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HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTIL

A história da literatura infantil tem relativamente poucos capítulos. Começa a delinear-se no início do século XVIII, quando a criança pelo que deveria passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.


Nesta época existiam duas realidades distintas: a criança da nobreza, orientada por preceptores, este liam geralmente os grandes clássicos, enquanto a criança das classes desprivilegiadas liam ou ouviam as histórias de cavalaria, de aventuras. A constituição da literatura infantil se deu em meio a um novo modelo de família que estava a se constituir.


A concepção de uma faixa etária diferenciada, com interesses próprios e necessitando de uma formação específica só acontece em meio à Idade Moderna. Esta mudança se deveu a outro acontecimento da época: a emergência de uma nova noção de família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo unicelular, preocupado em manter sua privacidade (impedindo a intervenção dos parentes em seus negócios internos) e estimular o afeto entre seus membros.


A Literatura Infantil chega ao Brasil somente mais tarde, ocorrendo inicialmente após a implantação da Imprensa Régia, em 1908, mais especificamente com a chegada de D. João VI ao país. Nessa época as obras eram apenas as traduções das obras de Portugal. Alberto Figueiredo Pimentel foi uns dos primeiros autores da época a fazer adaptações que ficaram conhecidas pela inserção dos contos europeus no Brasil. O autor publica traduções dos contos de Perrault, dos irmãos Grimm e de Andersen, em obras como Contos da carochinha, Histórias da avozinha, Histórias da baratinha.

A Literatura Infantil como produção própria de um brasileiro ocorreu por volta de 1922, por Monteiro Lobato.Considerando que as obras adaptadas eram de origem européia, o primeiro registro de literatura infantil brasileira dá-se pelas mãos de Monteiro Lobato, em 1920, com a obra A menina do narizinho arrebitado.


Lobato revoluciona com a realidade da literatura infantil apresentada nessa época, ele procura superar preconceitos históricos, ignorar o moralismo e preceitos religiosos, algo que era tão presentes nas obras que eram destinadas aos pequenos.


Ruth Rocha também é uma grande referência, com obras de grande sucesso, como O que os olhos não vêem. O reizinho mandão, O rei que não sabia de nada. Ziraldo também enquadra- se nessa lista, com suas varias obras, das quais podemos citar O menino Maluquinho, O menino mais bonito do mundo, A bela borboleta, entre outros.


A Literatura infantil é, antes de tudo, literatura, ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o Mundo, o Homem, a Vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática; o imaginário e o real; os ideais e sua possível/impossível realização.


A literatura infantil, como seu adjetivo determina, é a literatura destinada à criança, que tem como objetivo principal oferecendo-lhe, através do fictício e da fantasia, padrões para interpretar o mundo e desenvolver seus próprios conceitos.


Há diferentes tipos ou gêneros diferentes de literatura infantil. Alguns são classificados com base nas preferências da criança, enquanto outros são classificados com base na idade recomendada ou na habilidade de leitura requerida. Alguns exemplos mais conhecidos são: livros de figurinhas, ficção fantasiosa, ficção realista e a literatura tradicional.



Este artigo pertence ao Curso de Contação de Histórias

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