuficiência hepática e renal.
- Choque e, em casos graves, morte.
Cerca de 15% dos infectados evoluem para a forma grave, e a taxa de letalidade pode ser alta sem tratamento adequado.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais, que podem incluir:
- Sorologia: Detecção de anticorpos contra o vírus da febre amarela.
- Testes moleculares (PCR): Identificação do RNA viral.
- Exame clínico: Avaliação dos sintomas característicos.
Prevenção
A prevenção da febre amarela é baseada em duas estratégias principais: a vacinação e o controle do vetor.
1. Vacinação:
- A vacina contra a febre amarela é altamente eficaz e segura, proporcionando imunidade a longo prazo.
- É recomendada para pessoas que vivem em áreas de risco ou que planejam viajar para essas regiões.
- A vacinação deve ser registrada no cartão de vacinação e no Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) para viajantes.
2. Controle do Mosquito:
- Eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, como recipientes com água parada.
- Realizar campanhas de conscientização sobre o descarte adequado de lixo e a limpeza de áreas externas.
- Aplicar larvicidas e inseticidas em áreas críticas.
3. Proteção Individual:
- Usar roupas de manga longa e calças em áreas de risco.
- Aplicar repelentes na pele e nas roupas.
- Dormir sob mosquiteiros, principalmente em áreas de mata.
4. Monitoramento de Primatas:
- Os macacos não transmitem a febre amarela, mas servem como sentinelas para identificar a presença do vírus em uma região.
- Mortes de macacos devem ser notificadas às autoridades de saúde para investigação.
Em 2018, o estado de São Paulo enfrentou um surto de febre amarela silvestre, principalmente em áreas próximas a parques e reservas florestais. A resposta das autoridades incluiu campanhas intensivas de vacinação em massa, controle de vetores e monitoramento de primatas mortos para identificar a circulação do vírus. Essas ações coordenadas ajudaram a conter a propagação da doença, destacando a importância da vacinação e da vigilância contínua.
A febre amarela representa um risco significativo, mas com a vacinação em dia e o controle eficaz dos mosquitos transmissores, é possível proteger a população e impedir o retorno da doença às áreas urbanas.
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