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Leishmaniose: o que é, sintomas, tratamento e prevenção no Brasil
A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania. Ela é transmitida por meio da picada de flebotomíneos infectados, popularmente conhecidos como mosquitos-palha. A doença é considerada um problema de saúde pública, principalmente em regiões tropicais e subtropicais.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 33 mil casos de leishmaniose entre 2011 e 2020, o que representa uma média anual de 3,3 mil casos. A doença está presente em todas as regiões do país, com destaque para a predominância da leishmaniose visceral em algumas áreas.
Existem dois tipos principais de leishmaniose que afetam humanos:
- Leishmaniose Tegumentar (ou Cutânea): Afeta a pele e as mucosas.
- Leishmaniose Visceral (ou Calazar): Afeta órgãos internos, como o fígado, o baço e a medula óssea, sendo a forma mais grave da doença.
Transmissão
A transmissão ocorre quando o mosquito-palha pica um animal infectado (como cães ou outros reservatórios) e, em seguida, transmite o protozoário ao picar uma pessoa.
Importante: Não há transmissão direta entre humanos ou entre animais e humanos sem a mediação do mosquito.
Fatores que favorecem a transmissão incluem:
- Presença de áreas com vegetação densa, que servem de abrigo para o mosquito-palha.
- Acúmulo de matéria orgânica (folhas, lixo e fezes) em quintais e terrenos baldios, que são criadouros do mosquito.
- Proximidade de áreas urbanas com áreas de mata, aumentando o contato entre humanos e o vetor.
Tipos de Leishmaniose e Sintomas
1. Leishmaniose Tegumentar:
- Sintomas: Lesões na pele que começam como pequenas feridas e podem aumentar de tamanho. Em casos graves, pode afetar mucosas, como as do nariz, boca e garganta.
- Evolução: As lesões podem cicatrizar espontaneamente, mas podem deixar cicatrizes permanentes.
2. Leishmaniose Visceral (Calazar):
- Sintomas: Febre prolongada, aumento do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza, anemia e queda na imunidade.
- Evolução: Sem tratamento, pode ser fatal devido a complicações como infecções secundárias.
Diagnóstico
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, que podem incluir:
- Exame microscópico de material coletado de lesões (na forma cutânea).
- Testes sorológicos ou parasitológicos (na forma visceral).
- Identificação do DNA do protozoário por métodos moleculares.
Tratamento
O tratamento da leishmaniose deve ser conduzido por um profissional de saúde, variando de acordo com o tipo da doença. Para a leishmaniose tegumentar, utilizam-se antimoniais pentavalentes, como o Glucantime, e, em casos resistentes, a anfotericina B é recomendada. Na leishmaniose visceral, a anfotericina B lipossomal é o tratamento preferido, especialmente para pacientes imunocomprometidos. O acompanhamento médico constante é crucial para monitorar efeitos colaterais, sendo que o tratamento precoce reduz significativamente o risco de complicações e mortes.
Prevenção
A prevenção da leishmaniose depende do controle do vetor e da redução do contato entre humanos e mosquitos-palha. Medidas preventivas incluem:
1. Controle Ambiental:
- Manter quintais e terrenos limpos, evitando o acúmulo de folhas, lixo e matéria orgânica.
- Realizar o manejo adequado de resíduos orgânicos e evitar criadouros do mosquito.
2. Proteção Pessoal:
- Usar repelentes, principalmente em áreas de risco.
- Instalar telas em portas e janelas para impedir a entrada do mosquito.
- Utilizar mosquiteiros impregnados com inseticidas.
3. Controle de Reservatórios:
- Identificar e monitorar cães infectados, que são importantes reservatórios da doença.
- Promover a vacinação de cães e o uso de coleiras repelentes.
4. Educação Comunitária:
- Conscientizar a população sobre os riscos da doença e as formas de prevenção.
- Incentivar a busca por atendimento médico em caso de sintomas suspeitos.
A leishmaniose é uma doença complexa e desafiadora, mas pode ser controlada com diagnóstico precoce, tratamento adequado e medidas de prevenção. O engajamento da comunidade e o fortalecimento das políticas de saúde são essenciais para reduzir o impacto da doença no Brasil.
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