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Gestão de Estoque

A gestão dos estoques é uma atividade de suma importância, tendo em vista que, somente com um gerenciamento eficiente é possível saber se os estoques estão sendo bem utilizados.

Atualmente, as empresas preferem utilizar práticas modernas de gerenciamento, baseadas em dados científicos para avaliar e dimensionar os estoques.

Por isso, é comum que os níveis de estoque sejam revistos e atualizados periodicamente, sempre acompanhando as flutuações de consumo.

Como apresentamos anteriormente, manter um grande estoque parado é sinônimo de imobilização de recursos, tendo como consequência uma série de custos.

A seguir, vejamos uma lista com os principais custos que uma empresa possui com estoques elevados:

  1. Perdas por obsolescência de determinados itens
  2. Perdas na taxa de retorno do capital
  3. Despesas com a ocupação de espaço em excesso;
  4. Despesas com seguros;

No mesmo ritmo, estoques insuficientes têm as suas grandes consequências negativas também, entre eles:

  1. Perdas em descontos;
  2. Despesas com paralisações na produção;
  3. Perdas relacionadas a insatisfação de clientes.

Diante de tantos pontos negativos, as empresas precisam adequar os seus estoques de acordo com a disponibilidade do capital.

Para isso, algumas ferramentas e metodologias são utilizadas para dimensionar os níveis ideais de estoque e uma das mais famosas é a curva ABC, cujo princípio, é o estabelecimento de prioridades.

Curva ABC

A curva ABC é uma metodologia bastante antiga, desenvolvida pelo economista, sociólogo e engenheiro italiano Vilfredo Pareto, em 1897 para organizar a distribuição de renda entre a população.

Contudo, esse método foi adaptado para realidade das indústrias para o gerenciamento de estoques.

A curva ABC permite identificar itens que justifiquem atenção e tratamento diferenciados, dando ordem de prioridade dos materiais estocados.

A classificação permite que os mais diversos tipos de materiais sejam separados em 3 classes, sempre levando em consideração o valor de consumo.

O valor de consumo é calculado da seguinte forma:

Vc = Cm x P

VC = Valor de Consumo;

Cm = Consumo médio mensal;

P = Preço médio unitário do produto.

Vejamos agora as características de cada um desses grupos.

Classe A 

Os materiais de classe A são os mais importantes do estoque e precisam ter um controle bastante rigoroso por parte da administração.

Geralmente, os itens de Classe A constituem entre 8% a 10% da quantidade dos itens em estoque, contudo, representam um conjunto 70% a 75% do valor total de consumo de todos os itens do estoque. 

Classe B 

O grupo de materiais de classe B estão situados entre as classes A e C e constituem cerca de 25% a 30% dos itens em estoque.

Os itens de classe B representam de 20% a 25% do valor total de consumo desse estoque. 

Classe C 

Por último, os itens de classe C constituem o grupo de materiais de menor valor, que tem pouca necessidade de controle por parte da administração.

Os itens de classe C representam, em média, 60% a 67% do estoque, todavia, representam apenas 5% do valor total de consumo.

Construir uma classificação ABC é fundamental para ter um melhor controle administrativo do estoque.
Com a separação correta, os responsáveis pela gestão podem tratar de uma maneira diferente, os diferentes itens de um estoque. 

A classificação pode ajudar também na delegação de poder. 

Então por exemplo, itens de classe A podem ser autorizados apenas pela gerência, enquanto os itens de classe B podem ter sua compra poderá ser autorizada pelos encarregados

Análise dos estoques

A análise de estoque é uma atividade fundamental para manter sempre em dia os indicadores de qualidade e produtividade da empresa.

Usualmente, as organizações utilizam os seguintes parâmetros de controle:

  • Giro ou rotação de estoque; 
  • Inventário físico e contábil; 
  • Acurácia; 
  • Nível de serviço; 
  • Cobertura dos estoques. 
Vejamos em detalhes sobre cada um deles a seguir.

Giro ou Rotação de Estoques

O Giro ou Rotação de Estoques é um parâmetro que mede quantas vezes num determinado período, o estoque se renovou. 

Com esse índice, o gestor poderá comparar o comportamento dos estoques em relação aos anos anteriores, fornecendo subsídios para tomada de decisão. 

Fatores como a concorrência e a inflação provocam a redução da lucratividade. Então, caso a margem de lucro seja baixa, o ganho vai estar no giro da mercadoria.

Dessa forma, quanto mais a mercadoria girar, maior será o lucro. Parece óbvio, não é mesmo? Mas, não é tão simples assim. 

O giro de produtos tem os seus próprios custos de manutenção dos estoques e os custos de aquisição. Então, quanto mais movimentados os estoques, menores serão os custos de manutenção (seguro, depósito, obsoletismo, etc.) e maiores os custos de aquisição (telefonemas, despesas de escritório, contabilização, etc.). 

Nesse cenário, a rotação ideal é manter o equilíbrio entre os custos de manutenção e os custos de aquisição.

Inventário físico e contábil 

O inventário físico dos estoques tem como objetivo levantar com o máximo de segurança possível, a disponibilidade e a quantidade de materiais e produtos existentes.

Dessa forma, é possível comparar com um maior índice de assertividade os estoques registrados e contabilizados no controle da empresa.

Em algum momento, o inventário contábil deverá ser confrontado com a realidade física dos estoques, por isso, os registros contábeis precisam ser analisados e atualizados sempre que necessário.
Essa atividade de análise permite efetuar as conciliações necessárias e identificar as possíveis falhas, visando sua correção. 

Esse procedimento se torna essencial pelo menos uma vez por ano, ao menos para controle interno.
Nas empresas, o inventário se constitui como um elemento essencial para a determinação do lucro líquido, por isso, todo o cuidado com a gestão é de suma importância.

Geralmente,  a responsabilidade pela execução do inventário físico é de uma comissão designada pela diretoria da empresa, coordenada pelo responsável da área financeira e, em algumas empresas, pelo próprio proprietário.

Acurácia 

A acurácia dos controles mede a porcentagem de itens corretos após a realização do inventário.

Esse índice é sendo expresso pela seguinte relação: 

Número de itens corretos Acurácia = Número total de itens

Nível de Serviços

O nível de serviços é o indicador que permite verificar o nível de atendimento dos usuários. 

Cobertura de Estoque

A cobertura de estoque indica por quanto tempo um determinado estoque suportará o consumo. 


Este artigo pertence ao Curso de Noções de Logística

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