Área do Aluno


ou



Fundamento

A drenagem linfática manual tem a sua atuação no organismo principalmente em um cunho preventivo, onde os métodos manuais tem como objetivo prever e tratar alterações metabólicas.

Essa técnica se fundamenta em diversas bases científicas, em especial, nos ramos da fisiologia, patologia, linfologia e fisioterapia.

A DML tem ação reflexa sobre os rins, para onde seguem as toxinas eliminadas pela urina, além disso, a técnica permite o aumento da linfa circulante no corpo e isso traz diversos benefícios para o organismo.

Entre eles, podemos citar a maior oxigenação da pele e órgãos, eliminação de toxinas, regulação do metabolismo alimentar, além da redução da sensação de inchaço no corpo.

Bem, mas como o toque externo das mãos no corpo pode trazer tantos benefícios?

A base científica que explica é justamente o ramo que estuda o sistema linfático.

Esse sistema faz parte do sistema circulatório, assim como as veias e as artérias, se distribuindo por todo o corpo.

Os condutores linfáticos tem como função transportar a linfa, líquido de cor clara composta por proteínas de alto peso molecular, além de outros elementos que não podem ser transportados pelas veias. 

A função desse sistema é fazer com que a linfa circule desde os espaços intersticiais dos tecidos ao sistema circulatório completamente filtrado. 

O linfangion é a porção de vaso linfático que está entre duas válvulas que exercem atividade pulsátil.

Esses espaços são responsáveis por captar e expulsar a linfa com movimentos de liberação e contração. 

Caso o sistema linfático não esteja funcionando perfeitamente, então ocorrem os edemas, que surgem tendo em vista que a linfa tem um alto peso molecular, sendo capaz de absorver bastante água.

Na drenagem linfática alguns especialistas definem que o inchaço se trata do extravasamento dentro dos tecidos e o edema é o extravasamento intersticial.

Dentre as mais diversas possibilidades de surgimento de edema, na maioria das vezes ocorre uma obstrução a disfunção ou até mesmo a destruição d o sistema linfático.

Nesses casos a linfa se acumula nos espaços intersticiais dos tecidos, principalmente na região subcutânea criando assim um quadro de depósito anormal de alto peso molecular.

Isso leva a formação de edema, inflamação crônica e as fibroses desse tecido. 

Quando existe a disfunção do sistema linfático ocorre a formação do linfedema, que pode ser diferentemente caracterizado de acordo com o grau de desenvolvimento e da região do corpo onde se localiza. 

Normalmente, os linfedemas que surgem nos membros superiores são denominados linfedemas pós - mastectomizados, que tem como antecedente a cirurgia de mastectomia. 

Além disso, o tratamento através da radioterapia também pode favorecer a absorção dos condutores linfáticos, aumentando assim o volume dessas regiões.

Por outro lado, os membros inferiores podem desenvolver linfedemas devido a intervenções cirúrgicas, para extração de veias por doenças cardíacas, vasculares periféricas e por causas oncológicas.

Não somente, a região inferior do corpo pode ser propícia a linfedemas decorrentes de traumatismo, golpes e fraturas.
A esportes radicais é um dos campeões de formadores de linfedemas, tendo em vista que a pressão exercida pela face interna das veias pode romper os condutores linfáticos. 

Nessa realidade, é notório que diversos profissionais da saúde enxergam a drenagem linfática como uma ferramenta importante na recuperação e cuidados em saúde primária.

Podemos citar a aplicação da DLM em casos de insuficiência venosa crônica, insuficiência linfática congênita, trombose venosa, cirurgia de varizes e em outras situações que afetam o sistema venoso dos membros inferiores.

Essas situações costumam aumentar o  volume de sangue acumulado nos tecidos, provocando assim o aumento da atividade linfática, ocasionando o depósito anormal de fluidos e proteínas que ao absorver líquidos e ” incham” esses tecidos.

Nos casos de insuficiência venosa grave o paciente sofre a deterioração da pele e, quando esse processo ocorre, os vasos linfáticos principais se lesionam, reduzindo as suas atividades e até mesmo sendo destruídos.


Dados Históricos

Trazendo um pouco dos dados históricos sobre o edema, os primeiros registros sobre essas marcas na pele e em outras zonas do corpo foram percebidas pelos povos na bíblia, mais especificamente no livro de Deuteronômio.

Nele, são mencionados os inchaços que ocorriam na pele dos Hebreus nos anos 40 d.c e em homens que permaneceram no deserto durante o êxodo. 
Os escritos bíblicos associavam a ausência de edemas como uma graça divina, tendo em vista que a maioria das pessoas naquela época apresentavam essas marcas no corpo.

Historiadores relatam que alguns cuidados com os edemas, conhecidos como “inchaços de deserto” foram descritos e arquivados na antiga biblioteca de Alexandria.

A elefantíase que contava com ulcerações e linforréia havia sido descrita por vários profetas bíblicos como a enfermidade de Jó.
Os indianos também foram grandes contribuidores nos estudos da Linfa, especialmente em 1500 a.C, período em que a ocorrência da elefantíase era frequente.

Essa frequência era tão grande que, de acordo com a lei de Manú, a enfermidade era considerada como um obstáculo para o crescimento dos sacerdotes. 

Naquela época, os sacerdotes não podiam desposar mulheres que tinham antecedentes na família de tuberculose, epilepsia, lepra e elefantíase. 
Com o surgimento da Era Médica na Grécia, um dos pioneiros do sistema linfático, Hipócrates, descreve o sistema linfático como “sangue branco”, que mais tarde foi chamado por Aristóteles de”tubos com fluido incolor”.

Já o termo elefantíase, surgiu durante a invasão do exército romano à Líbia.

Naquela época, a maioria dos soldados retornavam às suas cidades com edemas nas pernas e escrotos cobertos de crosta, lembrando assim a pele de um elefante.



Este artigo pertence ao Curso de Drenagem Linfática

Faça o Curso completo grátis!!
Cursos Escola Educação © 2014 - CNPJ: 50.389.088/0001-53 - 2024. Todos os direitos reservados