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O que é malária? Tipos, causas, diagnóstico e como evitar a doença
A malária é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Plasmodium e transmitida pela picada de mosquitos do gênero Anopheles. É considerada um problema de saúde pública em várias regiões tropicais e subtropicais, incluindo partes da América do Sul, África e Ásia.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 263 milhões de casos de malária foram registrados em 2023 em 83 países endêmicos. Em 2022 foram 252 milhões de casos. Os óbitos por malária reduziram de 600.000 em 2022 para 597.000 em 2023.
Tipos de Malária
A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium. Existem cinco espécies principais que afetam os humanos:
- Plasmodium falciparum – responsável pelas formas mais graves da doença.
- Plasmodium vivax – comum na América do Sul e Ásia, associada a recaídas.
- Plasmodium malariae – menos comum, mas pode causar infecções de longa duração.
- Plasmodium ovale – encontrado principalmente na África e na Ásia.
- Plasmodium knowlesi – um parasita de macacos que pode infectar humanos, encontrado no Sudeste Asiático.
Transmissão da Malária
A malária é transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos Anopheles fêmeas infectadas. O ciclo de transmissão ocorre da seguinte forma:
- O mosquito Anopheles pica uma pessoa infectada e ingere os parasitas presentes no sangue.
- Os parasitas se desenvolvem no mosquito durante um período de incubação (cerca de 10 a 14 dias).
- Quando o mosquito infectado pica outra pessoa, ele transmite os parasitas, que entram na corrente
- sanguínea e atingem o fígado, onde se multiplicam antes de infectar os glóbulos vermelhos.
Outras formas menos comuns de transmissão incluem:
- Transfusão de sangue de uma pessoa infectada.
- Transmissão congênita, de mãe para filho durante a gestação.
- Uso compartilhado de seringas contaminadas.
Sintomas da Malária
Os sintomas da malária aparecem geralmente de 7 a 15 dias após a picada do mosquito infectado e incluem:
Fase Inicial (Sintomas Leves):
- Febre alta e calafrios.
- Suor excessivo.
- Dor de cabeça.
- Dores musculares.
- Náuseas e vômitos.
Fase Avançada (Casos Graves):
- Anemia severa.
- Falência de órgãos (como rins e fígado).
- Convulsões.
- Coma e, em casos extremos, óbito.
A malária causada pelo Plasmodium falciparum é a forma mais perigosa, pois pode evoluir rapidamente para complicações graves.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento eficaz da malária. Ele é realizado por meio de:
- Exame de gota espessa: Método padrão para identificar o parasita no sangue.
- Testes rápidos: Detectam antígenos específicos do Plasmodium.
- Exames moleculares (PCR): Usados para identificar a espécie do parasita.
Tratamento
O tratamento da malária varia conforme a espécie do Plasmodium e a gravidade da infecção. Os medicamentos mais utilizados incluem artemisinina e seus derivados, que são o primeiro tratamento de escolha para Plasmodium falciparum. A cloroquina é utilizada para tratar infecções causadas por Plasmodium vivax e Plasmodium malariae, enquanto a primaquina é indicada para eliminar formas latentes do Plasmodium vivax, prevenindo recaídas. O tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível, sob orientação médica, para reduzir o risco de complicações e evitar a evolução para casos graves.
Prevenção da Malária
A prevenção da malária envolve o controle do mosquito Anopheles e a redução do contato com o vetor. As principais medidas incluem:
1. Controle do Vetor:
- Drenagem de áreas alagadas e eliminação de criadouros do mosquito.
- Aplicação de inseticidas em áreas de risco.
- Uso de larvicidas para reduzir a população de larvas em criadouros.
2. Proteção Individual:
- Utilização de mosquiteiros impregnados com inseticidas.
- Aplicação de repelentes na pele e roupas.
- Instalação de telas em portas e janelas.
3. Educação Comunitária:
Promover campanhas educativas sobre os riscos da malária e formas de prevenção.
Informar a população sobre a importância de procurar atendimento médico ao apresentar sintomas.
4. Quimioprofilaxia:
Em áreas endêmicas, recomenda-se o uso de medicamentos profiláticos para grupos de risco, como viajantes ou gestantes.
No território brasileiro, a malária é endêmica principalmente na região amazônica, que responde por mais de 99% dos casos autóctones. Os estados afetados incluem Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Fora dessa região, a maioria dos casos é importada de áreas amazônicas ou de outros países da África e da América do Sul, embora ainda haja transmissão residual em áreas de Mata Atlântica.
Com medidas preventivas adequadas, diagnóstico precoce e tratamento eficaz, é possível controlar a malária e reduzir seu impacto na saúde pública.
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